Capítulo Doze

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Victor narrando

Tava de boa, encostado na grade,. observando toda a movimentação lá em baixo.

Uma loirinha de vestido vermelho me chamou atenção, ela tava com o Nico.

Nico tá passando bem, ein.

Quando ele chegou perto da escadaria do camarote, eu vi que era ele e a Fernanda.

O que porra a Fernanda tava fazendo aqui, ainda mais com o Nico.

Esperei ela subir e já fui lá tirar satisfações.

- Qual é a tua? - segurei o braço dela e puxei pra um lugar mais afastado.

- A Bia me chamou.

- Agora tu faz o que a Bia quer?

- Não!

- Então tu vai pra casa, isso não é lugar de mulher tá.

- Eu não vou!

- E por que que tu veio com o Nico?

- Eu te liguei várias vezes. - ela me mostrou o registro de ligações, tinha pra mais de dez. - Como você não me atendeu, eu vim descendo a pé, encontrei com o Nico que me deu uma carona.

- Tu com esse vestido em cima de uma moto? Puta que pariu. Ainda mais com um cara que não sou eu.

- Calma amor, agora tá tudo bem e tudo certo.

Ela começou dá um monte de beijinho no meu rosto.

- Para, para.

Ela parou e ficou quieta.

Eu sai de perto dela e voltei pra onde eu tava.

De longe eu vi a Vanessa dançando e jogando pra uns cara.

Vanessa nunca foi santa, ela faz isso pra me atiçar.

Ela sabia que eu tava olhando pra ela.

F

- Oi amiga! - abracei a Bia. - Oi Léo. - apertei a mão dele.

- Vou ali pegar bebida pra vocês, querem o que?

- Eu quero Gin.

- Ah amor, traz Gin também pra mim. - ela beijou ele e ele foi lá pagar as bebidas. - Menina, me conta. Que história é essa da senhora chegar com o Nico?

- Ele só me deu uma carona.

- Mas não tira os olhos de você, ele é tão gato...

Olhei pra ele que me olhava, dei um sorriso sem graça.

- O que tu acha dele?

- Ah, ele é gato, cheiroso. Ele falou que eu tava gata hoje.

- E você tá mesmo! E o Cobra, como que vocês estão?

- Ele não para em casa, acredita que hoje eu fiz um jantar especial, fiquei esperando ele só de lingerie e ele nem me deu bola?

Ela parecia incrédula.

- Tem mais ou menos um mês que nós não transamos, eu sinto falta dele, do carinho dele. Ele esfriou muito comigo.

- Do nada isso?

- É...

- A bebida de vocês. Amor, eu posso ficar ali com os crias? Já que tua amiga tá aí contigo.

- Vai amor, pode ir. - eles deram um beijinho e ele foi pra rodinha dos homens.

Nós tomamos alguns copos de Gin, eu já tava era vendo tudo girar.

- Bia, eu quero ir pra casa.

- Vou procurar o Cobra.

Fiquei sentada esperando.

- Não achei ele, acho que ele foi pra casa já e o Léo foi na boca buscar umas parada pros meninos. E é perigoso nós duas irmos sozinhas.

Fiquei olhando pro nada.

- Já sei!

Ela foi falar com o Nico.

- O Nico vai te levar.

- Bora?

Ele me ajudou a descer as escadas do camarote.

N

O cara foi embora pra casa e deixou a mulher sozinha, mesmo vendo que ela já não tava pura.

Peguei o carro do fumaça emprestado, já que eu tava de moto, pra levar ela de moto ia ser meio ruim.

Coloquei ela sentada no banco do carona e entrei no carro.

Fui subindo o morro devagar.

A mina mó linda e o cara trocando ela por uma espiga de milho.

- Você sabia que eu te acho um gato? Se eu fosse solteira, pegaria você.

Ela deu risada.

Tava muito bêbada.

- Chegamos.

Desci do carro e ajudei ela descer, os menor autorizou minha entrada na casa.

O carro e a moto do Cobra tava na garagem.

Coloquei ela no sofá e ela apagou.

Foi até bom pra ela não ver essa porra que tá acontecendo aqui.

Passei o radinho pra ele.

- Aê Cobra, trouxe tua mulher pra casa, ela tá aqui no sofá.

- Porra Nico, caralho.

Eu não gosto de esconder nada de ninguém, mas é melhor que ela saiba por ela mesmo e não por mim.

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