Capítulo Vinte e Nove

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Obrigada por acompanhar, boa leitura!

*

Dessa vez acabou mais rápido.

A porta é aberta e o meu maior pesadelo psssa por ela.

- Edu- Eduardo?

- Você achou mesmo que eu ia te deixar aqui, com aquele marginal?

Ele me puxou e colocou a arma na minha cabeça, me fazendo de escudo humano.

- Cadê o Victor?

- A essas horas ele já deve tá no inferno.

Ele deu uma gargalhada.

- Vacilão. - ouvi o barulho de um tiro e um peso sobre meu corpo.

Olhei pra trás e era o Eduardo morto em cima de mim.

Nico tirou o corpo dele sujo de sangue de cima do meu.

- Cadê o Victor?

- Ele tá na upa, o desgraçado acertou um tiro no peito dele.

Não consegui entrar, pois ele tava em cirurgia.

Depois de um tempo esperando, pude entrar e ver como ele tava.

Entrei no quarto, ele já tava acordado.

- Como tá se sentindo?

- Mais vivo que nunca, só com um pouco de dor.

- Vou falar com a enfermeira.

Falei com a enfermeira que ele tava sentindo dor, ela aplicou uma injeção nele.

- Valeu aí, por tá cuidando de mim.

Dois meses depois...

O Victor já estava em casa, ele estava 80% digamos.

Ele vem tentando uma aproximação, mas eu não consigo voltar a gostar ou até mesmo confiar.

O que estou fazendo por ele, é gratidão.

Ele me tirou das mãos do Eduardo, mas em contra partida, ele também me maltratava.

Em relação ao Nico, nós quase não nos vemos mais...

Eu cheguei a pensar que ele só queria me usar, com esse afastamento dele, eu tive certeza.

- Ei, bora sair pra jantar, só nós dois.

- Eu não tô clima...

- Bora, eu reservei um restaurante lá na Rocinha, o restaurante do mano Alex.

Continuei dobrando as roupas quieta.

- Coloca um daqueles teus vestidos chiques e aquela corrente que eu te dei? Eu te pego as sete. Tô indo lá na boca resolver umas parada com o Léo.

Continuei dobrando as roupas.

Quando terminei, separei um vestido longo preto, ele tinha uma fenda que ia até a altura da minha coxa.

Peguei um salto preto, separei a corrente e mais uns acessórios.

Pra o dia passar mais rápido, eu fui trabalhar. Peguei notebook e fiquei trabalhando, exatamente as cinco da tarde eu parei de trabalhar e fui me arrumar.

Eu não estava entusiasmada ou animada.

Ouvi batidas na porta do banheiro.

- Ou, vou tomar banho no outro banheiro e te espero lá em baixo.

Terminei de tomar banho, vesti o vestido, coloquei os acessórios e fiz uma make básica.

Passei perfume e hidratante.

Desci a escada, ele tava assistindo tv, quando me viu abriu a boca.

- Caralho... Tu tá muito gostosa nesse vestido.

Ele levantou e me ajudou a descer os últimos degraus.

- O carro já tá lá fora, vamo?

- Vai indo na frente, eu já tô indo.

Ele foi e eu fui atrás, ele entrou no carro.

Quando eu ia falar com os meninos da contenção, eu vi o Nico, ele tava só outro lado da rua conversando com o Fumaça.

Ele me olhou e virou o rosto.

Entrei no carro e nós seguimos, rumo Rocinha.

Ele parou o carro em frente a um restaurante, era no topo da Rocinha.

Era um restaurante luxuoso.

Nós entramos e fomos bem recebidos pela recepcionista.

- Trás o melhor vinho que tiver aí. - ele falou pro moço.

O moço saiu e foi buscar o tal vinho.

- Hoje eu quero que você se sinta como uma rainha, que é isso que você é!

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora