Capítulo 13

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— Não tenho muita coisa pra contar, eu estava bêbada, não lembro de nada. — Deu de ombros ao entrar no quarto, por último. As meninas estavam todas sentadas na cama de Lua. — Queria ter detalhes pra vocês, mas infelizmente não tenho. 

— Claro que tem, não seja besta. Quem é o cara? 

— Não vou dizer. 

— Mas por que não? Nunca tivemos segredos, por que não pode contar? É alguém importante? Algum amigo do seu pai? 

— Não, Mel! — Disse com uma risadinha. — Vocês nunca vão adivinhar, deviam deixar isso pra lá. É um segredo meu e não quero compartilhar. 

— Para de graça, conta vai! É mais velho? Bonitão? 

— É. 

— É o quê? — Lua disse alto e com os braços cruzadas. — Deixa de ser mesquinha e conta logo pra gente com quem você esteve. 

— Tudo bem, vou dar detalhes, mas não direi nome, pode ser? — As três a encararam insatisfeitas, Gabi estava entrando na onda pra não dar bandeira. — Eu acordei num quarto desconhecido de um homem misterioso. Ele é moreno, alto, bonitão, com lábios carnudos e o maxilar quadrado. 

— Engraçado, acabou de descrever o meu irmão. — Gabriela implicou e Sophia arregalou os olhos. — Parece meu irmão? 

— Você tem razão, ele é bem parecido com seu irmão. — Sophia disse baixo e com a bochecha corada. 

— E a idade, também é parecida? 

— Eu acho que sim. — Revelou querendo socar a cara da Gabriela. — Mas de que isso importa? 

— É bom que a gente não precisa ficar pensando em como ele é, quando você falar do crush misterioso simplesmente imaginaremos o professor de literatura. — Mel disse com o leve dar de ombros e Gabriela prendeu o riso. — Vai, você acordou e então? 

— E então ele apareceu com uma bandeja de café da manhã, foi um fofo e explicou que eu o tinha atacado durante a noite anterior. Pediu desculpas por ter cedido, e então, quando dei por mim, estávamos transando de novo. — Sophia deu de ombros e Gabriela deu risada junto com as meninas. 

— Ou seja, o desconhecido te levou na lábia. 

— Se você o visse. — Sophia se jogou pra trás e fechou os olhos. — Mas enfim, foi isso gente. Tomamos banho, ele foi buscar a irmã e eu fui pra casa. 

— Ele te apresentou a irmã? — Lua disse com um tom incrédulo. — O que você fez com esse homem que horas depois de ter te conhecido ele já te apresentou pra família dele? 

— Foi só porque estávamos atrasados, não teve nada demais. A menina é bem chatinha, se querem saber. 

— Ei! — Gabriela protestou e logo em seguida tentou disfarçar. — Não fala assim da sua futura cunhada. Ela com certeza é alguém muito legal. 

— Não, eu acho que não é não. — Sophia continuou a implicar. — Aguadinha, sabem? 

— Sophia! — Protestou de novo e Sophia caiu na risada. — Coitada da menina. 

— Não leva pro pessoal, Gabi. — Lua disse rindo da reação da menina. — O boy da Sophia é só fisicamente parecido com seu irmão, não é ele. 

— Eu sei que não. — Disse com uma risada tentando disfarçar. — E tenho certeza que você está implicando, mas amou a garota. 

— Vai achando. — As duas deram risada e deixaram as outras confusa. — Gente, eu vou pro quarto, tomar um banho e descansar, esse dia foi muito cansativo. 

Último Ano do ColegialOnde histórias criam vida. Descubra agora