Capítulo Oitenta e Cinco 2°Temporada

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Cecília ✨

Ele segurou minha mão dele tava gelada e ele tava trêmulo.

- Filha... Eu queria te pedir perdão, por ter sido ausente na sua vida, te ter passado todo esse tempo longe de você. Eu destruí a nossa família, espero algum dia você possa me perdoar por eu ter sido filho da puta contigo.

Fiquei sem palavras.

- Eu perdi seus primeiro passos, sua primeira fala, perdi de ser chamado de pai por você, tudo por orgulho besta meu e droga também na mente, mas eu juro, eu parei com isso.

- Victor... Eu não sei o que falar pra você.

- Tu não precisa falar nada agora, só espero que algum dia tu me perdoe, tu é a coisa mais importante da minha vida, eu queria muito recuperar esse tempo perdido.

- Eu entendo seu lado, mas também entenda o meu... O Caio que cuidou de mim, me deu suporte, segurou na minha mãe quando eu precisei, quando era dia dos pais, era ele que estava lá nas apresentações da escola, ele sempre esteve comigo.

Ele abaixou a cabeça e começou chorar.

- Se eu tivesse aceitado a ter ficado com a tua mãe naquela casa, do jeito que ela queria, essa porra de vida não ia tá desse jeito.

- Você quer uma água?

- Não precisa, valeu.

Ele é apenas um ser humano falho, ele errou demais, mas eu não posso viver sem dá o perdão que ele merece.

Eu vou tentar esquecer tudo o que aconteceu e recomeçar com ele.

- Victor, vamos fazer assim... - ele me olhou. - A gente esquece as coisas ruins e vive de agora pra frente, pode ser?

Ele sorriu.

- Claro filha, claro! - ele me abraçou. - Tu sabia que tu é igualzinha a tua mãe?

- É, todo mundo fala. - sorri.

- Me fala da tua vida, desse teu namorado que tua mãe me falou.

- Ah, o Nano é maravilhoso. - sorri ao lembrar do meu moreno. - Nós começar a namorar a pouco tempo.

- Eu tô ligado que ele é dessa vida errada, quero trocar uma ideia com ele. Tem foto dele aí?

Abri o WhatsApp e mostrei uma foto dele.

- Nano, dono do Cimplexo da Penha, tô ligado quem é ele. O morro dele é aliado do meu, já bebi junto dele. Moleque sangue bom, ele é novo mas já é vivido, entrou cedo nessa vida. Ele assumiu o morro quando tinha dezesseis anos.

- Hum...

- Ele é firmeza, qualquer dia trás ele aqui pra nós fazer um churrasco, escutar um forrozinho.

Dei uma risada.

- Tô falando sério pô. - ele me abraçou de lado e bagunçou meu cabelo. - E tu quer ter uma cria não?

- Não, não por agora. Eu tenho duas lojas de sapatos junto com uma amiga. Inclusive, amanhã vou viajar pro interior pra resolver umas coisas lá.

- Minha filha é empreendedora, maneiro.

- Eu acho que já tá ficando tarde... - olhei pro relógio que marcava duas e dezesseis da tarde.

- Já? Ainda tá cedo.

- Eu vou ter que fazer a mala, deixar tudo organizado na loja e tals.

- Você depois me passa seu endereço? Pra eu ir te visitar depois que você chegar de viagem, pega meu número também.

Ele anotou em um papel e me entregou.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora