Capítulo Cento e Cinco 2° Temp.

50 0 0
                                    

Cecília ✨

Os dias passam lentamente, eu me sinto sem forças pra nada...

Um mês e meio pra ser sincera.

Imagina você ser enganada mais de uma vez pela a mesma pessoa? Eu não deveria ter me envolvido novamente com aquele desgraçado.

- Chegou pra você. - Camila entrou no quarto com um buquê de rosas vermelhas e chocolates.

- Quem mandou?

- O Wellington.

Ela me entregou as flores e os chocolates, peguei o bilhetinho.

"Espero que esse chocolate possa adoçar seu dia, com amor, Wellington."

Ele continuava sendo incrível comigo, como sempre foi.

- Esse homem te ama, minha filha!

Abri um sorriso.

- Pega chocolate.

Nós comemos os chocolates enquanto assistíamos a série de tv.

- Amiga? Desculpa a indelicadeza, mas... Você ainda voltaria com o Wellington?

- Talvez... Ele é incrível pra mim, mas aquele desgraçado mexeu demais comigo, eu ainda preciso de um tempo pra esquecer dele.

- Eu sei como é...

- Vou tomar um banho e da um pulo lá na padaria, você vai?

- Ah não, eu vou te esperar pra gente ver um filme e vou fazer brigadeiro de colher.

- Tá bom, você vai querer algo?

- Quero uma coxinha. - ela falou enquanto pegava os ingredientes do brigadeiro no armário.

O carro tava estacionado na rua, então só destravei e entrei, acelerei pra padaria.

Parei o carro em frente e saí do carro.

- Sabe com é né, desejo de grávida.

Até a voz do desgraçado me enjoava, eu tava tão enjoada da cara dele, mas tão enjoada, que eu poderia vomitar só de olhar pra cara dele.

Fui pro balcão e fiz meu pedido.

- Duas coxinhas e seis pães de sal.

A moça colocou os pães no saquinho e as coxinhas em outro saquinho.

Paguei e fui caminhando até o meu carro.

- Cecília, nóis precisa bater um papo.

- Eu não tenho nada pra falar com você.

Ele segurou meu braço.

- Ou tu me solta ou eu vou gritar. - evitei olhar pra ele.

- Tu deixa de drama, já é? Eu só quero conversar contigo.

- Mas eu não!

Soltei meu braço e entrei no carro, saí pisada de lá.

Cheguei em casa, deixei o carro lá fora e entrei.

- Aqui, trouxe uma pra você e uma pra mim.

Ela trouxe o brigadeiro em um prato com duas colheres.

Na primeira mordida da coxinha, eu já senti uma ânsia subindo, corri pro banheiro e vomitei.

- Amiga? Tá tudo bem? - a Camila perguntou do outro lado da porta.

- Tá, tá sim.

- Tu tem que ver isso, tu tá assim tem uns dias, nada para na tua barriga.

- Eu devo ter pego uma infecção estomacal.

- Isso tá com cara de bucho ein?

- Quê? Não!

- Vamos ver isso e agora!

- Onde cê vai?

- Na farmácia comprar os testes.

Lavei o rosto e me deitei na minha cama enquanto ela não chegava.

Qual a possibilidade de eu estar grávida?

Só de pensar já me sobe um frio na espinha.

Não demorou muito e ela chegou com quatro testes.

- Trouxe três de palito e um clear blue, agora vai logo!

Li as instruções dos quatro e fiz os quatro.


No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora