Capítulo Seis

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Fernanda narrando

Acordei e tomei um susto, eu estava na casa do Victor, com ele.

Não, não, não...

Tirei a camisa dele e vesti minha roupa, saí rapidamente da casa dele.

- Bom dia! - comprimentei os meninos que estavam na contenção em frente a casa dele.

Cheguei em casa e tomei um banho.

Fui na cozinha e fiz um misto quente.

A manhã passou voando.

Ouvi uma moto buzinando já frente de casa.

Abri a porta e vi o Victor parado me esperando.

Dei espaço para que ele entrasse, logo ele entrou.

- Tu esqueceu. - ele me entregou o celular.

- Ah, valeu! - forcei um sorriso.

- Se mandou com tanta pressa que eu nem te vi quando acordei.

- Eu não sei o que estava fazendo na sua casa.

Caminhei pra cozinha e ele veio atrás.

- Eu te levei pra minha goma por que tu tava bêbada.

- Entendi... Obrigada, então.

- Eu vou fazer um churrasco lá em casa, cola lá.

Apenas fiquei em silêncio.

Ele saiu e eu voltei a comer.

Meu celular tocou e eu atendi.

- Amigaaaa, hoje vai ter churras na casa do Cobra, nós com certeza vamos!

- Eu não tô no clima, Bia.

- Amiga... Por favor... Eu te amo tanto, quebra essa pra mim.

- Ok Beatriz.

- O Léo vai passar aí pra te buscar em dez minutos.

Ela desligou a ligação e eu corri pra me vestir.

Coloquei um biquíni vermelho e um vestidinho branco transparente por cima.

Peguei minha havaianas branca e arrumei minha bolsa pra levar.

Ouvi a buzina da moto, suponho que seja o Léo.

Abri a porta e era o Victor.

Mas o que ele quer de novo aqui?

- Vai subir na moto ou vai ficar aí me olhando com cara de cu?

- Eu tô esperando o Léo.

- Ele não vai vir, tá ocupado. Bora logo que tua amiga tá sozinha lá.

Ele me olhou dos pés a cabeça.

- Isso lá é roupa de usar?

Dei uma risada.

- Qual é a tua moral Victor? Vai olhar se eu tô ali na esquina rodando a bolsinha.

- Vai ficar mostrando tudo quando subir na moto.

Ele estava com o semblante fechado.

- E daí? Se olharem é por que eu sou gostosa.

Subi na moto e ele fez questão em acelerar pra chegarmos bem rápido.

Assim que chegamos, ele parou a moto em frente a casa.

Vi o Nico na contenção, dei um sorriso pra ele, que retribuiu.

Mas que cara gato...

A gente caminhou pra dentro da casa.

- Que porra é essa? Agora tu fica de gracinha com os vapor?

- Não tô te entendendo não Victor.

- Abrindo os dentes pra quem não conhece.

- E quem disse que eu não conheço o Nico?

Ele ficou em silêncio, quando chegamos na piscina, ele saiu andando e eu fiquei sozinha.

Procurei a Bia e não encontrei.

Peguei meu celular e mandei mensagem pra ela, mas só chegou apenas um tracinho e eu estava sem crédito.

Tinha muita gente na piscina, tinha funk tocando e várias pessoas bebendo.

Atendo a ligação da Bia.

- Amiga, eu tive que voltar pra casa. Eu e o Léo temos que ir no interior visitar minha vó, ela está no hospital, deu entrada agora.

- Tudo bem, melhoras pra ela.

- Obrigada! Desculpa amiga, mas é muito urgente.

Ela desligou e eu fiquei ali em pé encarando todo mundo.

Sabe de uma? Não tenho nada o que fazer aqui.

Ia saindo, quando o Victor segurou meu braço.

- Já vai?

- Aham, a Bia não vai poder vir.

- Fica pô, bora curtir. Tu já tá aqui mermo.

Concordei e nós voltamos pra área da piscina, dessa vez ele não me deixou pra trás.

Sentamos em uma rodinha, eu conhecia todo mundo, inclusive a Gabi que estava grudada no Victor.

- O carregamento chega hoje patrão.

- Tô ligado.

Victor tomou um gole da sua bebida.

Eles conversavam entre eles, eu não tinha assunto algum pra conversar.

Fiquei quieta mechendo no celular.

Victor sentou ao meu lado e colocou a mão na minha coxa.

A Gabi começou dançar bem na frente do Victor só biquíni, tudo isso pra chamar atenção de um macho.

Ele levantou e saiu puxando ela, que estranho.

- Foi dá um trato na Gabizinha.

- A filha da puta provoca mesmo.

- Se eu fosse o Cobra, assumia ela como fiel.

- Todo mundo sabe que ela é doida por ele.

Me cansei de ouvir tantos comentários idiotas e saí dali.

Depois de algum tempo eles voltaram como se nada tivesse acontecido.

Mas dava pra ver as costas arranhadas do Victor, que nojo.

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