Os meninos da contenção conhecia o Nico, eles liberaram e nós subimos o morro.
Eu ia olhando tudo, cada detalhe.
Paramos em frente a uma casa enorme, ela era branquinha.
Tinha vários homens armados na porta da casa.
Nós descemos do carro e cumprimentamos os rapazes.
Na garagem no já vimos o tal aniversariante.
- E aí Alex, parabéns meu chegado! - ele entregou uma sacola Lacoste.
- Que isso pô.
- Parabéns! Eu não sabia seu gosto, mas te trouxe isso. - eu entreguei uma corrente de ouro que eu comprei quando tava vindo pra cá.
- Ih caralho, tô podendo ein.
Ele não contou história e já colocou a corrente.
Ele era jovem, ele também era bonito.
- Que bom que gostou. - dei um sorriso.
- E aí Nico, vai me apresentar tua dona não? Finalmente arrumou uma mulher pra te colocar na coleira. - ele deu risada. - Filha de puta de bom gosto.
Eles deram risada.
- Essa é a Fernanda, ela é mulher do Cobra pô. Ele veio sozinho, aí como ela queria vir, aí trouxe ela.
- Tô entendendo não. E quem é a mina que o Cobra trouxe?
Ele entrou e eu fui atrás.
Que história é essa?
Ele nos levou até a área externa da piscina que ficava nos fundos.
Eu vi aquela cena e não acreditei.
Era a Vanessa e o Victor, ela tava sentada nas pernas dele beijando ele.
Fiquei parada, apenas olhando.
Quando ele me viu, ficou branco e ela também.
Não falei nada, virei as costas e saí.
Nico me acompanhou.
- Ou, ou, pra onde tu vai? - o Victor me segurou.
Me soltei e da saí de lá, Nico acelerou o carro e a gente foi embora.
- Puta que pariu...
Eu abaixei a cabeça e comecei chorar.
- O que eu fiz pra merecer isso?
Ele ficou calado, isso tá muito estranho-
- Tu sabia disso, Nicolas?
Ele coçou a nuca.
- Sabia...
- E tu não me contou? Puta que pariu, tu é igualzinho a ele.
- Pô, veja o meu lado, como eu ia te contar isso?
- Para o carro! Para! Se tu não me contou, tu é igual a ele. E tu não ousa me seguir.
Ele parou e eu desci.
Fui descendo o morro a pé mesmo, não sabia pra onde tava indo, só tava indo.
Onde eu passava recebia cantadas.
- Ou, tá perdida?
Olhei pro lado e era um rapaz moreno.
- Não!
- Parece que tá. Chora não pô, tu é linda demais pra tá assim.
Ele foi me acompanhando com a moto.
Eu só conseguia sentir ódio do Victor e da Vanessa, eles me enganaram todo esse tempo.
- Tu não é daqui.
Fiquei calada e continuei descendo o morro.
Uma moto parou do meu outro lado, era o Victor.
- Bora, a gente precisa bater um papo.
- Eu não vou contigo a lugar nenhum!
- Sobe na moto Fernanda, isso não é um pedido.
Subi na moto do outro rapaz e ele acelerou e foi embora.
- Pra onde tu quer ir?
- Pra casa do caralho se possível.
Ele deu risada.
Eu continuei chorando, mas era de ódio.
Ele parou em uma praça.
- Onde tu mora? Eu te deixo em casa.
- Alemão.
Ele tocou pra lá.
Eu ensinei o caminho a ele e ele me deixou em casa.
- Tu é a mulher do Cobra, né?
- Era.
- Então me passa teu número já que tu tá solteira.
Passei meu número.
- Fernanda, né? Eu sou o Kaleb.
- É... Valeu por me salvar.
- Que isso, tamo junto.
Ele saiu catando pneu.
Cumprimentei os meninos e entrei pra dentro de casa.
Não demorou muito e a porta foi aberta, era o Victor.
- Tu tá doida? Subir na garupa de um cara que nem conhece?
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No Morro do Alemão
Fanfic+18 | Esse livro possui conteúdo pesado, se você for sensível, recomendo não ler. Fernanda é uma jovem de 24 anos que é casada com um capitão da PM. Ela vive uma vida resumida em sofrimento, até conhecer o Cobra. Ela crê que sua vida irá mudar e mel...