Capítulo Cinquenta e Dois

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Alguns dias se passaram desde o ocorrido, eu já tinha conseguido um apartamento e nesse momento estava fazendo umas comprinhas pra casa, tava faltando arroz, feijão, carne e legumes.

Comprei tudo e voltei pra casa.

Esse apartamento ficava próximo de tudo, eu estava gostando de morar aqui.

Infelizmente eu ainda não consegui comprar  tudo pro quarto da Cecília, eu comprei o berço e uma cômoda, já está se aproximando da data prevista e eu ainda não consegui.

O Victor não me deixou pegar os móveis do quarto dela de lá da casa de praia, o berço e a cômoda que eu comprei foram de segunda mão.

Eu tive muito gasto, tive que pagar aluguel, fazer compras em todos os sentidos, comida e utensílios pra casa.

A casa já estava mobiliada, mas eu ia cozinhar com o que e o que?

Eu comprei pratos, panelas, talheres e por aí vai.

Tem sido difícil, mas eu vou conseguir superar essa fase.

Senti uma pontada fina no pé da barriga, será que Cecília vai antecipar a sua vinda ao mundo?

Comecei sentir contrações, arrumei rapidinho a bolsa maternidade.

As contrações estavam aumentando, chamei um Uber e fui pro hospital.

Dei entrada e fiquei esperando virem me analisar.

As contrações eram fortes demais, eu sentia enjoo e até vomitei por várias vezes.

- Vamos ver em quanto tá a dilatação?

A moça colocou o dedo em mim, puta que pariu, que dor do inferno.

- Ainda tá em dois, acho que não vai evoluir, mas vamos esperar mais umas horas.

Foram várias horas de sofrimento e nada da dilatação evoluir, eu estava ficando louca de tanta dor.

- Você não tem acompanhante? Mãe, irmã, marido?

- Não...

Eu mal conseguia falar de tanta dor.

- Olha, nós vamos te levar pro centro cirúrgico, vamos fazer uma cesária, você não tá evoluindo e o seu bebê precisa nascer agora!

Me levaram pro centro cirúrgico, foi tudo muito rápido.

Eles me deram uma anestesia nas costas, que anestesia maldita, que dor desgraçada...

Mesmo anestesiada eu sentia como se tivessem mexendo na minha barriga.

Eu não queria tá sozinha nesse momento, queria que alguém estivesse comigo, segurando minha mão, me apoiando.

Eu só conseguia chorar, de tristeza, emoção, tudo junto e misturado.

Demorou muito, parecia que o tempo não passava, eu estava com sono, mas também tava ansiosa, doida pra ver minha princesa.

Quando eu ouvi o chorinho, eu esqueci todos os problemas, toda a tristeza, angústia e ansiedade.

A médica me entregou ela enroladinha em uma manta verde do hospital.

Eu chorei de emoção ao ver minha princesa, suas bochechas vermelhinhas, meu Deus minha filha é a coisa mais linda desse mundo.

- Podemos tirar uma foto de vocês juntas? Eu pego seu número e te envio. - uma enfermeira falou.

- Claro!

- Nós vamos dá um banho nela e vamos terminar a sua cesária, tudo bem?

Concordei e eles levaram minha princesinha.

Quando terminaram, me levaram pro quarto.

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