Capítulo Dezessete

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- Meu irmãozinho joga tão bem, né?

- É, ele já fez dois gols. - falei pra ela.

Ele tava tão lindo, sem camisa jogando.

Quando o jogo terminou, eles saíram da quadra.

Fiquei esperando ele vir até mim, me dá um beijo.

Ele foi direto pro barzinho que fica de frente a quadra e pegou um litro de cerveja.

O Léo, o Th, o Guto e por fim o Victor sentou com a gente.

Dei espaço pro Victor sentar perto de mim, mas ele foi lá pro outro lado.

- Tu perdeu um gol Léo, na cara do gol.

Eles começaram a jogar sobre o futebol.

- Amigas, eu vou ter que ir pra casa, meu boy chega mais tarde. Quero ficar bem gata pra ele. - ela levantou e saiu andando.

- Amiga, meu boy tá me chamando. - Bia foi lá e sentou no colo do Léo.

Eles são super apaixonados, eu amo isso neles dois.

O Nico chegou com mais alguns meninos, ele fez questão de sentar perto de mim.

Ele deixou a perna dele encostando na minha.

Puta que pariu, que homem cheiroso.

- E aí, de boa?

Ela falou com aquela voz rouca.

- Sim e você?

- Tranquilidade. - ele me olhou e disfarçou.

Olhei pra Victor, que por um momento se quer me olhava.

Vi ele mexendo no celular, logo chegou uma mensagem no meu.

Vc tá gata demais hj

Dei uma risadinha.

- Quer beber o que?

- Pode ser whisky.

Ele levantou e foi lá no bar.

O Nico me dando mais atenção do meu próprio marido.

- Bora pra casa.

- Ah amor, o Nico foi comprar um copão de whisky pra mim.

- Eu não quero saber, bora logo Fernanda.

- Deixa só ele chegar com o whisky que a gente vai, pode ser?

- O caralho, bora logo.

Ele me puxou pelo o braço e ligou a moto e acelerou.

Eu montei e ele nós fomos pra casa.

Falei com os meninos e entrei, ele saiu novamente.

- Então ele me deixou e voltou pra lá?

Liguei pra Bia.

- Bia, pede por gentileza pro Léo vir me buscar aqui, o idiota do Victor me deixou aqui e saiu.

- Vou falar com ele.

Não demorou muito e uma moto parou na porta.

Deve ser o Léo.

- Nico? E o Léo?

- Ele não quis deixar a Bia sozinha com os meninos e pediu pra eu vir.

- Ah, entendi.

Ele fez a volta na moto e eu montei.

Ele acelerava bem devagar, acho que ele gosta de ser visto comigo.

Ele deu uma olhada pra mim pelo retrovisor e sorriu.

- Nicolas...

- O que foi mulher, tô quieto.

Ele parou a moto e eu desci.

Ele se encostou na moto e ficou me olhando.

- O que foi? - perguntei.

Ele sorriu e desencostou da moto.

Quando nós chegamos juntos, todos olharam pra gente.

Dessa vez, ele sentou frente a frente comigo.

O desgraçado me olhava no fundo dos olhos, pra me provocar.

Ainda dava risadinha.

Tirei minha atenção dele e falei com a Bia.

- Amiga, e o Victor ele apareceu?

- Ele passou voando por aqui, acho que ele foi pra boca.

- Realmente.

Continuei ali, bebendo com o pessoal até mais ou menos umas duas da madrugada.

- Amiga, tô indo, viu? Nico, cê vai levar a minha amiga, né?

- Positivo.

A Bia e o Léo foram embora.

Todo foram indo embora, então a gente se encaminhou também pra ir embora.

- Tá frio, né? - falei pra ele.

Ele ligou a moto e eu montei.

- Tá nada, eu tô num calor só.

- Me conta o segredo. - dei risada enquanto a gente subia o morro bem devagarinho.

- Se eu te contar, tu vai achar que eu sou é doido.

Dei uma risada.

Ele me olhava pelo retrovisor e ainda sorria.

- Tu gosta de fazer gracinha, né? - falei pra ele.

- Tudo pra te ver sorrindo.

Ele me deixou na frente de casa e saiu pisado, ele não costuma falar muita coisa quando chega aqui, os meninos ficam de olho.

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