À medida que nos aproximávamos do coração pulsante do Monte Negro, o ar tornava-se mais denso, carregado com a magia negra que emanava das entranhas da terra. A vegetação retorcida e as rochas esculpidas em formas grotescas eram testemunhas silenciosas da influência corruptora da Necromante. Com cada passo dado naquele terreno amaldiçoado, sentíamos o peso de incontáveis almas perdidas clamando por libertação.
Nossas armas estavam prontas, nossos espíritos, inabaláveis. Encarávamos o desconhecido com uma mistura de temor e antecipação, sabendo que a batalha que se avizinhava não seria apenas de espadas e magia, mas também de vontades e destinos. E quando finalmente chegamos à antecâmara do covil da Necromante, um silêncio sepulcral nos acolheu. Era o prelúdio de uma tempestade de sombras que estava prestes a se desencadear.
O cenário era de visibilidade reduzida, envolto em uma densa névoa. À medida que avançávamos, os sussurros da Necromante ecoavam pelas longas e escuras paredes rochosas, enquanto ela entoava encantamentos na língua morta. Tínhamos a certeza de que em breve nos encontraríamos com ela.
Avançamos com cautela, nossos passos ecoando pelo corredor úmido e sombrio. A névoa parecia se espessar à medida que nos aproximávamos do coração da caverna. O cheiro de mofo e terra molhada impregnava o ar, e nossos olhos se esforçavam para enxergar além da bruma.
A voz da Necromante se intensificava, cada palavra proferida como um feitiço ancestral. Seus sussurros pareciam se fundir com as próprias rochas, criando uma sinistra harmonia. Nossos corações batiam acelerados, a expectativa e o medo se entrelaçando em nossas mentes.
Finalmente, chegamos a uma câmara ampla, iluminada por tochas trêmulas. No centro, a figura da Necromante se erguia, a figura da Necromante se destacava na penumbra da câmara. Seus trajes vermelhos eram bordados com símbolos arcanos, e seus olhos verdes brilhavam com uma intensidade quase hipnótica. No ombro dela, um filhote de dragão vermelho repousava, suas escamas reluzindo à luz das tochas.
Ela não era o que esperávamos. Não a imagem sombria e assustadora que todos pintavam. Pelo contrário, era encantadora e linda, com um ar de mistério que nos intrigava. O que escondiam aqueles olhos? Que segredos guardava em seu coração?
A Necromante nos observou por um momento, como se lesse nossas almas. Então, com um gesto suave, convidou-nos a nos aproximar. O medo e a curiosidade se misturavam dentro de nós, e sabíamos que estávamos prestes a descobrir muito mais do que imaginávamos.
O que faríamos a seguir? A resposta estava nas palavras que ecoavam naquele lugar sombrio, nas runas inscritas nas paredes, e em nossa própria coragem.
A cena diante de nós era surreal. A Necromante, parecia controlar não apenas as artes sombrias, mas também a própria natureza. O filhote de dragão vermelho em seu ombro observava-nos com curiosidade.
Enquanto nos aproximávamos, o grande dragão que havíamos derrotado há pouco tempo emergiu no topo da montanha. Suas asas imponentes se estenderam, e sua respiração de fogo criou um halo de chamas ao redor dele. Olhamos uns para os outros, perplexos. Como ele poderia estar vivo novamente?
A Necromante sorriu, e nos disse:
- Vocês acharam que o haviam derrotado permanentemente? - Perguntou ela, cuja voz parecia uma sinfonia perfeita. - Era apenas uma ilusão aquilo que vocês matavam do outro lado. Os mortos podem ser ressuscitados, assim como as esperanças e os medos.
Era uma reviravolta inesperada. O dragão, agora era real e estava sob o controle da Necromante, parecia mais poderoso do que nunca. Nossas escolhas naquele momento determinariam o destino de todos nós: enfrentar o dragão novamente ou buscar uma aliança com a misteriosa feiticeira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da Luz
General FictionEste livro narra a saga de um jovem, Aaron, escolhido pelo próprio Deus para prosseguir com as batalhas celestiais. Ele é encarregado de combater as forças das trevas, onde o Demônio busca romper as correntes que unem três mundos: o Céu, o Inferno e...