Cecília ✨
Acordei e olhei pro lado, ele ainda tava dormindo, puta que pariu, nossa noite foi incrível.
Liguei pras meninas da loja e dei folga a elas hoje e amanhã.
Quero aproveitar o sabadão.
Ele abriu os olhos e me olhou.
- Tô morto, tu acabou comigo. + ele falou.
Dei uma risada sincera.
Levantei da cama, tomei um banho e vesti uma camisa dele, aqui não tem nenhuma roupa minha.
- Ficou maneira em tu. - ele se referiu a camisa.
- Só tá falando isso por que não gosta das minhas roupas.
- Nem é, tu é estilosa.
Ele levantou e foi tomar banho.
- Tem escova de dente nova? Queria escovar os dentes.
- Pega aí na segunda gaveta.
Peguei a escova, coloquei creme dental e escovei.
- Tu quer comer o que? Diz aí que eu vou lá na padaria comprar.
- Eu tô com muita, muita vontade de comer um hambúrguer, tipo um x-tudo.
- Cecília, são oito da manhã.
- Sim, mas deu vontade.
- Tá, quer mais alguma coisa?
- Bolo de pote e pastel frito de queijo.
- Saco sem fundo, né? - ele riu. - Volto já.
Ele me deu um selinho e saiu.
Cara, que sensação boa.
Desci a escada, liguei a tv e fiquei assistindo enquanto ele não chegava.
Ouvi um barulho lá fora, como se fosse uma discussão. Como boa curiosa que sou, abri o portão e fui olhar.
Era a tal Mônica querendo entrar.
- Deixa ela entrar, tá tranquilo.
Autorizei e ela entrou.
- Cadê o Nano?
- Foi na padaria, chega já. Senta aí.
Ela sentou na poltrona e ficou olhando pra mim.
- Tu tá amando essa vida, né?
- Que vida, minha filha? - coloquei as mãos na cintura.
- De patroa, mulher do dono da porra toda.
- Tá bem enganada ein, sou mulher de ninguém não.
- Não é o que dizem por aí.
- Quem tem sua língua fala o que quer.
- Ele vai demorar?
- Creio que não.
Ela ficou sentada, ela me fuzilava com o olhar, eu ein, fiz nada pra ela.
Ouvi o barulho do portão abrindo, não demorou muito e ele entrou com umas sacolas, colocou na mesa e veio até mim.
Ele nem tinha visto ela.
- Visita. - sorri forçada pra ele.
- Coé? Solta o verbo. Tu sabe que eu não gosto que ninguém venha na minha casa, quer falar comigo vá até a boca e me espere lá.
- Eu vou falar aqui por que ele também tem que ouvir!
Ela levantou da cadeira.
- Eu tô grávida!
- É os parabéns que tu quer? - ele cruzou os braços.
- Você é o pai, você sabe.
- Tá chapando legal ein, nunca fiquei contigo não.
- E aquele dia?
- Quem te arrastou foi o Diego, larga de ser pirada.
Dei uma risada baixinha.
- Eita... Foi mesmo! Desculpa pela a vergonha.
Ela foi embora e eu comecei a da risada.
- Enfim, vamos comer?
Ele concordou.
Nós sentamos a mesa e comemos, não aguentei metade do x-tudo, ele amassou o restante.
Depois que terminamos de comer, nos jogamos no sofá.
- Me leva pra casa?
- Papo torto uma hora dessa?
- Eu vou dá um rolê na praia, aproveitar o sábado.
Me deu uma vontade louca de ir na praia.
- Já é.
Ele desligou a tv e pegou a chave do carro.
- Você quer ir comigo?
- Achei que nem ia chamar. Vou te deixar em casa, passar lá na boca e depois te pego lá.
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No Morro do Alemão
Fanfiction+18 | Esse livro possui conteúdo pesado, se você for sensível, recomendo não ler. Fernanda é uma jovem de 24 anos que é casada com um capitão da PM. Ela vive uma vida resumida em sofrimento, até conhecer o Cobra. Ela crê que sua vida irá mudar e mel...