Capítulo 39

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Alix narrando

Ela caminhava em minha direção e minha mente estava lá no passado, eu poderia ter feito tudo diferente.
Apoiei uma das mãos na mesa e tentei me recompor.
Mahelí também tinha lágrimas nos olhos.
Ela parou de frente para mim e segurou meu rosto.

- Não se culpe. - Parecia ler meus pensamentos.

- Me perdoe! - Falei em meio ao choro.

- Eu que te peço perdão, não te expliquei o que estava acontecendo. - Obrigada pelo seu amor, Alix. Vamos ser felizes de agora em diante.

- Obrigado por não ter desistido de mim. - Ela limpou meus olhos viramos e caminhamos até o juiz de paz.

Ele celebrou o casamento, fizemos nossos votos. Colocaram nossas mãos uma em cima da outra e passaram uma linha vermelha encerada ao redor.
O mesmo ritual feito no casamento de Mahelí e De lá Cruz.
O último que daria o nó era Remo. Mahelí o encarava com um olhar confuso, ene estava um pouco distante.

- Quem é ele? - Ela sussurrou para mim.

- Você o convence? Esqueci o nome dele.

- Remo, o nome dele é Remo.

- Isso, de onde o conhece? Ele que queria  ser nosso padrinho.

- Você não aceitou, certo? - Ela me olhou assustada.

- Não, mas o que houve? De onde você o conhece?

- Andrey trabalhava para ele, ele é o dono do lugar que faz tráfico de mulheres.

- O quê? Na máfia não pode ter isso. - Estávamos falando baixo. Remo caminhou em nossa direção.

- Já decidiram se querem um padrinho?

- Não vamos querer não, muito obrigado. - Respondi.

- Mal já casou e é a mulher quem manda? Mulher não pode ter vez não, aprenda isso. Elas são só para nosso uso e cuidar da casa e dos filhos.

- Pois no meu relacionamento mando eu. Quer dizer, manda ela. - Sorri e olhei dentro dos olhos dele.

- Deixe isso para lá. - Mahelí me puxou para cochichar. - Com licença, senhor. - Ela puxou meu braço e quando eu ia me virar para sair dali, Remo reagiu.

- Pera aí, eu te conheço. - Remo caminhou até Mahelí e segurou seu rosto.

- Tira suas mãos dela. - Tirei a mão dele do rosto dela e entrei na frente da minha esposa.

- É você mesmo, a virgem daquele dia. Andrey quem te levou, nossa fiquei galudão quando te vi naquele dia. - Ele segurou seu membro por cima da calça. - Agora eu entendo porque você deixa ela mandar.

- Vamos Alix. - Mahelí puxou minha mão. Esse cara deu sorte que meu pavio aumentou com a ajuda da terapia. Se não eu já tinha enviado a arma na cara desse maldito. Mas não pude evitar o soco. Mirei seu rosto e larguei meu punho.

- Vai tomar um banho gelado. Antes que eu conte para todos aqui que você faz tráfico de mulheres.
Viramos as costas e saímos da sala.

- Alix, se ele vier atrás de nós?

- Não fique preocupada, se ele ficar perturbando eu acabo com a vida dele. Vou denuncia-lo para máfia. Lá eu sou rei, sou dono dos líderes.

- Vamos comemorar nosso casamento. Deixe esse bicho pra lá. Você não é rei somente na máfia não, você é  na minha vida também. Nada vai estragar nosso dia. Ainda temos que treinar. - Ela entrelaçou nossos dedos e caminhamos em direção ao carro.

- Treinar o quê? - Perguntei confuso.

- Para engravidar, temos que treinar bastante. - Ela olhou para mim e mordeu o lábio inferior.

- Você é uma tarada. Eu vou te denunciar. - Falei e sorri.

- É crime eu usufruir do que é meu? - A cara que ela faz me deixa louco.

- Você está fazendo de mim um escravo sexual. - Ela parou sorrindo e olhou para mim.

- Quer que eu pare? - Mahelí fez aquela cara de safada que me deixa babando e implorando por ela.

- Pelo contrário, quero saber onde tem um quarto por aqui, um que possa ser usado.

- Está vendo, por isso sou assim. A culpa é sua, você fica fazendo minha vontades.

- E vou fazer mesmo, tudo o que você quiser e do jeito que você quiser. O que importa para mim é te agradar.

- Eu conheço um lugar deserto próximo daqui, eu te ensino o caminho. Vamos?

- E você acha que não vou? - Abri a porta e ela entrou. Dei a volta, quase correndo, entrei e segui suas instruções. Em cinco minutos chegamos no local. Realmente era deserto e um pouco longe da estrada.

Abaixei um pouco o banco e afrouxei a gravata. Mahelí levantou o vestido e pulou para cima de mim, colocou uma perna de cada lado, virada de frente para mim. A calcinha já estava em cima do banco, como ela tirou e eu não vi?

- Quero você, meu marido. Deixa sua mulher te sentir. - Ela sussurrou no meu ouvido.

- Isso é covardia, golpe baixo. Só faz isso  porque sabe que sou louco por você.

A puxei pela cintura e colei nossos corpos, enfiei a mão em sua nuca e tomei seus lábios com desejo.
Ela abriu minha calça enquanto me beijava, me ajeitou em sua entrada, deslizei vagarosamente. 
Não me acostumo com a sensação que é senti-la, de saber que ela me pertence e eu a ela.
Mahelí subia e descia e rebolava de um jeito incrível, causando vibrações no meu corpo.
Em alguns minutos nos liberamos.
Ela me beijou antes de sair de cima de mim.

- Te amo. - Ela olhava em meus olhos.

- Eu te amo, você é a mulher da minha vida. - Segurei seu rosto e a beijei. Mahelí pulou para o banco do carona.

- Vamos? Temos um casamento para organizar. - Falou.

- Vamos. - Sorri para ela. Nunca fui tão feliz na vida.

Estacionei o carro no quintal de casa e abri a porta para Mahelí descer, a peguei no colo.

- Estou me sentindo uma princesa, com um príncipe me carregando.

- Mas você é uma rainha, se sinta uma rainha. - Dei um selinho nela.

- Está seguindo a tradição? - Ela sorriu para mim.

- Estou, tenho que entrar contigo no colo, para dar sorte. Não posso errar com você, quero fazer tudo perfeito.

- Eu te amo, sabe disso? - Ela passou a mão no meu rosto.

- Claro que sei. Se não me amasse, já tinha desistido de mim há muito tempo. Isso me faz mais feliz ainda, saber que sou correspondido. Por isso estou me policiando, não posso machucar seu coração novamente. Não quero magoar quem tem por mim um amor tão verdadeiro, você é a mulher da minha vida. Seu amor por mim  faz com que eu te ame ainda mais.

Fake Love - Triologia 1°Onde histórias criam vida. Descubra agora