Cecília ✨
- Oi mãe! - abracei ela. - Cadê meu pai?
- Oi filhota! - ele me abraçou e eu abracei ele.
- Nano, que prazer! - minha mãe abraçou ele.
- E aí rapaz. - meu pai apertou a mão dele.
- Vamos entrando e se acomodando, amor, abre aquele vinho chileno.
- Vou lá abrir.
Meu pai pegou um vinho que ele gosta muito, Margaux Chileno.
Esse vinho é um pouquinho caro, mas ele só abre vinhos desse tipo em ocasiões especiais.
Ele abriu o vinho e nos serviu.
- Mas então, Nano, vamos trocar umas palavrinhas?
- Claro seu Caio.
Meu pai sentou na poltrona.
- Filha, me ajuda aqui.
Ajudei a mãe a colocar as louças na mesa.
- Eu fiz risoto de frutos do mar, será que ele vai gostar?
- Acho que sim.
- E vocês, já estão namorando?
Mostrei minha aliança a ela.
- É linda filha, meus parabéns! - ela beijou minha cabeça. - Filha... Eu queria conversar com você.
- Pode falar mãe.
- O seu pai, ele me procurou. Ele achou meu número e me ligou, ele quer ver você, te conhecer melhor.
- O Victor? Dispenso... Se ele não quis saber de mim, por que eu vou querer saber dele?
- Eu te entendo, é uma escolha sua.
- Ele ainda morra naquele tal morro?
- Mora...
Eu tenho curiosidade em saber como ele é.
- E se eu fosse lá? Se você fosse comigo? Acho que só teria coragem e ir se fosse com você...
- Quando você quer ir? Terça-feira eu e o seu pai vamos pra França, temos uma reunião lá. Não temos data pra voltar.
- Então teria que ser amanhã... Mãe, eu tenho medo...
- Eu sei filha, eu não estou te pressionando a conhecer o seu genitor, é uma escolha sua, apenas sua.
- Eu vou pensar melhor e te dou uma resposta amanhã.
- Tudo bem, minha princesa. Vamos levar? - ela se referiu a travessa que ela colocou o risoto. Meninos, venham.
Os dois estavam dando risada.
- Do que tanto vocês riem? - puxei uma cadeira e sentei.
- O seu Caio tava contando da vez que você fez xixi na cama e disse que foi uma boneca sua. - ele continuava dando risada junto com meu pai.
- Pai, não acredito! - fiz cara de séria.
- Que isso, minha bonequinha. - ele beijou minha cabeça e puxou uma cadeira pra sentar.
Enquanto meus pais conversavam com o Nano, eu fiquei mais quieta. Tava pensando se iria mesmo conhecer o meu genitor, se eu teria coragem.
Ao mesmo tempo que eu quero ir, eu também não quero.
- Eu fiz pudim de sobremesa, a sobremesa favorita da minha filhota.
Sorri alegre.
- Queria aproveitar esse momento aqui em família e pedir a mão da Cecília pro senhor.
Me engasguei com o vinho.
- Precisa disso não, Nano. - olhei pra ele e ela segurou minha mão.
- Precisa. Seu Caio, dona Fernanda, vocês deixam eu namorar com a filha de vocês?
- Claro, desde que você cuide muito bem dela e não faça ela sofrer. Vou tá de olho em vocês, ein? - minha mãe falou.
- Eu permito, com certeza. Eu sei que você não vai fazer nada pra machucar minha filha, mas se você fizer, eu te dou uma surra ein.
Dei uma risada.
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No Morro do Alemão
Fanfiction+18 | Esse livro possui conteúdo pesado, se você for sensível, recomendo não ler. Fernanda é uma jovem de 24 anos que é casada com um capitão da PM. Ela vive uma vida resumida em sofrimento, até conhecer o Cobra. Ela crê que sua vida irá mudar e mel...