Capítulo 35

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Mahelí narrando

Já se passaram três anos que estou na Califórnia. Estudei muito para conseguir achar a cura para certos tipos de câncer, consegui fazer um medicamento que previne e trata.
Tenho viajado muito dando palestras. Minha mente vive ocupada, assim não tenho muito tempo para sofrer.

Alix tem mantido contato comigo, ele ficou por um ano em tratamento com medicamentos, agora está fazendo terapia. Está na reta final do tratamento.
Dá para ver que tem o ajudado muito.
Ele fez gastronomia para cozinhar para mim, achei isso engraçado.

Abri um hospital voltado para o tratamento do câncer, mas fazemos todos os tipos de cirurgias, e outro para tratar gravidez de risco.
Estou conseguindo ajudar muitas pessoas, isso é gratificante.

Dei o nome do hospital do câncer e cirurgias de De La Cruz. O outro se chama Little Angels, pequenos anjos, homenagem para meu amigo e meus bebês.

Inaugurei quando estava fazendo um ano que eles tinham partido. Alix acompanhou pela chamada de vídeo.
Todo ano, quando completa aniversário da morte deles, Alix me liga. Esses dias está mais difícil suportar, estou com tanta saudades de Alix. Estou evitando ligar para ele, para não preocupa-lo. Tem chovido muito aqui também, ainda tenho medo dos relâmpagos.

- Olá Mahelí. - Bryan me saldou. Ele é médico, cuidei de sua mãe quando ela já estava desenganada.

- Olá Bryan. - Ele me deu um abraço. Criamos uma grande amizade, a mãe dele me tem como filha, já que ele é dois anos mais velho do que eu.

- Minha mãe pediu para te buscar, vamos jantar em um restaurante. Vamos comemorar o aniversário dela.

- Meu Deus! Eu esqueci completamente. Tenho que comprar um presente para ela. Me espera depois que sair do expediente, você vaie ajudar a escolher.

- Tenho uma surpresa para falar no jantar. - Ele sorriu.

- Vai me dizer que você vai pedir Talita em casamento. - Ele sorriu. - Mentira, que alegria meu amigo. - O abracei e dei um beijo em seu rosto. - Vocês vão ser muito felizes. Quero sobrinhos, heim.

O expediente acabou e fui com Bryan para o shopping.

- Enquanto você escolhe o presente para minha mãe, vou escolher as alianças. - Estávamos de braços dados.

- Está bem. - Eu estava radiante de alegria, parecia que ia casar meu irmão mais velho. - Já volto. Soltei seu braços e entrei em uma loja, Bryan esperou eu entrar, ficou me observando.

Alix narrando

Já se passaram três anos, desde que Mahelí foi para Califórnia. Fui liberado da terapia, não falei com ela ainda, quero fazer uma surpresa.
Comprei as passagens, não reservei hotel, acho que posso ficar na casa dela.

Desci na Califórnia e procurei por ela nos hospitais, sei que ela tem dois. Como um era próximo do outro, fui nos dois.

Quando a vi meu coração disparou, está mais linda do que nunca.
Ia me aproximar, mas chegou um médico e começou a conversar com ela.
Mahelí estava a vontade com ele, parecia ser alguém íntimo. No final ela deu um abraço nele e um beijo em seu rosto. Senti ciúmes, mas preferi observar de longe. Preferi esperar o plantão dela acabar.
Fui em uma concessionária e comprei um carro, tinha um que era a minha cara, Bentley Continental GT in Verdant Green.
Fui no shopping comprar um terno novo e uma jóia para Mahelí. Queria levanta-la para jantar.
Após me alimentar e comprar o terno, entrei em uma joalheria. Para minha surpresa, o homem que estava com Mahelí entrou na mesma loja que eu.
O observei de longe, eu sou bem mais charmoso do que ele. Será que Mahelí me trocaria por ele?
Estava ardendo de ciúmes.

- Com licença. O senhor poderia me ajudar? - Ele falou justamente comigo, eu estava perdido nos meus pensamentos, levei um susto ao vê -lo perto de mim.

- Pôs não? Pode falar, no que posso te ajudar?

- Hoje vou pedir minha namorada em casamento, daí eu queria a dica de outro homem. O senhor parece ter bom gosto. - Namorada? Casamento? Meu coração disparou, tive que manter a postura.

- Fico feliz que ache isso, que tenho bom gosto. Vamos lá, posso ajudar sim. - Meu coração acelerou, se fosse o Alix de antes já pegaria ele e jogaria no portas malas. Respirei fundo e o segui.

- Eu acho que essa aqui combina com ela. - Ele apontou para a aliança na vitrine.

- Como ela é? - Perguntei e já senti uma pontada no estômago.

- Pele clara, olhos claros, cabelos longos. - Tudo o que Mahelí tinha. Ele não podia ser mais específico? Minha vontade era perguntar se ela era ruiva ou tinha cabelos escuros.

- Estão juntos há quanto tempo? - Se ele falasse mais de três eu ficaria mais aliviado.

- Hoje fazem dois anos. - Engoli seco. Minha tempora começou a latejar.

- Que bom. Acho que essa vai ficar perfeita. Vou comprar um conjunto de cordão e brinco, quer me ajudar a escolher?

- Posso ajudar, sim. - Ele sorriu de um jeito gentil. Sorri por fora, mas minha vontade era sair correndo dali e roubar Mahelí.

- Eu gosto de coisas raras. Senhora, vocês tem algo raro aqui na loja?

- Raro tipo o quê? - Ela perguntou com a cara de poucos amigos. Fez pouco caso de mim.

- Diamante rosa, azul, púrpura, incolor. Essa coisas assim. - Como gosto de ostentar, já falei logo para esfregar na cara dela que eu tenho dinheiro.

- Eu já vi um diamante rosa, Mahelí tem um cordão com esse diamante, tem o formato de um coração. É a coisa mais linda.

- Ah é? - Ela usa o cordão que dei? - Quem será que deu algo tão raro assim? - Alfinete.

- Ela falou que foi uma pessoa muito especial, pode se dizer que é seu primeiro amor. Tem até duas alianças penduradas no cordão, não quis perguntar o que aconteceu, dá para ver que ela sente dor ao tocar no assunto. Tem vezes que ela chora escondido, a pior parte é quando um recém nascido falece. Parece até que ela já perdeu um bebê. Quanto ao seu antigo relacionamento, tem horas que penso que ele faleceu, pois ela usa as duas alianças no cordão.

- Ou talvez tenham dado um tempo para um estar pronto para o outro. - Falei alto, sem prensar.

- Oi? - Ele me olhou.

- Nada, pensei alto. - Vou querer esse de diamantes púrpura.

- Cara, isso deve ser caro. - Ele falou para mim.

- Ela vale cada centavo, ela é mais rara do que esse diamante. - A pulseira tinha quatro diamantes púrpuras.

- Muito obrigado por me ajudar, fui na pessoa certa. Qual é o seu nome?

- Alix. Meu nome é Alix. E o seu?

- Me chamo Bryan. Vou pagar logo porque tenho que correr contra o tempo, a hora não espera. Tenho que fazer tudo certo, para ela não desconfiar.

Ele pagou e saiu da loja. Paguei e caminhei para a saída.
Bryan estava parado em frente a uma loja feminina, Mahelí saiu com umas sacolas de compras e segurou em seu braço, deu um beijo em seu rosto e eles foram caminhando para a saída.

Na minha mente, Mahelí arrumou alguém e estava seguindo a vida. Só não teve coragem de me contar, agora o cara vai pedi -la em casamento.

Decidi segui-los para ver onde seria o restaurante.
Pra que fui comprar um carro tão cheguei? Se ela observasse direitinho, já saberia saber que era eu.

Observei o homen deixando Mahelí, talvez fosse a casa dela. Ele seguiu e eu fui atrás dele, decidi para-lo para perguntar onde se ele conhecia um restaurante. Mas eu já estava na intenção dele me chamar para o mesmo restaurante que eles iam.
Buzinei e parei ao lado dele, pedindo para reduzir.

- Oi meu amigo. Gostaria de saber se você conhece algum restaurante por aqui. Cheguei hoje e não conheço nada. Estou hospedado aqui perto.

- Vou em um hoje com minha família, não sei se é muito simples para o senhor, mas se quiser se te passo o endereço.

Fake Love - Triologia 1°Onde histórias criam vida. Descubra agora