Capítulo: O Último Adeus

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Após respirarmos fundo, cruzamos a rua que nos levava para fora da cidade nova e seguimos em direção à encruzilhada das almas. Agora, não havia mais volta; nossa próxima parada seria a Necrópole Celestial.

No entanto, a incerteza pairava sobre nós. O que nos aguardava naquele lugar sombrio? Seria uma breve passagem tranquila, ou enfrentaríamos almas inquietas vagando em nossa direção? As ruas silenciosas do caminho pareciam esconder segredos, e nossos passos ecoavam como um chamado aos mistérios que nos cercavam.

Nesse momento, nossos sentimentos são uma mistura de curiosidade e apreensão. A incerteza do que nos aguarda na Necrópole Celestial nos envolve como um véu sombrio. Estamos preparados para enfrentar o desconhecido, mas também sentimos a gravidade da jornada que escolhemos seguir.

A encruzilhada das almas, onde o véu entre os mundos se torna tênue, encontramos um lugar sombrio e opressivo. A luz é escassa, filtrando-se apenas em tênues raios através de fendas nas nuvens no céu escuro. Os símbolos gravados no chão parecem antigos e indecifráveis, como se contivessem segredos há muito esquecidos.

As almas vagam sem rumo, suas formas etéreas desvanecendo-se e reaparecendo como vultos fugazes. Algumas parecem perdidas, presas em suas memórias dolorosas, enquanto outras se movem com determinação, buscando algo que não podem nomear. Seus murmúrios e lamentos ecoam pelas longas ruas, criando uma cacofonia de vozes desesperadas.

Os gritos são mais intensos nas encruzilhadas, onde os caminhos se cruzam e se bifurcam. Cada escolha é crucial, e as almas hesitam, olhando para os diferentes destinos que se apresentam. Algumas se afastam, outras avançam com coragem, mas todas compartilham a mesma angústia.

À medida que exploramos esse lugar enigmático, sentimos o peso do passado e a incerteza do futuro. A encruzilhada das almas é um limiar entre mundos, onde a escuridão e a esperança se entrelaçam.

- Raziel, o que seriam esses símbolos gravados no chão? - pergunta Hela, curiosa.

- Os símbolos gravados no chão da encruzilhada das almas são enigmáticos -responde Raziel – E carregam significados profundos. Cada marca parece conter uma história esquecida, um elo com o passado ou uma conexão com o mundo além do véu. Alguns viajantes acreditam que esses símbolos representam:

Portais Dimensionais: Cada símbolo pode ser um portal para diferentes planos de existência. Almas perdidas podem seguir essas marcas em busca de redenção ou libertação.

Guardiões Ancestrais: Os símbolos que temos aqui podem ser um chamado aos guardiões esquecidos que protegem a encruzilhada das almas. Corretamente interpretados, podem atrair sua ajuda ou desencadear sua ira. Os Guardiões Ancestrais são entidades antigas e enigmáticas que zelam pelas almas. Suas formas são vagas, oscilando entre sombras e luz, e suas origens estão envoltas em mistério.

Linguagem Celestial: Os símbolos podem ser parte de uma língua antiga, usada pelos seres celestiais ou pelos próprios deuses. Decifrá-los pode revelar segredos cósmicos.

Escolhas e Destinos: Cada símbolo pode indicar uma escolha a ser feita na encruzilhada. Os viajantes devem interpretá-los com cuidado, pois podem determinar seus destinos."

Os símbolos permanecem envoltos em mistério, e sua verdadeira natureza só pode ser compreendida por aqueles que se aventuram corajosamente pela encruzilhada das almas.

- Que intrigante, aqui fica cada vez mais misterioso - Hela com a voz baixa diz.

- O grande fato, é que, ninguém sabe o que realmente pode se encontrar por aqui. - Raziel fala.

- Pessoal? Vocês também estão vendo aquilo né? - Pietra assustada interrompe perguntando.

Ao olharmos uma alma azul florescente estava parada a nossa frente, não era algo terrível ou assustador, era a alma de um senhor de idade, parado flutuando olhando firmemente para nossa direção. A cena era bem estranha porque aquela fora a primeira aparição desde do minuto que colocamos os pés aqui.

Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora