08 - MADRE.

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Eu e seu pai ficamos preocupados com você...

Eu e seu pai ficamos preocupados com você

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Los Angeles 09:33
Meses antes.

   Sinto uma forte dor de cabeça assim que abro os olhos vejo minha mãe. Ela está olhando para mim e rapidamente seus lábios se curvam em um enorme sorriso ao percebe que eu estou acordado. Ontem a noite eu discuti feio com um cara que se diz meu amigo por não querer me drogar e tomado pela raiva eu sai do apartamento dele.

   Eu peguei a moto que comprei quando cheguei aqui e saí correndo pelas ruas, mas alguma coisa aconteceu que me fez perder o controle. Eu quero mudar, mas parece que quanto mais eu penso em mudar mais difícil as coisas ficam. Os caras que se dizem ser meus amigos deveriam me incentivar, porém eles só tentam me arrastar para o fundo do poço.

   Eu não sei como ela me achou aqui, mas agora eu terei que ser cuidadoso para saber o que ela já sabe sobre mim, mas o que me preocupa é o que o meu pai já sabe.

   Meio confuso olho para cada canto do quarto e penso seriamente em dizer a verdade a ela, ontem eu não estava drogado, eu não quero que ela saiba desse lado obscuro da minha vida.

   Eu apenas perdi o controle da direção da moto e acabei batendo em uma árvore. Eu estava bem, mas eles me forçaram a vir até o hospital para fazer alguns exames, mas não permiti que fizessem nenhum exame de sangue, somente um curativo na minha mão.

   Eu me lembro de cada detalhe do acidente, mas não o que me fez perder o controle. Minha mãe está com os olhos vermelhos e inchados, com certeza ela deve ter passado horas chorando. Ela me abraça fortemente e eu faço o mesmo. Sinto suas lágrimas e agora me dou conta que deveria ter voltado para casa. Minha mãe sente falta de mim, ela me abraça quase fundindo nosso corpo.

   A porta se abre e meu pai entra no quarto e vem em direção da cama que estou sentado. Minha mãe se afasta de mim dando espaço para meu pai. Eu chego a abrir a boca para falar, mas ele me abraçar com tanta força que eu escolho ficar quieto. Ele precisa me sentir, ele precisa disso e sendo sincero comigo mesmo, eu também preciso.

Seja o que for que tenha acontecido comigo, eu estou bem, não precisam se preocupar comigo.

— Como não vou me preocupar? — ele sussurra.

— Pai...

— Você é meu filho, Andrew... Como não vou me preocupar com você?

— Meu piccolo... — ela funga o nariz — Você vai acabar matando eu e seu pai de susto...

— Madre... Eu estou bem... — ela continua chorando — Eu juro que estou bem. Pare de chorar, madre.

— Eu não consigo... — ela funga o nariz.

— Como souberam que eu estou aqui?

— Alguém do hospital nos ligou, mas só disseram que você havia dado entrado por causa de um acidente e logo desligaram. Eu achei estranho, mas eu e sua mar resolveremos vir para saber se era verdade ou não, já que você não nos dar notícias a muito tempo.

DEPOIS DO PRIMEIRO BEIJO [ CONCLUÍDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora