Capítulo Vinte e Quatro

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- Tu quer beber o que hoje? - o Victor sentou do meu lado.

- Pode ser whisky.

Ele levantou e pegou pra mim.

Agradeci e comecei beber.

Todos estavam felizes, bebendo e se divertindo.

- Amiga, vem dançar comigo.

A Bia levantou e me puxou pra dançar com ela.

Nós dançamos um tempo, depois eu voltei pro meu lugar.

- Já tá querendo chamar atenção? - o Victor passou o braço meu pescoço.

Fiquei calada.

- Irmãozinho, bora dançar, esse pagode é tão gostosinho de dançar.

- Já é, bora.

Eles se levantaram e foram dançar.

- Tu confia nela? - o Nico sentou do meu lado, só que não tão perto.

- Confio, ela nunca me deu nenhum motivo pra desconfiar.

Ele ficou calado.

- Amiga, olha aqui a foto da nossa nova casa de sítio.

Ela me mostrou as fotos e eu fiquei chocada, a casa era lindíssima.

- Eu amei! Você merece! - abracei ela.

- Vamo logo fazer uma revoada lá.

O Léo chegou e sentou perto dela.

- Vamos cantar os parabéns! - Bia parou a música e todos começaram cantar.

Eu fui pra onde tava montado o painel de decoração.

Fiquei toda tímida.

Assoprei a vela e ela apagou.

- Hora das fotos! Eu sou a primeira!

Tirei várias fotos com a Bia.

- Agora eu!

Tirei as fotos com o Léo.

Vi o Victor se aproximando, ele tirou só uma e já saiu.

- Posso tirar também com a aniversariante?

- Pode, claro! - dei uma risadinha.

Ele colocou a mão na minha cintura e deu uma apertadinha de leve.

Eu já falei o quanto esse homem é cheiroso?

Tiramos algumas fotos.

Tirei foto com mais algumas pessoas.

- A primeira faria vai pra alguém que é muito especial na minha vida, eu amo muito essa pessoa... Bia!

Ela deu uns pulinhos de alegria.

- A segunda fatia vai pra alguém que eu considero demais, é como se fosse meu irmão, vem Léo.

Ele ficou todo bobo sorrindo.

- E a terceira fatia, vai pra um grande amigo, que me ajuda quando eu preciso e tá comigo independente do que der e vier, Nico.

Ele ficou todo envergonhado.

Olhei pro Victor, ele tava com ódio nos olhos.

A Bia cortou o restante do bolo, enquanto a Vanessa e outras meninas serviam salgados.

O Victor me puxou pra cozinha.

- Por que tu me fez passar essa vergonha?

- Que vergonha?

- Tu chamou o Nico e não eu.

- Por que ele é meu amigo.

- E eu sou o que teu?

Fiquei calada.

- Fala, Fernanda! - ele apertou meu braço.

- Não começa, Victor. Hoje é meu aniversário, poderia dá um desconto?

- Faz mais uma gracinha dessa, pra tu ver o bagulho ficar louco.

- Vai me bater de novo? - fiz cara de deboche.

- Se for preciso, eu mato você. - ele segurou meu pescoço enquanto falava algumas coisas. - Ou tu anda na linha reta, ou eu te desmonto e te mando pro inferno.

Quando ele me soltou, eu voltei lá pra fora.

Fiquei meio desconfortável.

- Amiga, tá tudo bem?

- Tá sim, acho que tô ficando bêbada.

O dia passou rápido, já era noite.

- Gente, eu vou indo, o meu boy tá lá em casa. - Vanessa foi embora.

Radinho.

- Atenção geral, chegou o caminhão com a mercadoria, tá no galpão.

- Já é, vou colar aí.

Radinho off.

Victor levantou e saiu com mais uns caras.

- Ainda bem...

Respirei aliviada.

- Agora bora curtir! - Bia levantou pra dançar de novo.

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