No centro do abismo ardente, onde as chamas dançam em um frenesi eterno, ergue-se o trono de Lúcifer. Feito de ossos carbonizados e enegrecidos, suas espinhas retorcidas se entrelaçam como raízes de árvores invertidas. O assento, forjado a partir das almas condenadas, emite um calor insuportável, enquanto os gemidos dos perdidos ecoam pelas paredes de enxofre. Lúcifer, com olhos flamejantes e asas negras como a noite, repousa majestosamente, observando os tormentos que se desenrolam à sua volta. Os condenados, de rostos contorcidos e corpos retorcidos, rastejam aos seus pés, implorando por misericórdia que nunca virá. O ar é espesso com o cheiro de carne queimada, e o rugido das chamas parece uma sinfonia infernal. Este é o trono de Lúcifer, onde o sofrimento é eterno e a esperança é apenas uma lembrança distante.
Lúcifer, o anjo caído, desafia as expectativas com sua aparência singular. Sua estatura imponente, alta e esguia parece tocar os limites entre o céu e o inferno. A pele alva, quase translúcida, contrasta com os cabelos castanhos com preto, que caem em cascata sobre seus ombros. Seus olhos, profundos e gélidos, são da cor do gelo eterno, e neles ardia uma chama antiga e misteriosa. Lúcifer não é apenas belo; ele é a personificação da tentação, um ser que atrai e seduz com sua presença enigmática. Sua pelagem branca, macia como a seda, esconde as cicatrizes de sua queda, e suas asas, antes brilhantes, agora são negras e enegrecidas pelo pecado. Ele caminha com graça, sua aura carregada de mistério e poder. Este é o Lúcifer que poucos conhecem, o anjo caído cuja beleza é tão perigosa quanto sedutora.
Naquele dia, quando Nocturneon perdia a batalha para Aaron e os Guerreiros da Luz, Lúcifer estava furioso. Era a verdadeira face do Diabo, aquela que tantos temiam. Gritos ecoavam por todo o Inferno, como um coro de almas condenadas.
A voz de Lúcifer é como o sussurro do vento noturno, um tom grave e melódico que envolve a mente daqueles que a ouvem. Cada palavra é carregada de mistério e promessas sombrias, como se ele conhecesse segredos antigos e proibidos. Quando Lúcifer fala, é como se o próprio abismo sussurrasse em seus ouvidos, convidando-o para a escuridão.
- Como esses insolentes imploram por uma chance de vencer a Deus, mas quando dou a oportunidade, morrem nas mãos dos humanos. - Lúcifer, enfurecido sussurrou.
- Chamem os generais que restaram, mandem vir agora mesmo! - Ordenou Lúcifer a qualquer um que estava ali, só tinha que obedecer.
Enquanto isso, ele continuava a maldizer e não era prudente, nem mesmo passar na sua frente
- Dou poder, ira e raiva para esses vermes, e em troca quero que apenas cumpram sua missão. Mas não eles preferem me desobedecer e usar isso para se vangloriar e acabem sucumbindo nas mãos desses humanos desesperados. Quando chegar a hora, eu mesmo irei buscar você, Aaron, farei questão de te trazer arrastado pelos pés. – E com isso, sua raiva se tornou mais chamas para atormentar as almas que ali penavam.
Lúcifer, enfurecido com a derrota de seu General, caminhou pelas chamas do inferno. As asas negras, outrora majestosas, agora pendiam chamuscadas. Seus olhos ardiam com a ira de mil sóis, e sua voz ressoava como trovões distantes.
Os generais, as mais leais servos de Lúcifer, um deles havia falhado em sua missão. Uma entidade que reinava nas horas mais escuras da noite. Contra os Guerreiros da Luz ele falhou. Aaron, o líder dos Guerreiros, com sua espada Ezilion, cortara a cabeça do General.
Lúcifer cerrava os punhos, lembrando-se das promessas que fizera ao General. Ele deveria ter sido invencível, indestrutível. Mas agora, estava morto.
- Você me decepcionou. - Sussurrou Lúcifer
- Mandou nos chamar, meu senhor, das trevas? - Marco chega perguntando, tão logo surgiu.
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Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da Luz
General FictionEste livro narra a saga de um jovem, Aaron, escolhido pelo próprio Deus para prosseguir com as batalhas celestiais. Ele é encarregado de combater as forças das trevas, onde o Demônio busca romper as correntes que unem três mundos: o Céu, o Inferno e...