Mahelí narrando
Estava no quarto quando escutei a voz de outro homem na casa. Será que é o tal De La Cruz? Meu coração disparou e o medo me invadiu.
Após muito conversar, ouvi um cadeira caindo, Alix estava exaltado.
Ele passou em frente ao quarto que eu estava e seguiu para o outro quarto. O homem foi atrás dele.Após alguns minutos o homem foi embora e Alix não voltou. Fiquei preocupada.
Alix passou em frente ao quarto e voltou cheio de garrafas nas mãos, após ele passar olhei para ver em qual quarto ele entraria.
O dia passou e ele continuou trancado no quarto. Fiz almoço, almocei e nada dele sair, já era noite e ele ainda estava lá.Caminhei até lá e abri um pouco a porta, Alix colocou um arma embaixo do queixo e engatilhou, vi que realmente ele ia apertar o gatilho. Entrei correndo no quarto, segurei a arma e joguei longe.
Ao cair a arma disparou, eu estava tão agitada e nervosa que nem vi que tinha sido atingida.- Ei, olha para mim. - Meus olhos estavam arregalados. - Olha para mim. - O sacudi.
- Me deixa em paz! Eu só quero morrer, nem isso eu posso fazer?
- Escolhe outro dia, hoje não. - Ele olhou para mim e seus olhos se arregalaram.
- Mahelí, você está sangrando. - Olhei para baixo e minha blusa branca estava ficando vermelha. O sangue já estava escorrendo no meu braço e pingando no chão. Parece que Alix ficou sóbrio em segundos.
Comecei a ver tudo girar, senti o minha boca ficar dormente, tudo escureceu e ficou em silêncio.
Alix narrando
Mahelí desmoronou e só deu tempo de apoiar sua cabeça para não bater no chão.
A peguei do chão e corri para a saída, pedi para um dos seguranças dirigir o carro para mim.
Liguei para De La Cruz e informei o acontecido.
Chegamos no hospital e ela foi direto para a cirurgia.
Fiquei sentado na recepção esperando por notícias.- Você está ficando maluco? - De La Cruz segurava firme meu braço. - O que você tem na cabeça? - Ele passou a mão no rosto. - Se ela não entra no quarto? Você estaria morto agora, é isso? - Ele andava de um lado para o outro. - Bebe isso aqui. - Ele me deu uma garrafa com remédio para ressaca.
- Desculpe. - Abaixei a cabeça.
- Você quer morrer? Me dá sua arma que eu mesmo atiro em você. Será que Lena merece que você morra por ela.
- Não é por ela, é pela dor que estou sentido.
- Vão dizer que foi por ela. Porque não aguentou o chifre. Para de ser fraco. O que está feito está feito , aceita. Está me ouvindo? - Ele segurou meu rosto.
- Desculpe irmão. Não estava no meu juízo perfeito.
- E a menina? Como ela está? - Ele sentou do meu lado.
- Está na cirugia. Estou preocupado, o tiro pegou do lado esquerdo, tinha muito sangue. Não consegui ver onde foi, queria socorre-la logo.
- Vamos torcer para não ser nada de grave e nem deixar sequelas. Você é um idiota mesmo. Está devendo uma a ela.
As horas se passaram e o médico veio falar conosco. Disse que por pouco não atingiu o coração, a munição entrou pelas costas e se alojou na costela. Eles conseguiram operar e foi um sucesso. Mahelí precisa de transfusão de sangue.
- Ela perdeu muito sangue. Aqui está sem sangue O+, se encontrarem alguém que possa doar. - Disse o médico.
- Eu posso doar. Meu tipo sanguíneo é O+. Para onde eu vou? - De La Cruz se ofereceu.
- Vem comigo. - Ele seguiu o médico.
Fiquei sentado esperando o efeito do álcool passar, eu também tenho o sangue O+. Nem posso doar o sangue para ajuda-la, ainda bem que tenho um amigo que é um irmão para mim.
De La Cruz voltou após algumas horas, pedi para meu segurança leva-lo para casa.
Ele poderia ter alguma vertigem e cair da moto.
Mahelí recebeu uma transfusão de sangue e foi transferida para a UTI.
O médico veio me avisar que eu poderia ir para casa, pois ela só acordaria mais tarde.O motorista já tinha voltado, deixei a moto de De La Cruz estacionada no canto do estacionamento do hospital e fui para casa.
Tomei banho, troquei de roupas e fui na cozinha. Tinha comida pronta, só pode ter sido ela quem fez.
Esquentei a comida e comi comida no café da manhã. Meu corpo estava pedindo cama, mas eu tinha que ver como Mahelí estava.
A caminho de lá, meu amigo ligou para mim, perguntando sobre Mahelí.
Contei o que tinha acontecido, ele queria ir para o hospital para vê -la, lembrei que ele nem chegou a conhece-la.
Falei que não precisaria ir, pois ela não poderia receber visitas. Ele se conformou.Cheguei no hospital e me avisaram que Mahelí estava no quarto. Entrei e ele estava deitada com o braço imobilizado.
- Olá, o senhor está bem. Fico feliz.
- Você está ferida e está falando que está feliz por me ver bem? - Sorri e balancei a cabeça. - Como você está se sentindo?
- Estou com muita dor, mas isso é normal depois de uma cirurgia.
- Já tomou remédios?
- Sim. Estou esperando fazer o efeito.
- Ótimo. Quero me desculpar por ontem. Eu estava em choque, afundado na dor. Só queria que tudo acabasse logo, minha solução era me matar, mas você não deixou.
- Tem tantas pessoas lutando para sobreviver em um hospital, com doenças terminais e você querendo acabar com sua vida?
- Estou te devendo uma. De La Cruz em breve vem visitar você.
- Ele vai me levar? - Ela se encolheu um pouco.
- Pelo jeito você vai ficar lá em casa. Mahelí, eu não sou um cara bom. Não coloque suas esperanças em mim, depois do que eu descobri só me tornei pior. Eu sou do tipo de pessoa que não confia em quase ninguém. De La Cruz seria sua melhor opção. Ainda estou vendo o que vou fazer com você, não sei como você entrou nisso. Não sei se posso te mandar de volta. Você tem pais?
- Sim. Minha mãe está com uma depressão profunda, meu pai se envolveu em apostas e álcool, por isso me levaram de casa, para pagar a dívida dele.
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Fake Love - Triologia 1°
RomansaApós um mafioso ser traído por sua noiva, ele passa a não acreditar que o amor pode existir. Ele se torna mais sombrio e solitário, achando que só existe amor falso. Para sua surpresa descobrirá o que é ser amado e o que é amor, ele verá como am...