Finalzinho de tarde, as pessoas já estavam alteradas, saí de fininho.
- Quer carona?
Nico parou com a moto ao meu lado.
- Você vai virar mesmo meu motorista particular.
- Sobe aí.
Subi na moto e segurei e cintura dele, nós fomos pra minha casa.
- Bora sair mais tarde pô, eu e tu, tu e eu.
- Pode ser.
- Umas sete te busco, fé aí.
Ele saiu catando pneu.
Entrei pra dentro de casa e me deitei n sofá.
Algumas horas depois.
Montei na moto do Nico e ele acelerou, não demorou muito e ele parou em frente a casa do Victor, fiquei sem entender.
- Eu esqueci uma parada aqui, vamo lá pegar. - ele entrou segurando minha mão.
Nós entramos na casa, todos os olhares se viraram pra gente.
- Vamo lá. - ele apontou com a cabeça pra rodinha onde tava o Victor e outros caras. - ele entrou segurando minha mão, nenhum por um momento ele soltava.
Eles fizeram uns toques esquisitos, enquanto eu apenas olhava.
- Aê Nico, é tu e o Th que vai receber o carregamento que tá chegando. - Victor soltava a fumaça do cigarro.
- Beleza patrão, achei que tava liberado, mas pode pá.
Tudo dando errado hoje.
Nico me puxou pro cantinho.
- Foi mal princesa, moiou nossa saidinha.
Ele falando assim pertinho, da vontade é de beijar.
O perfume dele é maravilhoso.
O que caralhos esse homem tem? Eu fico hipnotizada com ele.
- Outro dia a gente sai, só chamar.
- Cabou de chegar, vai lá com o Th receber.
Victor se aproximou de nós.
- Eu vou levar a Nanda em casa, já passo lá. - ele abraçou minha cintura.
- Eu tô falando agora, deixa que eu levo ela.
- Fé pra nós. - eles fazem um toque. - Depois passo na tua goma pra gente desenrolar isso aí. - ele sorriu pra mim e foi.
- Cobra, eu quero ir pra casa. - Gabi abraçou o Victor por trás.
- Vai lá, você tem duas pernas.
Ele saiu, deixando eu e a Gabi apenas.
- É você a nova obsessão do Cobra? Sinto muito em te dizer, mas ele não quer nada sério com ninguém.
Ela deu uma pausa.
- Eu não permito que mulher alguma ss aproxime dele e roube meu lugar de fiel.
Dei uma risada sincera e sai andando.
- Eu não quero nada com ele, relaxa.
Olhei pra trás e vi o Victor vindo atrás de mim.
Ele segurou meu braço.
- Pra onde você ia com o Nico?
Ele pressionou meu corpo na parede.
- Não sei, você fez questão de estragar o meu encontro com aquele gato.
Empurrei ele e saí andando.
Desde quando deve satisfação ao Victor?
Saí da casa dele e fui andando pra minha.
Cheguei em casa e me joguei no sofá.
Alguns dias depois...
Mais uma sexta feira finalizada com sucesso, me despeço da Dona Lurdes e vou pra casa.
Meu celular toca e eu atendo.
- Amiga, hoje vai ter pagode na praça, vamos ou bora?
- Não tô no clima hoje, deixa pra próxima.
- Ah não, nem vem ein.
- Da última vez tu me deixou largada Beatriz.
- Mas foi por uma emergência miga, me perdoa.
- Aham, tchau Bia.
Cedi e resolvi ir junto com a Bia.
Me arrumei e fui subindo o morro pra chegar na praça.
De longe eu já podia ver toda a movimentação.
Me aproximei de Bia.
- E aí bicha.
- Você veio! - ela me abraçou. - Vou pegar Gin pra gente.
Ele foi em uma barraquinha.
Aproveitei pra da uma olhada em quem tava na praça.
Meu olhar se encontrou com o de Nico, que estava sentado, e o Victor com a Gabi em suas pernas. Desviei o olhar e vi que a Bia já estava vindo com dois copos grandes.
- Vamo curtir, aproveitar a vida! - ela brindou comigo.
- Cadê Léo?
- Léo teve que ir em casa buscar meu celular. - ela sorriu.
A noite passou voando, no momento estava sozinha, Bia teve que ir pra casa já que o Léo estava super bêbado.
Léo é fraco pra bebidas, mas tem sorte que tem a Bia ao lado dele que sempre cuida muito bem dele.
Eu tô aqui sozinha, vou é embora pra casa.
Tava descendo o morro tranquila, cantarolando Cheia de manias, até eu ouvir um barulho de uma moto parando ao meu lado. Era o Victor.
- Eu te levo em casa.
- Ah não, não quero atrapalhar a sua noite com a Gabi.
- Não fode Fernanda, bora logo.
- Eu não subo em garupa de moto de homem comprometido.
- Vai ficar de caô pra cima de mim?
- Vai atrás da tua doida, vai Victor.
- Porra Fernanda, bora logo.
Sai andando na frente e ele veio me seguindo com a moto.
- Você não desiste Victor?
- Eu gosto quando tu me chama assim.
Eu percebi o brilho no olhar dele.
- Bora dona Fernanda, sobe logo nessa garupa.
Me rendi e subi na garupa da moto dele.
Rapidinho chegamos na minha casa.
- Vai nem convidar pra entrar?
- Quer entrar?
Ele desceu da moto e entrou junto comigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No Morro do Alemão
Fanfiction+18 | Esse livro possui conteúdo pesado, se você for sensível, recomendo não ler. Fernanda é uma jovem de 24 anos que é casada com um capitão da PM. Ela vive uma vida resumida em sofrimento, até conhecer o Cobra. Ela crê que sua vida irá mudar e mel...