Cecília ✨
Desde a última vez que vi a Camila, foi quando ela foi buscar os papéis da loja e pronto.
Eu sei que nós duas erramos, mas eu não expulsei ela da nossa casa, eu jamais faria isso.
Parei em um barzinho aleatório no caminho de casa, tava precisando tomar uma gelada pra distrair a mente.
Sentei a mesa e esperei a moça me atender.
Pedi uma torre de chopp.
Minha casa nova era agradável, não ficava longe da casa que eu e Camila morávamos.
Tava virada de costas pra rua, tava tomando o chopp e ouvindo as músicas que estavam tocando no rádio.
Alguém beijou meu pescoço, esse cheiro eu conheço.
Fernando.
- E aí sumida, de boa?
- Tô bem e você?
- Tranquilo.
- Quer um copo?
- Quero, vou lá pedir.
Ele foi pegar o copo e já voltou com uma bandejinha de frios.
Ele sentou e encheu o copo de chopp.
- Sumida, nunca mais te vi.
- Muito trabalho.
- Nem as minha mensagem responde mais.
- Sem tempo.
- Tempo pra postar fotinha tem, né?
Dei uma risada.
- Cê tá é me evitando. - ele me olhou no fundo dos olhos.
- Tô nada. - sorri.
- Na minha casa ou na tua?
- Na praia.
Ele abriu um sorriso de orelha a orelha.
- Só se for agora.
Ele levantou e foi até o balcão, pagou a conta e veio até mim.
- Quer ir de moto?
- Nada, vou de carro.
- Então bora.
Levantei e entreguei a chave do carro pra ele.
Nós saímos do morro, ele tava todo felizinho cantarolando.
Fiquei mexendo no celular.
Não demorou muito e nós chegamos, fomos caminhando pra areia, o vento gelado me fazia arrepiar.
Sentei próximo ao mar, ele sentou ao meu lado.
- Tu gosta de uma praia, né?
- Puxei a dona Fernanda, vulgo minha mãe.
Ele riu.
- Mas e aí, já voltou a falar com a tua amiga?
- Como você sabe que nós estamos sem nos falar?
- Th me contou.
- Nós duas erramos, mas eu jamais expulsaria ela da NOSSA casa.
- Ela tá no erro mermo.
- É... Tudo isso por conta que eu não contei que você tinha dormido em casa aquele dia lá.
- Na moral, mulher briga por cada besteira.
Fiquei observando as ondas do mar.
- Por que tu não vai resolver essa parada com ela?
- Não é o momento, Camila é cabeça dura, ela precisa de tempo pra repensar nas atitudes, eu vou dá o espaço que ela merece.
Ele concordou.
- A Bruna faz mó falta, né.
- Muita! Tô doida pra que ela volte logo.
- Tá difícil. - ele deu risada.
- Eu vou comprar hot dog, você quer?
Levantei da areia.
- Quero.
O celular dele tocou, eu deixei ele falando lá e fui comprar o hot dog.
- São dois. - falei.
- Dá 16.
- Eu pago! - eu conheço essa voz.
Olhei pra trás e vi meu pai, dei um abração nele.
- E aí, tá fazendo o que aqui?
- Eu tô com um amigo. - sorri sem jeito. Cadê a mãe?
- Solta o verbo quem é esse desgraçado. - ele pagou o hot dog e cruzou os braços.
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No Morro do Alemão
Fanfiction+18 | Esse livro possui conteúdo pesado, se você for sensível, recomendo não ler. Fernanda é uma jovem de 24 anos que é casada com um capitão da PM. Ela vive uma vida resumida em sofrimento, até conhecer o Cobra. Ela crê que sua vida irá mudar e mel...