Capítulo Cento e Vinte e Dois

42 3 0
                                    

Cecília ✨

- Não Fernando, ele é só um contador que contratei.

Mal começou o dia e o homem já tá implicando com o contador da loja.

- Tinha que ser homem? Eu vejo maldade nele, ele te olha estranho.

- Meu amor, você vê maldade em todo mundo.

Ele bufou, tava fumando na janela do quarto, enquanto eu estava deitada terminando umas planilhas.

- Tu né a merma não, tá toda diferente comigo.

- Diferente como Fernando? Eu só estou trabalhando.

- Né isso não.

- Então, o que? - fechei a tela do notebook.

- O teu jeito, sei lá.

Me levantei da cama.

- Eu tô precisando é sair, isso sim.

Peguei uma bolsinha, coloquei o celular dentro e calcei minhas havaianas.

- Vai pra onde? - ele arqueou uma sobrancelha.

- Vou tomar uma cerveja com as meninas, fui.

Sai do quarto e deixei ele lá.

Tô sem cabeça pra aturar as loucuras do Fernando hoje.

Fui caminhando pro bar que nós três combinamos, hoje tô precisando de paz.

Elas já estavam sentadas e conversando, também com uma torre de chopp.

- Brigou com o Nano, né? - Bruna perguntou assim que sentei na cadeira.

- Ele com as paranóias dele.

- Amiga, você sabe que ele é um pouquinho doido. - Cami falou e nós demos risadas.

Não demorou muito e o Fernando parou com a moto em frente ao bar que estávamos, junto dele o Th.

Ele tava com a mesma cara de mais cedo, só que um pouquinho pior.

- Bora Cecília ou vai prestar não, vai rolar uma parada doida.

Dei uma risada.

- Prestar o que? Se enxerga Fernando. - cruzei os braços e fiquei frente a frente com ele.

Ele me puxou pro canto.

- Tem uns rival aí querendo invadir, tu pode não ficar de bobeira, os cara vai logo em tu, que sabe que nós tá junto.

- Ah Fernando, me poupe. - voltei e me sentei junto das meninas.

- Cecília, deixa de ser cabeça dura, bora.

- Amiga, vai. - Cami falou.

- Não Camila, eu não vou! Ele veio aqui pra estragar o resto do meu dia, ele não vai conseguir.

- Já é.

Ele saiu catando pneu.

O Th que tinha ido no banheiro voltou.

- Papo reto, o que ele falou é ideia, melhor vocês agarrar e ir pra casa.

Nós nos despedimos, Camila foi com o Th, a Bruna pra casa do Fernando e eu, pra minha casa.

Tava quase chegando em casa, quando ouvi os fogos de artifício, o desespero das pessoas pra irem pra casa.

Corri o máximo que pude pra chegar logo em casa.

O barulho de tiro, os gritos, eu acabei paralisando e não conseguindo me mover.

Quando me dei conta da realidade, eu estava dentro de uma mala de um carro, o desespero bateu e eu comecei gritar.

Meu celular ainda tava comigo, mas sem bateria.

Continuei gritando, pedindo por socorro.

O carro parou, eu ouvi o barulho de porta abrindo, logo em seguida o porta mala abriu.

Nano 🤑

- Cadê a Cecília, Biel?

Já tava bolado, a guerra tinha acabado, mas não tava achando a Cecília em lugar nenhum.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 03 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

No Morro do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora