Capítulo Vinte e Um

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Acordei e ele tava sentado mexendo no celular, quando viu que eu acordei ele guardou.

- Você não tinha que tá trabalhando?

- Já organizei o baile, agora tô livre.

- Entendi.

Ele levantou e eu levantei também

Abracei ele por trás e beijei as costas dele.

- Sai Fernanda.

- O que eu te fiz?

- Nada, só não gosto disso.

Dei uma risada e abracei ele de novo, dei vários beijinhos nele.

Abracei ele pela agora e comecei beijar o pescoço dele.

- Para Fernanda.

- Deixa de coisa, seu bobo.

Desci a mão até a cueca dele.

- Já mandei me deixar.

Ele me empurrou e eu caí sentada.

Nunca mais eu me aproximo dele, essa foi a minha última tentativa.

Tomei um banho e fiquei quieta o restante do dia.

Tava na hora do baile, me arrumei toda. Coloquei um vestido preto coladinho, um salto preto e peguei um bolsinha.

Passei um batom vermelho que não transfere, coloquei os acessórios, soltei o cabelo e passei perfume.

Desci a escada, ele tava lá me esperando, que milagre...

Ele só me olhou e não falou nada.

Ele tirou o carro de garagem.

Saímos de casa em silêncio.

Saí do carro e fui andando na frente, ele me seguiu.

- Abaixa o vestido.

Dei nem ouvidos.

Entrei no baile e fui logo pro camarote.

Lá hoje tinha whisky, cerveja e gin.

- Vou querer whisky.

Peguei um copo e fui até a Bia que tava com o Léo e a Vanessa.

Ele se juntou com os meninos e deixou a gente.

Eu já tava meio chapada, tava bebendo muito, eu quando tô com raiva e invento de beber, não dá bom.

Vanessa disse que ia falar com uma amiga e ficou só eu eu a Bia.

- Bia, vamos dançar, tô cansada de ficar sentada.

Comecei descer até o chão e a Bia acompanhou.

Eu percebi alguns olhares sobre mim, inclusive do Victor.

Eu dancei sem me importar com quem tivesse olhando.

O Victor me puxou pro canto mais afastado.

- Tu para com essa porra agora, tá me ouvindo?

Ele segurou meu rosto com força.

- Eu só tô me divertindo...

Ele me empurrou e saiu fora.

- Amiga, a Vanessa tava brigando com uma menina lá em baixo, mas foi tão rápido que não deu nem tempo de ajudar. O Victor foi lá, ele foi levar ela pra casa, pq ela tava doida querendo acabar com o baile.

- Doidera da poxa. Vou lá no banheiro.

Tomei um copo todo de whisky de uma vez.

A fila do banheiro era quilométrica.

Saí do baile e fui pra uma viela escura, onde não tem casa, é só um beco escuro, não tinha iluminação e nem nada.

Não dava pra ver quem estava se aproximando ou algo do tipo.

Fiz o xixi rapidinho.

- Tu tá doida? Sair assim sem ninguém? Sabe que poderia ser um viciado e fazer alguma merda contigo, né?

O Nico apareceu, ainda bem que eu já tinha feito o xixi.

- Que bom então que você tá aqui.

- Tem que ter cuidado pô, pode vacilar não.

- Você tá cuidando de mim. - coloquei a mão no peitoral dele. - Você é tão musculoso...

O álcool já tava fazendo efeito.

Ele colocou as duas mãos na minha cintura.

- Ontem eu pensei muito em você... - ele falou baixinho no meu ouvido.

- Eu também... - sussurrei.

Beijei o pescoço dele e aproveitei pra deixar minha marca.

- Oh loirinha, faz isso comigo não.

- O que que eu fiz?

- Fica me atiçando desse jeito.

Dei uma risada.

- Acho melhor a gente ir, antes da gente fazer alguma besteira.

Ele beijou minha teste e saiu por um lado.

Eu fui por outro.

Voltei pro baile e o Victor já tava lá, tava bravinho.

- Onde tu foi?

- Fazer xixi lá fora.

- Bora, já acabou a festa.

Ele me puxou pra fora do baile, ele abriu a porta do carro e me jogou dentro com toda força.

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