Capítulo Setenta e Seis 2° Temporada

56 2 0
                                    

Cecília ✨

Acordei e olhei pro lado, ele ainda tava dormindo, puta que pariu, nossa noite foi incrível.

Liguei pras meninas da loja e dei folga a elas hoje e amanhã.

Quero aproveitar o sabadão.

Ele abriu os olhos e me olhou.

- Tô morto, tu acabou comigo. + ele falou.

Dei uma risada sincera.

Levantei da cama, tomei um banho e vesti uma camisa dele, aqui não tem nenhuma roupa minha.

- Ficou maneira em tu. - ele se referiu a camisa.

- Só tá falando isso por que não gosta das minhas roupas.

- Nem é, tu é estilosa.

Ele levantou e foi tomar banho.

- Tem escova de dente nova? Queria escovar os dentes.

- Pega aí na segunda gaveta.

Peguei a escova, coloquei creme dental e escovei.

- Tu quer comer o que? Diz aí que eu vou lá na padaria comprar.

- Eu tô com muita, muita vontade de comer um hambúrguer, tipo um x-tudo.

- Cecília, são oito da manhã.

- Sim, mas deu vontade.

- Tá, quer mais alguma coisa?

- Bolo de pote e pastel frito de queijo.

- Saco sem fundo, né? - ele riu. - Volto já.

Ele me deu um selinho e saiu.

Cara, que sensação boa.

Desci a escada, liguei a tv e fiquei assistindo enquanto ele não chegava.

Ouvi um barulho lá fora, como se fosse uma discussão. Como boa curiosa que sou, abri o portão e fui olhar.

Era a tal Mônica querendo entrar.

- Deixa ela entrar, tá tranquilo.

Autorizei e ela entrou.

- Cadê o Nano?

- Foi na padaria, chega já. Senta aí.

Ela sentou na poltrona e ficou olhando pra mim.

- Tu tá amando essa vida, né?

- Que vida, minha filha? - coloquei as mãos na cintura.

- De patroa, mulher do dono da porra toda.

- Tá bem enganada ein, sou mulher de ninguém não.

- Não é o que dizem por aí.

- Quem tem sua língua fala o que quer.

- Ele vai demorar?

- Creio que não.

Ela ficou sentada, ela me fuzilava com o olhar, eu ein, fiz nada pra ela.

Ouvi o barulho do portão abrindo, não demorou muito e ele entrou com umas sacolas, colocou na mesa e veio até mim.

Ele nem tinha visto ela.

- Visita. - sorri forçada pra ele.

- Coé? Solta o verbo. Tu sabe que eu não gosto que ninguém venha na minha casa, quer falar comigo vá até a boca e me espere lá.

- Eu vou falar aqui por que ele também tem que ouvir!

Ela levantou da cadeira.

- Eu tô grávida!

- É os parabéns que tu quer? - ele cruzou os braços.

- Você é o pai, você sabe.

- Tá chapando legal ein, nunca fiquei contigo não.

- E aquele dia?

- Quem te arrastou foi o Diego, larga de ser pirada.

Dei uma risada baixinha.

- Eita... Foi mesmo! Desculpa pela a vergonha.

Ela foi embora e eu comecei a da risada.

- Enfim, vamos comer?

Ele concordou.

Nós sentamos a mesa e comemos, não aguentei metade do x-tudo, ele amassou o restante.

Depois que terminamos de comer, nos jogamos no sofá.

- Me leva pra casa?

- Papo torto uma hora dessa?

- Eu vou dá um rolê na praia, aproveitar o sábado.

Me deu uma vontade louca de ir na praia.

- Já é.

Ele desligou a tv e pegou a chave do carro.

- Você quer ir comigo?

- Achei que nem ia chamar. Vou te deixar em casa, passar lá na boca e depois te pego lá.

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora