DEPOIS DO PRIMEIRO BEIJO [ CONCLUÍDO ]

59 - FILHO.

Precisamos conversar!

Los Angeles 17:31

   Essa noite eu quase não dormi e quando me senti sonolento, Adam chegou aqui. Já faz algum tempo que ele foi embora, eu estou om os olhos queimando, eu estou morrendo de sono, mas quero ver a Charlotte antes de dormir, porém ela ainda não apareceu.

   Eu estou Impaciente, super irritado e com muita dificuldade para dormir. Eu só queria que Charlotte entrasse por esse quarto, dentro de mim, eu sinto que há qualquer momento vou perder o controle do meu corpo. Eu juro que não queria me sentir tão dependente dela, mas apesar de tudo, aquela ruiva sempre me acalma nesses momentos que são bem angustiantes, eu estou bem sonolento. Eu quero dormir.

— Filho...

   Ouço a voz do meu pai e com pressa tento abrir os olhos, mas não consigo. Por causa de sua insistência em me chamar, lentamente eu vou abrindo, mas nesse pequeno processo eu pisco várias vezes tentando me acostumar com a claridade que invade meu quarto agora.

— Oi... Padre...

— Precisamos conversar! — sua voz saiu um pouco rouca e isso me coloca em alerta.

— Pode falar padre... — falo me sentando na cama.

— Jorge... — olho para ele ao ouvir o nome — Ele descobriu algumas coisas e eu queria muito que você me contasse toda a verdade.

— Sobre o quê quer saber padre?

— Eu quero saber qual é o envolvimento da Charlotte no seu acidente?

— Desde já quero deixar claro que ela não tem nada haver com isso.

— Porquê você está mentindo?

— Não estou... Ela realmente não tem nada haver com isso.

— Então me diga o que aconteceu naquela noite?

— Acredito que o senhor já sabe de toda a verdade, já que citou o nome do Jorge, mas ainda sim quer ter a certeza de que estou falando a verdade, mas se quer os detalhes. Eu vou falar.

— Eu quero ouvir de você. Toda a verdade. O quê aconteceu naquele bar?

   Meu pai se senta na poltrona e me encara seriamente. Eu me ajeito na cama e imediatamente minhas mãos ficam trêmulas, minha respiração pesa, mas eu me lembro do exercício que Charlotte me ensinou para controlar meu corpo.

— Quando eu cheguei no bar, ela já estava... Há princípio eu me mantive de longe, mas não consegui parar de olhar para onde ela estava, ela estava bem nervosa, sua expressão assustada, mas ela estava desse jeito porque estava discutindo com alguém pelo telefone... — enrugo o cenho ao me lembrar da cena — O motivo da discussão deles parecia ser bem greve, ela a todo momento pedia para ele deixar ela em paz, mas quem estava do outro lado da linha, não queria aceitar o que ela dizia. Eu fiquei de longe, mas fiquei observando pelo fato de conhecer ela, eu só queria ter a certeza que ela ficaria bem, mas no momento que ela desligou a ligação, eu não sei porque, eu me aproximei dela — respiro fundo ao ter a sensação estranha de estar sendo esfaqueado — Eu estava perguntando se ela estava bem quando um carro parou bem próximo a nós e do nada um cara saiu e veio em nossa direção.