Capítulo 50

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Alix narrando

Tenho alguns olheiros próximo a casa de Remo.
Meu celular tocou, avisando que um carro saiu e que Mahelí estava no carro. Só ela e um segurança.
Meu coração disparou, o que será que ele vai mandar fazer com ela? Deixei Igor em casa, em segurança e avisei que ia buscar a mamãe.
Me armei até os dentes e chamei alguns seguranças, eu tinha a máfia ao meu favor eles não aceitavam tráfico de mulheres e de crianças. Relatei o sequestro da minha esposa grávida de oito meses, como sou o chefe, eles abraçaram a minha causa.

Fui em direção a localização do meu olheiro, ele estava seguindo o carro que estava com Mahelí.
Eu estava há duas horas de distância deles, acelerei, pisei fundo e dirigi o mais rápido que pude para encontra-la, eu estava desesperado, com medo dele fazer alguma coisa com ela.
Meu olheiro estava mantendo contato comigo.

Fechamos a estrada antes do carro deles chegar, de longe avistei um Mustang preto. Sai do meu Bentley Continental GT Black e peguei as armas, como o motorista estava sozinho, seria mais fácil o resgate.
Ele parou o carro, o meu olheiro parou logo atrás dele.
Peguei duas armas e caminhei na direção do carro, Mahelí desceu e veio andando lentamente para mim.

- Mahelí. - Controlei a emoção, tinha que ser racional. O homem desceu do carro com as mãos na cabeça e deitou no chão. Meu olheiro foi até ele e colocou a arma em sua cabeça.

- Alix. - Ela estava com os olhos cheios de lágrimas. - Alix. - Ela caminhou mais rápido. Corri em sua direção, depois que vi que o motorista rendido.

- Que saudade meu amor. - A abracei e me permiti chorar. - Como você está? Deixa eu te ver? - Me afastei para olha-la.

- Eu estou bem. E você, como você está meu amor? - Ela me abraçou. - Que saudade. Choramos grudados um no outro.

- Agora eu estou bem. Vamos, vou te levar para casa. - Falei.

- Espere. O que vão fazer com o motorista? - Ela se referiu ao homem que estava com ela no carro.

- Vamos levá-lo.

- Não, ele me ajudou, ele foi muito gentil. Ele trabalha para a mãe de Remo, eles são diferentes. Ela nem sabe em que Remo é metido, por favor deixe-o ir. O nome dele é Wagner.

- Pode solta-lo. - Dei a ordem para meu olheiro. Ele soltou o homem e ele veio andando em nossa direção.

- Obrigado senhora Mahelí. Obrigado senhor Alix. Se cuida, está bem? Vou avisar para a minha senhora que está tudo bem. Desculpe por qualquer coisa de errado que fiz.

- Mande um abraço para ela, peça para ela mastigar bem os alimentos antes de ingerir.

- Pode deixar, falo sim. - Ele se virou e caminhou até o Mustang. Manobrou e foi embora.

- Ah Mahelí, eu tive tanto medo. - Comecei a chorar, agora podia mostrar a dor. - Como estão nossos bebês? Você está bem, não está? - Comecei a dar beijinho pelo seu rosto. Dei um beijo em sua barriga. - Vamos para casa, você tem que descansar.

- Alix, me beija? Estou com tanta saudade de sentir você. - Dei um selinho nela.

- Prometo que mato sua saudade quando chegarmos em casa, aqui estamos vulneráveis. - Segurei sua mão e a conduzi até ao carro. Dirigi por duas horas, até que chegarmos em casa.

Entramos, abri a porta para Mahelí descer, a ajudei. E caminhamos para a entrada.

- Mamãe, a senhora está bem? - Igor veio correndo e a abraçou.

- Oi meu filho. - Ela o abraçou. - Que saudades.

- Eu tive tanto medo de algo ruim acontecer. - Ele chorava ao falar.

- Está tudo bem, não se preocupe. O papai me salvou.

- Obrigado papai. - Igor correu e me abraçou.

- Estou aqui para cuidar de vocês, vocês são minha vida. Agora vou levar mamãe para deitar, ok? Ela está muito cansada.

- Está bem, eu vou para meu quarto, vou estudar.

- Está bem. Qualquer coisa vai no quarto me chamar.

- Tá bom. - Ele sorriu, deu um beijo na barriga de Mahelí e entrou no quarto.

- Deite aqui, vou massagear seus pés. - Falei para minha esposa, após entrar no quarto e deita-la na cama. - Deixa eu te beijar?

- Deixou,vem aqui. - Ela esticou os braços para mim. Devorei seus lábios.

- Que medo eu senti, não consegui dormir, nem me alimentar. Tive medo de você está sendo torturada ou coisa do tipo. - Estava fazendo carinho nos cabelos dela. - Eles fizeram algo ruim com você? Você está bem psicologicamente?

- Alix, tenho algo para te falar.

- Fala, sou todos ouvidos. - Sentei do lado dela. Espero que não tenha acontecido algo para traumatiza-la.

- Remo queria apenas te atingir, não sei o que ele quer com você. Só pode ser ego ferido. Mas eu fui sequestrada a pedido de Lena.

- O quê? Aquela... - Um ódio tomou conta de mim. Cerrei os punhos e respirei fundo.

- Eu não abaixei a cabeça para ela. O ódio me invadiu quando ela falou que ia vender os bebês, depois ela falou de De La Cruz. Acho que quebrei o nariz dela. - Ela ameaçou sorrir.

- Essa é minha garota. Ela não te machucou, machucou? - Eu já estava com sangue nos olhos.

- Só enfiou aquelas unhas postiças no meu rosto e no meu braço. Eu tive tanto medo, Alix. Ela planejava vender nossos bebês no mercado negro. - Seus olhos ficaram rasos de lágrimas.

- Eu vou matar essa desgraçada com minhas próprias mãos.

- Ela falou que está me vigiando desde sempre, que não me pegou na Califórnia porque não é território dela. Será que foi por isso que Remo estava lá? - Isso me fez pensar. - Ia me matar após eles nascerem. Se não fosse por Lucero, a mãe de Remo, eu não sei o que teria acontecido comigo e com os bebês.

- Temos que ter cuidado, não sabemos o que essa louca da Lena é capaz. Mas ela que não ouse tocar na minha família, estou com ódio dessa vaca. O ódio dela deve ter aumentado depois que Andrey morreu. Estou em divida com essa Lucero.  Onde já ouvi esse nome? - Perguntei.

- A operei na Califórnia, ela estava quase morta. Tinha engasgado com um pedaço de carne e bronco aspirou. O seu segurança que a levou, como não tinha parentes e o segurança não pôde ficar com ela, eu fiquei com ela em todas as minhas folgas. Lembra das ligações e eu no hospital? Por isso demorei para vir pra cá.

- Ah, então é daí que eu lembro o nome. Você me falou que estava ficando no hospital com uma paciente. Por isso que é  bom ser uma pessoa boa, o bem sempre volta.

Fake Love - Triologia 1°Onde histórias criam vida. Descubra agora