Capítulo Cinquenta e Quatro

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Seis meses que se passaram.

Hoje eu posso dizer e afirmar, eu sou muito grata por tudo que me aconteceu, essa menina é a luz da minha vida, ela é tudo o que me faltava.

Agora ela já tem uma rotina de sono, tô conseguindo me virar melhor em casa, já voltei a trabalhar a uns quatro meses.

Peguei a Cecília no colo e coloquei na cadeirinha de alimentação, hoje começa a introdução alimentar.

Cecília é uma menina muito doce e amável, ela é incrível.

Peguei algumas frutinhas e coloquei em pratinhos separados.

As frutas de hoje são, mamão, banana e melancia.

Comecei pelo mamão, ela aparentemente gostou.

A campainha tocou, será o sindico ou algum vizinho?

Abri a porta e minha reação foi arregalar os olhos.

- Cadê ela?

- Tu passou quase um ano longe da minha filha e agora quer vir se aproximar? Obrigada, mas nós não precisamos de você!

Ele empurrou a porta e entrou, acabou assustando Cecília, ela começou chorar, peguei ela no colo pra ele se acalmar.

- Viu o que você fez?

- Se tu tivesse aberto o caralho da porta pra eu passar isso não tinha acontecido.

- Victor, quando a Cecília dormir nós conversamos. Te peço respeito, você está na minha casa e eu não aceito esses palavras feias na frente da Cecília.

Fui pro quarto com ela, dei o peito pra ela, ela mamou e acabou dormindo, ótimo.

Liguei o ar-condicionado e fechei a porta do quarto.

- Como tu descobriu esse endereço?

- Tu esquece que eu sou o dono daquele morro e tenho poder te fazer o que quiser e...

- Exatamente, você é o dono daquele morro, não dono do mundo.

- Eu quero levar minha filha pra passar o fim de semana comigo. - ele sentou no sofá.

- Nem se eu quisesse! A Cecília ainda mama e não conhece você! Ela só tem a mim e a mais ninguém.

- Tu quer me privar de ter esse tempo com a minha filha?

- Você que procurou por isso, não? Quando você virou as costas pra mim e pra sua filha, quando me expulsou da casa de praia, mesmo sabendo que eu tinha montado todo o quarto da Cecília lá, não me deixou buscar os móveis dela quando foi eu mesmo que comprei com o meu trabalho! Eu sou a mãe e o pai da Cecília, você foi apenas o genitor!

- Meça suas palavras Fernanda!

- Ah é? Vai fazer o que? Eu não tenho medo de você, eu tenho nojo de você!

- Se tu não me deixar ver ela por bem, tu vai deixar por mal.

- É? Faça isso.

- Para de testar a minha paciência Fernanda.

- Tu vem na minha casa, me ameaça, me desrespeita e quer que eu fique quieta? Ah tá!

- Eu só quero ter contato com a minha filha.

- Ela ainda é pequena pra passar tanto tempo longe de mim. Se você quer mesmo isso, ela tem que ir se acostumando com você. Você não pode levar ela assim, da noite pro dia.

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