Capítulo: O Regozijo Infernal

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O cenário estava mergulhado em trevas quando Lúcifer, o anjo da luz caída, chegou à cidade nova. O caos se espalhou como fogo, demônios soltos fazendo festa com a carne humana, e o sangue manchando as ruas. A cada instante, o exército de Lúcifer crescia, alimentado pela escuridão que se infiltrava nos corações dos habitantes. Antes de se acomodar em seu trono, Lúcifer percebeu algo no ar, algo que o deixou satisfeito. Seu plano estava se desenrolando conforme o esperado. Uma importante aura havia desaparecido. Com um sorriso sinistro, ele se sentou. Sua gargalhada ecoou por toda a cidade nova, como um trovão anunciando a chegada do inferno. Pela primeira vez, o submundo se sentia vitorioso.

Ninguém naquele momento tinha o poder de deter as forças infernais. Pessoas eram dilaceradas pelos demônios, suas almas condenadas à escravidão eterna. O mundo estava prestes a testemunhar a ascensão do mal. A escuridão se espalhava como uma praga, engolindo a cidade nova. Os poucos sobreviventes se escondiam em becos e porões, rezando por um milagre que parecia cada vez mais distante. Lúcifer, sentado em seu trono de ossos, observava o caos com olhos ardentes. Os demônios dançavam ao seu redor, suas risadas cruéis ecoando pelas ruas vazias. Almas atormentadas eram arrastadas para o abismo, condenadas a uma eternidade de sofrimento. O céu estava manchado de vermelho, como se chorasse pelo destino da humanidade. As ruas estavam repletas de corpos mutilados, e o ar estava impregnado com o odor metálico do sangue derramado.

Não havia heróis aqui, apenas vítimas. Cada passo era um tormento, cada respiração uma luta contra a desesperança. As almas condenadas vagavam sem rumo, seus olhos vazios refletindo a agonia que as consumia. As crianças choravam pelos pais que nunca mais voltariam. Os idosos gemiam de dor, implorando por um fim misericordioso. Os demônios, cruéis e insaciáveis, continuavam sua dança macabra, arrastando os desafortunados para o abismo. Ninguém rezava mais. A fé havia sido esmagada sob o peso das circunstâncias. O céu permanecia mudo, indiferente ao sofrimento humano. Não havia redenção, apenas a escuridão voraz que devorava tudo.

Infernus permanecia oculto atrás do trono de Lúcifer. Seus olhos ardiam com a malícia enquanto observava o caos se desenrolar. As almas clamavam por misericórdia, mas ele não tinha ouvidos para suas súplicas. O submundo celebrava sua vitória, e a cidade nova estava irrevogavelmente perdida.

Lúcifer, sentado em seu trono de ossos, parecia uma figura esculpida pela própria maldade. As chamas dançavam em seus olhos, refletindo a carnificina que se desenrolava lá fora. O céu estava tingido de vermelho, e os gritos dos condenados ecoavam pelos corredores do Inferno.

Infernus, observava em silêncio. Ele sabia que o momento se aproximava. O escolhido, um ser capaz de desafiar o próprio Lúcifer e mudar o curso da eternidade, já não mais estava entre os vivos. Infernus sentia o peso dessa responsabilidade em seus ombros.

Quando o portal se abriu, os quatro generais emergiram: Morrigan, a feiticeira de cabelos negros; Tania, a bruxa com olhos de fogo, Tormentus e Marco cambaleante, caiu ao chão. A bruxa Era, implacável, arrancou-lhe o braço antes que pudesse atravessar completamente o portal.

Marco, ainda ajoelhado, dirigiu-se a Lúcifer:

- Meu senhor, está feito.

Lúcifer observou-o com um sorriso cruel:

- Vejo que isso lhe custou caro, meu general. - mas para ele pouco importava se o general estava inteiro ou não, só tinha que cumprir a missão.

Marco prosseguiu:

- O escolhido está morto.

A notícia ecoou pelas câmaras infernais. Lúcifer, exultante, sentiu o poder pulsar em suas veias. Finalmente, seu reinado se concretizaria, e os três mundos seriam seus para governar.

Lúcifer, com olhos flamejantes, ergueu a mão e apontou para o trono vazio à sua frente. As chamas dançaram ao redor dele, formando uma coroa invisível.

- Marco - disse ele - Você será meu braço direito. Juntos, governaremos os mundos da escuridão e da luz.

Marco se levantou, ignorando a dor pulsante em seu ombro. Ele olhou para os outros três que haviam emergido do portal. Morrigan, a feiticeira de cabelos negros, sorriu com malícia. Tania, a bruxa com olhos de fogo, parecia mais determinada do que nunca. E Tormentus, o demônio enfraquecido, rosnou em aprovação.

- O escolhido está morto! - gritou Marco, sentindo o poder do inferno fluir através de suas veias. - Mas há outros que se oporão a nós.

Lúcifer riu, um som que ecoou pelas câmaras escuras.

- Que venham! - disse ele. - Nós os esmagaremos como insetos.

Então, Lúcifer se aproximou de Marco. Seus olhos ardiam com uma intensidade infernal.

- Levanta-te, meu filho! - disse ele, porque mesmo não tendo apego a nenhum de seus subordinados, reconhecia que merecia um agrado - Você merece algo melhor, algo maior. - não que o diabo quisesse ser broma-as era sempre necessário manter firme a lealdade de quem o servia.

E, com um gesto, um braço feito de trevas se formou, dando ao general do inferno um novo membro, mais poderoso do que o que fora arrancado dele. Marco ergueu-se, agora mais do que humano, pronto para liderar a horda demoníaca na batalha final.

O apocalipse estava próximo, e o mundo estremecia sob o peso das trevas. O Paraíso cairia, e o Inferno reinará supremo. Os céus se curvariam, e nenhum ser seria poupado. A eternidade seria moldada pelo fogo e pela dor, e os nomes de Lúcifer e seus seguidores seriam sussurrados com temor até o fim dos tempos.

As chamas do Inferno se ergueram, e Lúcifer se levantou de seu trono de ossos. Seu olhar ardente varreu a cidade nova, e um sorriso cruel curvou seus lábios. Ele estava satisfeito, apesar de todo o ódio que o consumia. Suas asas, longas e negras como a noite, rasgavam o ar enquanto ele descia sobre os inocentes. Os gritos ecoavam pelas ruas, mas Lúcifer não se importava. Ele estava em seu elemento, alimentando-se da dor e do desespero.

Os Guerreiros da Luz, ainda distantes do centro do confronto final, sentiram a presença maligna e o caos que ser formava. Eles sabiam que o tempo estava se esgotando. Aaron, o guerreiro caído, estava em suas mentes, impulsionando-os a lutar com ainda mais fervor.

Enquanto Lúcifer derramava sua ira, os Guerreiros da Luz se preparavam para enfrentar o inferno. Suas espadas brilhavam com a luz que ainda restava no mundo, e eles avançaram, determinados a deter o príncipe das trevas.

A cidade nova estava à beira do abismo, e o destino da humanidade pendia na balança. Os Guerreiros da Luz enfrentariam o próprio Lúcifer, mesmo que isso significasse sacrificar tudo o que amavam.

Fim Do Capitulo 46

Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora