Capítulo Oitenta e Três 2° Temporada

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Cecília ✨

- Oi mãe! - abracei ela. - Cadê meu pai?

- Oi filhota! - ele me abraçou e eu abracei ele.

- Nano, que prazer! - minha mãe abraçou ele.

- E aí rapaz. - meu pai apertou a mão dele.

- Vamos entrando e se acomodando, amor, abre aquele vinho chileno.

- Vou lá abrir.

Meu pai pegou um vinho que ele gosta muito, Margaux Chileno.

Esse vinho é um pouquinho caro, mas ele só abre vinhos desse tipo em ocasiões especiais.

Ele abriu o vinho e nos serviu.

- Mas então, Nano, vamos trocar umas palavrinhas?

- Claro seu Caio.

Meu pai sentou na poltrona.

- Filha, me ajuda aqui.

Ajudei a mãe a colocar as louças na mesa.

- Eu fiz risoto de frutos do mar, será que ele vai gostar?

- Acho que sim.

- E vocês, já estão namorando?

Mostrei minha aliança a ela.

- É linda filha, meus parabéns! - ela beijou minha cabeça. - Filha... Eu queria conversar com você.

- Pode falar mãe.

- O seu pai, ele me procurou. Ele achou meu número e me ligou, ele quer ver você, te conhecer melhor.

- O Victor? Dispenso... Se ele não quis saber de mim, por que eu vou querer saber dele?

- Eu te entendo, é uma escolha sua.

- Ele ainda morra naquele tal morro?

- Mora...

Eu tenho curiosidade em saber como ele é.

- E se eu fosse lá? Se você fosse comigo? Acho que só teria coragem e ir se fosse com você...

- Quando você quer ir? Terça-feira eu e o seu pai vamos pra França, temos uma reunião lá. Não temos data pra voltar.

- Então teria que ser amanhã... Mãe, eu tenho medo...

- Eu sei filha, eu não estou te pressionando a conhecer o seu genitor, é uma escolha sua, apenas sua.

- Eu vou pensar melhor e te dou uma resposta amanhã.

- Tudo bem, minha princesa. Vamos levar? - ela se referiu a travessa que ela colocou o risoto. Meninos, venham.

Os dois estavam dando risada.

- Do que tanto vocês riem? - puxei uma cadeira e sentei.

- O seu Caio tava contando da vez que você fez xixi na cama e disse que foi uma boneca sua. - ele continuava dando risada junto com meu pai.

- Pai, não acredito! - fiz cara de séria.

- Que isso, minha bonequinha. - ele beijou minha cabeça e puxou uma cadeira pra sentar.

Enquanto meus pais conversavam com o Nano, eu fiquei mais quieta. Tava pensando se iria mesmo conhecer o meu genitor, se eu teria coragem.

Ao mesmo tempo que eu quero ir, eu também não quero.

- Eu fiz pudim de sobremesa, a sobremesa favorita da minha filhota.

Sorri alegre.

- Queria aproveitar esse momento aqui em família e pedir a mão da Cecília pro senhor.

Me engasguei com o vinho.

- Precisa disso não, Nano. - olhei pra ele e ela segurou minha mão.

- Precisa. Seu Caio, dona Fernanda, vocês deixam eu namorar com a filha de vocês?

- Claro, desde que você cuide muito bem dela e não faça ela sofrer. Vou tá de olho em vocês, ein? - minha mãe falou.

- Eu permito, com certeza. Eu sei que você não vai fazer nada pra machucar minha filha, mas se você fizer, eu te dou uma surra ein.

Dei uma risada.

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