Capítulo: A Batalha Contra Nocturneon

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No dia seguinte, ao raiar dos primeiros raios de sol, arrumamos nossas coisas e seguimos juntos para a saída das ruínas da cidade. Nosso grupo agora ganhava mais uma força: Bel, o bardo. O pouco que nos mostrou já era suficiente para sentir toda a força que ele carregava. Aquele instrumento poderoso junto dele era a verdadeira aliança de força.

- Como é esse negócio de falar através das notas de seu instrumento? - Pietra, curiosa, perguntou:

Bel, dedilhando as notas correndo na extensão do braço de sua guitarra, respondeu:

- Eu nasci assim, sendo o único dos bardos a não proferir uma palavra. Fui criado pelos meus tios, que tinham uma forte vocação para música. Juntos, eles me mostraram que eu era capaz de me conectar à minha guitarra e deixar que ela sentisse o que eu queria dizer."

- Isso é fascinante! - Comentei, bestificado. - Imagina, apenas com os dedos e as notas, poder dizer de tudo?

- Um dia, podemos juntos compor uma canção? - Hela, com um sorriso de orelha a orelha, perguntou a Bel

- Claro, minha querida e doce Hela. - Ele confirmou

- Melhor seguirmos viagem. Não estou com bons pressentimentos. - Raziel, preocupado e tenso, interrompeu

Seguimos obedientemente Raziel, trilhando nosso caminho. Ele não havia revelado nosso destino, mas estávamos dispostos a seguir para onde quer que nos conduzisse. À medida que passávamos pelos caminhos de volta, percebíamos que o que antes era feio agora parecia ainda pior. Era difícil compreender como isso poderia ser possível, mas a realidade diante de nós não deixava dúvidas.

- Vejam como o poder do mal pode consumir tudo e todos! - Disse Raziel. - Essa cidade, antes forte e linda, após o nevoeiro cair sobre ela, vejam no que se transformou.

- Realmente é lamentável. - Concordou Bel.

- Eu queria poder conhecer essa cidade antes do mal cair sobre ela. Comentou Pietra.

Nos deparamos com uma estátua partida, sem revelar o rosto de quem estava lá.

- Ei Raziel, sabe quem era? - perguntei curioso.

- Essa era a figura de quem fundou a cidade antiga. Infelizmente, pouco sabemos sobre ele. - Lamentou Raziel. - Toda maldição derramada aqui fez com que a maioria das pessoas esquecesse daqueles que ajudaram a construir este lugar.

- Ainda bem que o nevoeiro se dissipou. - Comentou aliviado.

A atmosfera pesada da cidade antiga se intensificou, como um mau agouro, o que inquietava a todos nós. Foi então, que nos deparamos com Nocturneon, o ser sombrio que já havíamos visto antes. Ele estava ali, no meio do nosso caminho, como uma lembrança indesejada.

- Vejam só o que temos aqui? Nocturneon riu, sua voz ecoando pelas ruas vazias.

- Ao que devemos esse desprazer? - Hela, destemida, não se intimidou. perguntou, encarando-o com firmeza.

- Vejam como a mocinha é brava. Ou será que está com medo de mim? - Nocturneon debochou.

- O que aconteceu? Seus companheiros viram o quão feio você é e o mandaram embora? - Eu não pude resistir.

- Olha ele falando! Mas não por muito tempo. Seu destino está selado, sinto cheiro de morte em você, escolhido. - Nocturneon riu novamente, com puro escárnio.

- Não diga besteira, seu demônio! - Raziel, estava furioso.

- Anjo cachorrinho de Deus, vejo que seu destino sempre será o mesmo, Raziel. - Nocturneon zombou dele.

Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora