Capítulo: Necrópoles Celestial

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Quando acordei e percebi que meus amigos estavam todos bem, um alívio imediato caiu sobre mim. Não sabia o que havia acontecido com todos, nem como eu tinha ido parar ali! Mas sou grato ao nosso Deus por todos estarem bem.

- Como se sente, meu caro? - perguntou Raziel, aproximando-se.

- Um pouco confuso. - respondi a ele. - Eu apaguei quando Thalos me fez escolher sacrificar um de vocês.

Nesse momento, todos viraram para mim com olhares trêmulos.

- E o que escolheu fazer? - Perguntou Pietra.

Com os olhos cheios de lágrimas, respondi:

- Escolhi sacrificar a mim mesmo - disse a todos. - Não tinha o direito de escolher; não sou nada e nem Deus para tomar essa decisão.

No mesmo instante, todos pularam em cima de mim, fazendo um tipo de montinho e mexendo no meu cabelo. Naquele momento, percebi que realmente fiz a escolha certa. Eu não poderia decidir quem vive ou quem morre; eles são minha família, não de sangue, mas de alma, e faria tudo por eles.

Aproximei-me de Amaranth, olhando em seus olhos. Ela devolveu o mesmo olhar. Precisava perguntar se o que acontecera era uma visão recorrente trazida pelos mortos.

- Era isso? - perguntei. - Essa era a terrível visão do meu futuro?

Ela piscou e balançou a cabeça, dizendo:

- Não!" – Sua voz soou grave. – O que vi sobre o seu futuro era muito mais cruel do que essa ilusão.

Ao ouvir aquelas palavras, meu coração apertou. A sensação de que o pior ainda estava por vir me deixou inquieto e vulnerável. No entanto, também senti uma determinação crescente. Se o destino reservava algo mais cruel para mim, eu enfrentaria com coragem e protegeria aqueles que amo.

Aproximei-me de Hela, olhando em seus olhos. Ela sorriu me olhando, e suas palavras aqueceram meu coração.

- Oi, bem-vindo de volta - disse ela. - Meu coração está feliz em te ver. Nunca pensei que sentiria essa sensação.

Sem pensar, corri em sua direção e a abracei com força. Sentir seu coração batendo no mesmo ritmo que o meu e o calor de sua pele era tudo o que eu precisava naquele momento.

Hela continuou:

- Tem alguém que lutou bravamente por você. Pietra não recuou em nenhum momento; foi a mais valente de nós.

Deixei Hela e me aproximei de Pietra. Saber o que ela havia feito e como havia feito despertou em mim uma profunda gratidão. Ela era minha melhor amiga, e sua determinação em me salvar não passaria despercebida.

- Oi! Tudo bem? -Perguntei a ela. - Queria te agradecer por ter me salvado.

Pietra correu na minha direção e me abraçou com força. Lágrimas rolaram de seus olhos, e entre soluços, ela disse:

- Pensei que nunca mais iria te ver. - Sua voz tremia. - Meu desespero em não ter notícias suas me fez lutar sem nem perceber a gravidade da situação.

- Ei! Não vai se livrar facilmente de mim assim – brinquei e sorri para ela. - Mesmo que algo caia sobre mim, eu sempre estarei ao seu lado. Isso eu te prometo.

Nos abraçamos como verdadeiros amigos, e naquele momento, senti uma ligação profunda, quase como se fôssemos irmãos. Era uma sensação maravilhosa, e eu sabia que faria de tudo para proteger aqueles que eram minha força.

Após nos arrumarmos e nos recompormos, a Necrópole Celestial se estendia à nossa frente. Mesmo antes de chegarmos, avistávamos os imponentes portões. No interior, uma sombra de anjo permanecia parada no meio do cemitério celestial. A aura misteriosa não me parecia ameaçadora; pelo contrário, parecia aguardar nossa chegada com serenidade.

Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora