Capítulo: Sobre Onde Se Passa a História

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Muitos se perguntam onde nossa história se passa? Seria no Brasil ou na Europa, em qualquer canto do mundo? Eu prefiro dizer que deixo para que cada um tenha sua própria visão de onde fica! Pode ser até mesmo em um universo paralelo ao nosso, num lugar bem distante de nossa realidade, onde não se é diferente do que vivemos e sabemos.

Em minha mente, o local da narrativa é mais ou menos assim:

"Há muitos anos atrás, quando a Terra ainda era mais jovem, ocorreu uma nova formação de continente. Parte da Ásia se soltou após um forte tremor de terra. Muitas pessoas perderam a vida naquele dia, e o caos se instalou. O novo pedaço de terra que se soltou viajou por longos dias até finalmente parar em um local remoto, que não se encontrava na América do Norte ou do Sul, nem mesmo na Europa ou na própria Ásia. O lugar parecia destinado a receber aquele enorme fragmento de terra.

Ele parou e pareceu criar raízes, sem se mover ou se partir. Ficou próximo a uma pequena ilha não visível nos mapas, onde vivia um povo simples e pobre. Apesar das grandes dificuldades, eles se mantinham firmes. O solo não era propício para o plantio, então sobreviviam principalmente da pesca local.

Quando os habitantes perceberam a grande mudança trazida por aquele gigante pedaço de terra, começaram a explorá-lo. Aos poucos, descobriram que o lugar era abençoado e fértil, com muita vida no solo. Montanhas majestosas, cachoeiras e rios cristalinos, além de florestas exuberantes, tornavam-no um verdadeiro paraíso, comparado ao Éden.

Decidiram nomeá-lo de "Presente de Deus", pois foi assim que seus novos moradores interpretaram a chegada daquele pedaço de terra. Agora, tinham acesso a tudo de melhor: rios repletos de peixes, frutos abundantes da natureza e solo fértil para o cultivo.

"Aqui, a paz reina para todos na cidade, que Deus nos revelou e deu como presente."

Assim como em qualquer lugar, tudo começou com o povo local vivendo daquilo que plantavam e colhiam. Gradualmente, aquele pedaço de terra cresceu e evoluiu. De uma simples aldeia, surgiram casas e, posteriormente, prédios altos. Os antigos moradores, que antes eram simples agricultores, viram a população crescer ao longo do tempo.

Mas o que aconteceu com a outra parte do continente, aquela que não foi explorada para construir uma nova cidade? Acredito que os mais antigos do povo sabiam que algo terrível poderia estar à espreita naquela região. Era um lugar proibido, com solo menos fértil e rios que pareciam correr fracos e sem vida.

Como a evolução da população avançava, novos propósitos e ambições surgiam. No entanto, algo sinistro começou a se manifestar quando o nevoeiro chegou. Sua aproximação foi lenta, levando anos até que envolvesse tudo no Presente de Deus. Os rios secaram, e a água restante tornou-se imprópria para consumo. O solo apodreceu de tal forma que não servia mais para nada. As florestas, outrora exuberantes, foram dizimadas pelo nevoeiro, restando apenas uma: a misteriosa Floresta Negra.

Os antigos habitantes evitavam aquela parte da cidade, convencidos de que seres mágicos habitavam aquele pedaço de terra. A Floresta Negra permanecia de pé, imponente e bela, como se guardasse segredos ancestrais. Seus troncos escuros e folhagem densa pareciam esconder mistérios profundos.

"Aqui a paz reina para todos na cidade, que Deus nos revelou e deu como presente." Mas o que aconteceria quando a escuridão do nevoeiro se encontrasse com a sombria Floresta Negra? Os moradores do Presente de Deus estavam prestes a descobrir que nem todo presente é benevolente, e que o véu entre o mundo natural e o sobrenatural era mais tênue do que imaginavam.

Doenças começam a se espalhar, a morte se torna uma presença constante. E como se isso não fosse suficiente, criaturas sombrias emergem das sombras! Demônios, que antes eram apenas lendas nas histórias, agora são reais e estão ceifando vidas indiscriminadamente. O lugar que um dia foi considerado um presente divino parece ter se transformado em um terreno fértil para os desígnios do próprio Diabo. O Nevoeiro Sombrio, outrora visto como uma mera curiosidade, revela-se uma maldição que permite ao Mal colocar seu plano maligno em prática.

Presente de Deus em poucos anos sucumbiu ao Nevoeiro e as forças do mal. Um grupo de poucos sobreviventes marcharam rumo aquele outro pedaço de terra que não servia para nada, viam nele um novo fruto de esperança para um novo começo. Partiram rumo ao desconhecido e chegando lá para a surpresa e felicidades deles, o Nevoeiro e seus demonios não haviam passado por lá.

Reconstruíram Presente de Deus, mas sem dar nome a ela, o medo era certo de dar nomes e novas maldições cair sobre ela, deixaram apenas como Cidade Nova, tinham novas esperanças, mas não a mesma fé que lá antes tinham. Novas casas e prédios eram erguidas, aos poucos a vida toavam novos rumos.

O povo que antes eram felizes e amigos, agora carregavam o medo e a insegurança no olhar, não existia mais aquela velha confiança em nada, muito menos uns nos outros.

Com o tempo e novos desafios, a Cidade Nova vinha se transformado no que conhecemos agora, um lugar com pessoais hostis sem respeito, com pouca amizade ou educação. O trauma foi passado de mãe para filho e de filho para neto, e se repete com o passar dos anos. Poucos se aventura indo a Cidade Antiga, não querem perder a vida, poucos que foram, nunca mais voltaram. A morte caí para todos que lá tentam entrar.

Ainda existe poucos moradores que mesmo com a nova cidade, não queriam deixar o passado para trás, tinham medo do novo e tudo que for de ruim e mal acontecer novamente. Vivem entre as ruinas da cidade e o hospital de Santa Luzia. Outros preferem morar com o padre na Santa igreja

Presente de Deus, em poucos anos, sucumbiu ao Nevoeiro e às forças do mal. Um grupo de sobreviventes marchou rumo àquele outro pedaço de terra que antes não servia para nada. Eles viam nele um novo fruto de esperança, uma oportunidade para um recomeço. Partiram em direção ao desconhecido e, para sua surpresa e felicidade, o Nevoeiro e seus demônios não haviam alcançado aquele lugar.

Reconstruíram a cidade, mas decidiram não dar um nome a ela. O medo os impedia de nomear o local, temendo que novas maldições recaíssem sobre eles. Assim, a chamaram simplesmente de Cidade Nova. Tinham novas esperanças, embora não fossem as mesmas crenças que antes possuíam. Novas casas e prédios foram erguidos, e a vida tomou novos rumos.

No entanto, o povo que antes era feliz e amigável agora carregava medo e insegurança no olhar. A confiança mútua desapareceu, e a Cidade Nova se transformou em um lugar hostil, onde o respeito escasseava e a amizade e educação eram raras. O trauma foi transmitido de geração em geração, como uma herança sombria.

Poucos se aventuravam a visitar a Cidade Antiga. Aqueles que o fizeram nunca mais retornaram; a morte os aguardava lá. Ainda assim, alguns moradores se recusavam a deixar o passado para trás. Viviam entre as ruínas da antiga cidade e o hospital de Santa Luzia. Outros preferiam morar junto ao padre na Santa Igreja, buscando refúgio espiritual.

Assim, a dualidade entre o passado e o presente persistia, e a sombra do Nevoeiro continuava a pairar sobre a Presente de Deus. Os habitantes viviam entre a esperança e o medo, ansiando por uma nova esperança que pudesse desvendar os mistérios e trazer a redenção. A cidade aguardava, com o coração dividido entre a escuridão e a luz.

Espero que com esse breve relato, todos vocês possam vislumbrar um pouco do que é e foi, e onde estão essas cidades. Elas existem dentro da imaginação de cada um de nós, de maneiras distintas, mas com histórias contadas da mesma forma. A magia da criação e da narrativa nos permite viajar para lugares desconhecidos e vivenciar aventuras que transcendem o tempo e o espaço.

"Que a imaginação continue a nos guiar por esses mundos fictícios ou reais, onde a esperança e o mistério se entrelaçam."

Fim Do Capitulo 18

Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora