No Morro do Alemão

Capítulo Quinze

Victor narrando

- Tava com saudades de você. - ela beijou meu rosto. - Fiquei com muito medo de te perder. Eu te amo, sabia?

Fiquei calado.

Liguei a moto e acelerei pra casa.

Assim que cheguei, me joguei no sofá.

- Amor, tô com fome. - ela alisou a barriga.

- Pede aí alguma coisa pra você.

- Você não quer?

- Não. - liguei a tv e fiquei de boa assistindo.

As puta começou mandar mensagem pro pai.

Me distrai respondendo as nega que nem vi quando a Fernanda tava sentada quieta comendo.

Ele tava comendo um pão com queijo, parecia tá mó bom.

Ela tá meio estranha, mas vou nem render papo.

- Amor... - ela deitou no sofá comigo.

Lá vem.

- Oi. - me ajeitei pra ela caber também.

- Obrigada por me proteger do Eduardo.

Fiquei calado

- O que aconteceu com ele?

- Fugiu.

- Tendi...

Ela virou de costas pra mim e ficou quieta.

Deixei o celular de lado e abracei ela pela cintura.

- Obrigada por cuidar de mim e não me abandonar. Você é maravilhoso comigo.

Encostei a cabeça na cabeça dela, ela tem o cabelo cheiroso.

Ela ficou quentinha, olhei pra ver, ela tá dormindo.

Voltei a mexer no celular e tinha mensagem da Vanessa, uma foto.

- Te esperando bb.

foto de visualização única.

Abri a foto, era a desgraçada só de calcinha.

O pau ficou duro na hora.

Ajeitei ela no sofá e levantei.

Peguei minha pistola e sai voado de casa, já entrei no barraco procurando por ela.

Ela tava lá deitada, quando me viu, abriu as pernas e sorriu.

- Desgraçada.

Fodi ela do jeitinho que ela gosta, com muita agressividade.

Quando nós terminou, eu deitei e puxei um ronco.

Acordei com o cheiro de café, ela sabe o que fazer pra me agradar.

Tomei um banho e fui pra cozinha.

- Seu café preto, como você gosta. Forte e sem açúcar.

Tomei o café e fui direto pra boca.

Fernanda narrando

Acordei e ele já não estava mais aqui, provavelmente deve ter ido trabalhar.

Subi e tomei um banho, logo depois tomei café da manhã.

Já era tarde e a Bia me mandou uma mensagem.

- Amiga, vamos pro barzinho da dona Lurdes?

- Vamos! Nos vemos lá.

Me arrumei, peguei um dinheiro e fui indo.

Quando cheguei lá, ela já estava com a Vanessa. As duas estavam tomando um litrão.

- Oi meninas. - me sentei junto a elas.

- Minha tia me liberou pra ficar aqui com vocês, não é o máximo?

- Com certeza!

Nós continuamos bebendo juntas.

Até os meninos chegarem e sentaram em outra mesa.

- E aí meninas, oi amor. - Léo deu um beijo em Bia.

- Tão comemorando o que? - ela perguntou

- O Nico subiu de cargo e chamou a gente para tomar um, agora ele é gerente.

- Ah, tendeu.

- Tô indo lá, tá? Quando for pra casa me fala que eu vou contigo. - ele deu outro beijo nela e foi ficar com meninos.

O Victor chegou um pouco depois.

Ele olhou pra mim e pra Vanessa, um olhar diferente.

- E aí, como vocês estão? - a Vanessa perguntou enquanto enchia nossos copos.

- Normal, ele anda meio frio comigo, mas acho que é fase.

- Sei não ein amiga, é estranho. - a Bia falou

- Penso que não Nanda, conheço o Cobra, ele é como se fosse meu irmão e eu sei que ele nunca faria isso contigo, ele gosta de você de verdade.

Fiquei feliz em saber isso.

Nico narrando

- I alá as sócias viraram amigas. - Guto falou enquanto fumava.

- Tô sem entender, mas é de se esperar, a Fernanda é burra.

O Cobra e os caras tiravam onda com a cara da zoi de gato e ela nem sabia.

Só eu e Léo que não gostava desse tipo de brincadeira.

Ela tava toda bonita de vermelho, parecia uma boneca pô.

Enquanto eles perdiam tempo rindo dela, eu tava admirando cada detalhe.

Os olhos dela por um momento encontram os meus, pô, aí não tem jeito, o coração do ladrão acelerou.

E quando ela sorriu pra mim então...

Ela voltou a falar com as amigas, pô é ser um cara de sorte pra ter uma mulher dessa do lado.

Imagina tu ter uma mulher firmeza, bonita e não saber valorizar?

Tem que ser muito otário mesmo.