Capítulo Sete

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Finalzinho de tarde, as pessoas já estavam alteradas, saí de fininho.

- Quer carona?

Nico parou com a moto ao meu lado.

- Você vai virar mesmo meu motorista particular.

- Sobe aí.

Subi na moto e segurei e cintura dele, nós fomos pra minha casa.

- Bora sair mais tarde pô, eu e tu, tu e eu.

- Pode ser.

- Umas sete te busco, fé aí.

Ele saiu catando pneu.

Entrei pra dentro de casa e me deitei n sofá.

Algumas horas depois.

Montei na moto do Nico e ele acelerou, não demorou muito e ele parou em frente a casa do Victor, fiquei sem entender.

- Eu esqueci uma parada aqui, vamo lá pegar. - ele entrou segurando minha mão.

Nós entramos na casa, todos os olhares se viraram pra gente.

- Vamo lá. - ele apontou com a cabeça pra rodinha onde tava o Victor e outros caras. - ele entrou segurando minha mão, nenhum por um momento ele soltava.

Eles fizeram uns toques esquisitos, enquanto eu apenas olhava.

- Aê Nico, é tu e o Th que vai receber o carregamento que tá chegando. - Victor soltava a fumaça do cigarro.

- Beleza patrão, achei que tava liberado, mas pode pá.

Tudo dando errado hoje.

Nico me puxou pro cantinho.

- Foi mal princesa, moiou nossa saidinha.

Ele falando assim pertinho, da vontade é de beijar.

O perfume dele é maravilhoso.

O que caralhos esse homem tem? Eu fico hipnotizada com ele.

- Outro dia a gente sai, só chamar.

- Cabou de chegar, vai lá com o Th receber.

Victor se aproximou de nós.

- Eu vou levar a Nanda em casa, já passo lá. - ele abraçou minha cintura.

- Eu tô falando agora, deixa que eu levo ela.

- Fé pra nós. - eles fazem um toque. - Depois passo na tua goma pra gente desenrolar isso aí. - ele sorriu pra mim e foi.

- Cobra, eu quero ir pra casa. - Gabi abraçou o Victor por trás.

- Vai lá, você tem duas pernas.

Ele saiu, deixando eu e a Gabi apenas.

- É você a nova obsessão do Cobra? Sinto muito em te dizer, mas ele não quer nada sério com ninguém.

Ela deu uma pausa.

- Eu não permito que mulher alguma ss aproxime dele e roube meu lugar de fiel.

Dei uma risada sincera e sai andando.

- Eu não quero nada com ele, relaxa.

Olhei pra trás e vi o Victor vindo atrás de mim.

Ele segurou meu braço.

- Pra onde você ia com o Nico?

Ele pressionou meu corpo na parede.

- Não sei, você fez questão de estragar o meu encontro com aquele gato.

Empurrei ele e saí andando.

Desde quando deve satisfação ao Victor?

Saí da casa dele e fui andando pra minha.

Cheguei em casa e me joguei no sofá.

Alguns dias depois...

Mais uma sexta feira finalizada com sucesso, me despeço da Dona Lurdes e vou pra casa.

Meu celular toca e eu atendo.

- Amiga, hoje vai ter pagode na praça, vamos ou bora?

- Não tô no clima hoje, deixa pra próxima.

- Ah não, nem vem ein.

- Da última vez tu me deixou largada Beatriz.

- Mas foi por uma emergência miga, me perdoa.

- Aham, tchau Bia.

Cedi e resolvi ir junto com a Bia.

Me arrumei e fui subindo o morro pra chegar na praça.

De longe eu já podia ver toda a movimentação.

Me aproximei de Bia.

- E aí bicha.

- Você veio! - ela me abraçou. - Vou pegar Gin pra gente.

Ele foi em uma barraquinha.

Aproveitei pra da uma olhada em quem tava na praça.

Meu olhar se encontrou com o de Nico, que estava sentado, e o Victor com a Gabi em suas pernas. Desviei o olhar e vi que a Bia já estava vindo com dois copos grandes.

- Vamo curtir, aproveitar a vida! - ela brindou comigo.

- Cadê Léo?

- Léo teve que ir em casa buscar meu celular. - ela sorriu.

A noite passou voando, no momento estava sozinha, Bia teve que ir pra casa já que o Léo estava super bêbado.

Léo é fraco pra bebidas, mas tem sorte que tem a Bia ao lado dele que sempre cuida muito bem dele.

Eu tô aqui sozinha, vou é embora pra casa.

Tava descendo o morro tranquila, cantarolando Cheia de manias, até eu ouvir um barulho de uma moto parando ao meu lado. Era o Victor.

- Eu te levo em casa.

- Ah não, não quero atrapalhar a sua noite com a Gabi.

- Não fode Fernanda, bora logo.

- Eu não subo em garupa de moto de homem comprometido.

- Vai ficar de caô pra cima de mim?

- Vai atrás da tua doida, vai Victor.

- Porra Fernanda, bora logo.

Sai andando na frente e ele veio me seguindo com a moto.

- Você não desiste Victor?

- Eu gosto quando tu me chama assim.

Eu percebi o brilho no olhar dele.

- Bora dona Fernanda, sobe logo nessa garupa.

Me rendi e subi na garupa da moto dele.

Rapidinho chegamos na minha casa.

- Vai nem convidar pra entrar?

- Quer entrar?

Ele desceu da moto e entrou junto comigo.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora