Capítulo: O Véu da Necromante - A Ilusão do Dragão

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À medida que o novo dia despontava, tingindo o céu de um cinza pálido, nosso grupo de destemidos aventureiros adentrava as sinistras trilhas das Terras das Sombras. O Monte Negro erguia-se ao longe, uma silhueta ameaçadora contra o horizonte que prometia tanto perigo quanto o confronto iminente com a Necromante.

O caminho era árduo, repleto de armadilhas ocultas sob a vegetação retorcida e os espinhos venenosos que pareciam sussurrar ameaças com cada movimento do vento. Sombras espreitavam nos cantos dos olhos, figuras que se moviam rápido demais para serem apenas ilusões.

Numa clareira enevoada, fomos surpreendidos por espectros errantes, almas perdidas manipuladas pela vontade da Necromante. Suas formas etéreas nos cercaram, seus gemidos gelados cortando o ar como lâminas.

Enquanto o grupo se reagrupava, respirações ofegantes misturando-se ao frio da clareira enevoada, Fechei meus olhos e estendi os braços. Palavras de poder fluíram de meus lábios. O ar ao redor começou a vibrar, e uma luz dourada emanou do meu ser, tomando forma diante dos olhos atônitos dos companheiros.

Com um rugido que desafiava o silêncio opressor das Terras das Sombras, Hórus, o guerreiro espiritual, surgiu. Suas asas majestosas se desdobraram, banhando a clareira com uma aura de autoridade divina. O deus-guerreiro empunhava uma lança resplandecente, cada movimento seu exalando uma presença que fazia os espectros recuarem em temor.

Eu me uni á Hórus em um corpo só na batalha contra as sombras errantes. A lança do guerreiro e a espada Ezilion cortava o ar com precisão celestial, cada golpe liberando ondas de energia mágica que dissipavam os espectros com a força do sol nascente. A luta era um espetáculo de poder e luz contra a escuridão que se agarrava desesperadamente à existência.

Com Hórus ao meu lado, eu me torno um farol de esperança para meus companheiros. Juntos, enfrentamos a horda de sombras com uma força que transcendia o físico, uma dança de magia e determinação que deixaria as Terras das Sombras marcadas pela passagem de um poder ancestral.

Meus companheiros observavam, maravilhados, enquanto o guerreiro espiritual Hórus se manifestava diante deles. Seus olhos brilhavam com admiração e um renovado senso de propósito. A presença divina de Hórus não apenas os protegia, mas também os inspirava, enchendo seus corações com uma coragem que parecia emanar do próprio deus-guerreiro.

A batalha foi breve, mas intensa; nossas armas mal encontravam substância para atingir, mas a luz da fé e a força do propósito nos guiaram para dispersar as sombras e seguir em frente a ponte quebrada que surgia.

Atravessar a ponte era como caminhar sobre o fio de uma lâmina; cada tábua rangia sob nossos pés, e o abismo abaixo parecia chamar nossos nomes com uma voz sibilante. A névoa era tão densa que mal podíamos ver nossas próprias mãos estendidas à frente, e o ar frio carregava o odor de algo antigo e podre.

Meridith, com sua luz ainda brilhando, tomou a dianteira, sua determinação iluminando o caminho. Ela pisava com uma graça cuidadosa, guiando-nos através da incerteza. Eu segui logo atrás, com Hórus pairando silenciosamente acima, suas asas batendo em um ritmo que parecia acalmar as águas turbulentas abaixo.

Quando Máximo pisou na ponte, uma tábua cedeu sob seu peso. Por um momento terrível, ele balançou à beira do precipício, mas mãos rápidas o agarraram, puxando-o de volta para a segurança. Juntos, eles reafirmaram seu voto silencioso de nunca deixar um companheiro para trás.

Com cada passo conquistado sobre a ponte traiçoeira, sentíamos que nossa ligação se fortalecia. Quando finalmente alcançamos o outro lado, um suspiro coletivo de alívio se misturou ao ar da manhã. Olhamos para trás apenas uma vez antes de continuar nossa jornada em direção ao Monte Negro, sabendo que cada desafio superado nos tornava mais fortes e mais próximos do nosso destino final.

Aaron 3 Mundos - Guerreiros Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora