À medida que Aaron e os Guerreiros da Luz triunfavam e avançavam em seus objetivos, a fúria de Lúcifer crescia. Deus guiava todos rumo à vitória, e nada que o Diabo tentasse impedia o progresso da luz. O inferno rugia com a derrota iminente, e Lúcifer, com olhos flamejantes, urrava contra o destino que se desenhava.
As chamas do abismo dançavam ao seu redor, e ele convocou seus generais demoníacos para uma reunião urgente. Os corredores sombrios do reino infernal ecoavam com suas passadas impacientes.
- Marco, Tormentus, Morrigan! - Lúcifer vociferou, sua voz reverberando pelas paredes de enxofre. - Reúnam-se! Precisamos apressar os passos rumo a terra, para deter essa luz insuportável que se espalha pelo mundo mortal.
- Meu senhor- disse Marco - Os humanos estão se unindo, inspirados por esses guerreiros da luz. Suas almas estão se fortalecendo, e a esperança se espalha como um vírus.
Lúcifer cerrou os punhos.
- Precisamos avançar com nosso exército. Esses guerreiros não podem ser invencíveis.
Tormentus pigarreou.
- Talvez possamos ir ao encontro deles. - Diz o demônio.
Morrigan inclinou-se, seus olhos vermelhos brilhando.
- Ou podemos atacar seus laços emocionais. Seus entes queridos, suas fraquezas. Nenhum guerreiro é imune à dor.
Marco indo à frente do senhor das trevas:
- Tenho mais um ser que pediu para se juntar a nós.
- Então diga, que seria esse ser Marco? - Lúcifer irritado pergunta.
Nem foi preciso que o general dissesse quem era. Pois uma criatura nem humana e nem celestial se fez presente, trazendo consigo sua aura fria como gelo e sua negritude que só perdia para o próprio diabo.
- Me chamo Tania, meu senhor! - ela se apresenta - Estou à mercê de vossa malevolência.
Morrigan e Tormentus gargalham com a presença inusitada de Tania, pois sabiam que ela era e de quem tinha laço de sangue.
Lúcifer considerou as sugestões. Ele sabia que o tempo estava se esgotando e não poderia desperdiçar nenhum poder que se unisse a ele. A luz avançava, e o equilíbrio estava prestes a ser rompido.
- Façam isso! - ordenou ele - Encontrem suas fraquezas. E, se necessário, enfrentem os guerreiros diretamente. Não podemos permitir que a esperança prevaleça.
Lúcifer ordenou seus três generais demoníacos, com olhos ardentes, ele lhes deu uma missão crucial.
-Vão à Necrópole Celestial - ordenou Lúcifer – E encontrem os Guerreiros da Luz. Leve consigo apenas Tania, bruxa negra de coração gélido. Ela será de grande aproveito, pois tem quem poderá se render ao ver a própria mãe.
Os generais assentiram, e um grande portal negro se abriu, todos entraram e sumiram. Eles partiram, deslizando pelas sombras das dimensões, determinados a cumprir a vontade do Diabo. A Necrópole Celestial aguardava, um lugar onde os vivos e os mortos se encontravam em um limiar delicado.
Enquanto isso, Tania, ciente de seu papel no conflito, sonhava com visões de vingança contra sua filha. Seu destino estava entrelaçado com o dos guerreiros e o de toda a humanidade. Ela se unia às forças de Lúcifer para saciar sua sede de séculos, esperando pelo momento de sua vingança.
Enquanto isso, Lúcifer agitava seus exércitos de demônios, fazendo com que o inferno se estremecesse em direção à cidade. Não queria mais perder tempo; precisava agir e iniciar sua dominação antes que os guerreiros da luz ganhassem força suficiente para impedir seus planos. Movimentou-se, liderando sua legião infernal. O tremor de terra, antes leve aos pés, agora parecia um terremoto de escala nunca antes sentida. O momento do grande conflito entre o bem e o mal se aproxima.
A cidade nova, cenário do conflito final, viu-se abalada por um tremor de terra colossal. O solo se partiu, ceifando vidas e causando destruição em massa. No epicentro, emergia um trono gigantesco feito de ossos. Era o trono de Lúcifer, erguido do meio da cratera. Sua posição sinistra indicava que a dominação e o sofrimento eterno estavam prestes a começar.
O solo tremia sob os pés dos humanos. A cidade nova estava à beira do abismo, e o trono de Lúcifer se erguia como um monumento à escuridão. As almas perdidas clamavam por misericórdia, mas o príncipe caído permanecia implacável. As ruas se transformaram em abismos, e o ar ficou impregnado com o cheiro de enxofre e desespero.
Os prédios desabaram como castelos de cartas, esmagando aqueles que tentavam escapar. Gritos ecoaram pelos becos, misturando-se ao rugido dos demônios que acompanhavam o príncipe caído. Famílias foram separadas, seus membros arrastados para o abismo ou consumidos pelas chamas infernais. O céu escureceu, obscurecido pelo véu do inferno, enquanto almas perdidas clamavam por misericórdia. O príncipe das trevas se aproximava implacavelmente.
As chamas dançavam pelas ruas, lambendo os destroços dos prédios desmoronados. Os demônios que já residia na terra, com suas peles escamosas e olhos incandescentes, espalhavam o terror. Crianças choravam, mães buscavam seus filhos perdidos e os homens lutavam desesperadamente contra as criaturas infernais.
Lúcifer, o portador da luz caída, liderava sua legião com uma determinação implacável. Ainda estava avançando por portais que o traria para terra. Suas asas negras se estendiam, lançando sombras sobre onde passava. Ele ria, um som que ecoava como sinos distorcidos, enquanto sentia o caos que havia desencadeado.
Os demônios menores, ágeis e cruéis, atacavam sem piedade. Garras afiadas rasgavam a carne dos inocentes, e suas presas famintas encontravam pescoços vulneráveis. O ar estava impregnado com o cheiro de sangue.
Enquanto isso, os céus se contorciam. Relâmpagos rasgavam a escuridão, e trovões ensurdecedores pareciam anunciar o fim dos tempos. A cidade nova estava à beira do abismo, e a esperança minguava como uma vela prestes a se apagar.
O confronto se aproximava. O príncipe das trevas e sua legião avançavam inexoravelmente, enquanto os poucos corajosos que restavam se preparavam para a última batalha. A cidade e a terra estavam prestes a ser engolida pelo inferno, e apenas o destino sabia se algum raio de luz poderia romper essa escuridão.
Os Guerreiros da Luz precisavam se apressar, pois o destino da humanidade estava em suas mãos. Ainda distantes, eles sentiam a energia de Lúcifer e seu exército de demônios que se aproximava da Terra. O céu estava tingido de vermelho, as nuvens se aglomeravam como testemunhas silenciosas da batalha iminente. Cada guerreiro carregava consigo a esperança e a coragem necessárias para enfrentar o mal que se aproximava.
Enquanto isso, alguém que ninguém via e nem fazia questão de ser visto, olhava a tudo com temor. Olhou pra longe, pra onde sabia terem ido os guerreiros e lançou uma prece.
'Vocês são a última linha de defesa da humanidade. Não podem falhar. Lutem até o último suspiro, até que a luz prevaleça sobre as trevas.'
Fim Do Capitulo 40
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Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da Luz
General FictionEste livro narra a saga de um jovem, Aaron, escolhido pelo próprio Deus para prosseguir com as batalhas celestiais. Ele é encarregado de combater as forças das trevas, onde o Demônio busca romper as correntes que unem três mundos: o Céu, o Inferno e...