Victor narrando
Tava de boa, encostado na grade,. observando toda a movimentação lá em baixo.
Uma loirinha de vestido vermelho me chamou atenção, ela tava com o Nico.
Nico tá passando bem, ein.
Quando ele chegou perto da escadaria do camarote, eu vi que era ele e a Fernanda.
O que porra a Fernanda tava fazendo aqui, ainda mais com o Nico.
Esperei ela subir e já fui lá tirar satisfações.
- Qual é a tua? - segurei o braço dela e puxei pra um lugar mais afastado.
- A Bia me chamou.
- Agora tu faz o que a Bia quer?
- Não!
- Então tu vai pra casa, isso não é lugar de mulher tá.
- Eu não vou!
- E por que que tu veio com o Nico?
- Eu te liguei várias vezes. - ela me mostrou o registro de ligações, tinha pra mais de dez. - Como você não me atendeu, eu vim descendo a pé, encontrei com o Nico que me deu uma carona.
- Tu com esse vestido em cima de uma moto? Puta que pariu. Ainda mais com um cara que não sou eu.
- Calma amor, agora tá tudo bem e tudo certo.
Ela começou dá um monte de beijinho no meu rosto.
- Para, para.
Ela parou e ficou quieta.
Eu sai de perto dela e voltei pra onde eu tava.
De longe eu vi a Vanessa dançando e jogando pra uns cara.
Vanessa nunca foi santa, ela faz isso pra me atiçar.
Ela sabia que eu tava olhando pra ela.
F
- Oi amiga! - abracei a Bia. - Oi Léo. - apertei a mão dele.
- Vou ali pegar bebida pra vocês, querem o que?
- Eu quero Gin.
- Ah amor, traz Gin também pra mim. - ela beijou ele e ele foi lá pagar as bebidas. - Menina, me conta. Que história é essa da senhora chegar com o Nico?
- Ele só me deu uma carona.
- Mas não tira os olhos de você, ele é tão gato...
Olhei pra ele que me olhava, dei um sorriso sem graça.
- O que tu acha dele?
- Ah, ele é gato, cheiroso. Ele falou que eu tava gata hoje.
- E você tá mesmo! E o Cobra, como que vocês estão?
- Ele não para em casa, acredita que hoje eu fiz um jantar especial, fiquei esperando ele só de lingerie e ele nem me deu bola?
Ela parecia incrédula.
- Tem mais ou menos um mês que nós não transamos, eu sinto falta dele, do carinho dele. Ele esfriou muito comigo.
- Do nada isso?
- É...
- A bebida de vocês. Amor, eu posso ficar ali com os crias? Já que tua amiga tá aí contigo.
- Vai amor, pode ir. - eles deram um beijinho e ele foi pra rodinha dos homens.
Nós tomamos alguns copos de Gin, eu já tava era vendo tudo girar.
- Bia, eu quero ir pra casa.
- Vou procurar o Cobra.
Fiquei sentada esperando.
- Não achei ele, acho que ele foi pra casa já e o Léo foi na boca buscar umas parada pros meninos. E é perigoso nós duas irmos sozinhas.
Fiquei olhando pro nada.
- Já sei!
Ela foi falar com o Nico.
- O Nico vai te levar.
- Bora?
Ele me ajudou a descer as escadas do camarote.
N
O cara foi embora pra casa e deixou a mulher sozinha, mesmo vendo que ela já não tava pura.
Peguei o carro do fumaça emprestado, já que eu tava de moto, pra levar ela de moto ia ser meio ruim.
Coloquei ela sentada no banco do carona e entrei no carro.
Fui subindo o morro devagar.
A mina mó linda e o cara trocando ela por uma espiga de milho.
- Você sabia que eu te acho um gato? Se eu fosse solteira, pegaria você.
Ela deu risada.
Tava muito bêbada.
- Chegamos.
Desci do carro e ajudei ela descer, os menor autorizou minha entrada na casa.
O carro e a moto do Cobra tava na garagem.
Coloquei ela no sofá e ela apagou.
Foi até bom pra ela não ver essa porra que tá acontecendo aqui.
Passei o radinho pra ele.
- Aê Cobra, trouxe tua mulher pra casa, ela tá aqui no sofá.
- Porra Nico, caralho.
Eu não gosto de esconder nada de ninguém, mas é melhor que ela saiba por ela mesmo e não por mim.
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No Morro do Alemão
Fanfiction+18 | Esse livro possui conteúdo pesado, se você for sensível, recomendo não ler. Fernanda é uma jovem de 24 anos que é casada com um capitão da PM. Ela vive uma vida resumida em sofrimento, até conhecer o Cobra. Ela crê que sua vida irá mudar e mel...