Sophia encerrou aquela conversa ao se jogar para a frente e iniciar um beijo apaixonado em Micael. Estava traindo todos os seus instintos ao ficar com ele novamente, mas seu coração parecia bater ainda mais forte ao ponto de sair do peito.
Micael a segurava cada vez mais perto, cada vez mais apertado que Sophia conseguia sentir o volume de sua virilidade por cima das roupas que usavam. Os beijos dele passaram ao pescoço dela, orelha bochecha antes de voltar á boca mais uma vez.
As mãos deles deixaram de apertar o corpo de sua amada e começaram a passear por ele, explorando centimetro por centimetro daquele maravilho corpo jovem que já conhecia tão bem. Subiram pelas coxas por debaixo da conveniente saia do uniforme e e Micael sorriu no beijo enquanto tinha cada mão em uma nadega.
Alisou e apertou ainda mais a bunda de Sophia e sentiu sua calcinha, apenas um fiapo de pano fio dental que o deixou louco sem nem ao menos ver, só de imaginar. Sophia soltou um gemido baixinho ao sentir os dedos ageis de Micael desenterrarem sua calcinha e passearem pela sua fenda sem nenhum receio.
Aproveitou a liberdade que recebeu, percebendo que a mulher estava completamente entregue a ele se assim quisesse, mas como ali não era local para aquilo, tirou a mão delicadamente, ajeitou a calcinha e então se afastou.
— O que foi?
— Estamos no jardim. — Ele argumentou com seu sorriso mais encantador. — Por mais que eu queira ter você, aqui não é lugar para isso.
— É mais seguro do que no armário de vassouras, te garanto! — Cruzou os braços observando sua risada. — Você não vai mudar de ideia de novo, né?
— Eu te disse, nunca mais! — A puxou para um abraço. — Amanhã mesmo eu começo a pesquisar outra escola para eu trabalhar e para a Gabi estudar.
— A Gabi vai ter que sair daqui? — Sophia se sentiu culpada e Micael deu de ombros.
— Eu só consegui a bolsa dela por causa desse emprego, acho que se eu pedir demissão ela vai ter que sair junto comigo. — Ele se sentou no gramado e Sophia fez o mesmo. Em seguida ela se deitou com a cabeça nas pernas de Micael que ficou lhe fazendo carinho nos cabelos.
— Eu não quero ser responsável por acabar não só com o seu sonho, mas também com os estudos da minha amiga. — Micael sorriu e se curvou para um selinho. — Estou falando sério, Gabi ama estudar aqui.
— Ama, mas ela mesma me deu força para sair daqui. — Disse ao voltar com os carinhos. — Ela e Antônia ficaram falando sobre eu sair e seguir minha vida longe daqui.
— Mas amor, estamos em abril, se aguentarmos até o fim do ano letivo, eu me formo e vamos poder ficar juntos sem nenhum problema. Nada vai impedir você de sair daqui e eu vou continuar estudando com a minha amiga.
— Eu não quero ficar até o final do ano sem você e pior do que isso, eu não quero ficar até o fim do ano com a Sueli no meu pé com essa chantagem ridícula. — Bufou, irritado só de pensar. — Sábado eu joguei o celular dela longe, agora tenho que comprar outro.
— Jogou? — Sophia se sentou e o olhou achando graça.
— Joguei! — Confirmou sorrindo. — Sábado, quando fui lá, a maluca queria me obrigar a transar com ela e redigiu um email para o diretor, então eu joguei o telefone longe. Essa mulher é completamente perturbada, você não tem noção.
— Vamos tentar levar até onde der, eu não quero que vocês saiam daqui.
— Mas amor, é impossível. Não vamos conseguir ter paz enquanto a Sueli estiver atrás de mim. Eu te disse que não ia ficar com ela e garanto que não vou, só não sei quanto tempo ela vai aguentar antes de enviar o vídeo.
— Deixa a Sueli comigo. — Sophia se sentou ao ter uma ideia. — Eu vou acabar com essa palhaçada.
— E eu posso saber o que você pretende fazer? — Sophia negou com a cabeça. — Não vai se meter em confusão, linda.
— Confia em mim, vai dar certo. — Sorriu. — Você chama o meu irmão para uma conversa e fala direito com ele. Pedro é uma ótima pessoa, ele só quer me defender e isso não é tão diferente do que você quer para a Gabriela.
— Eu sei disso, ele não está errado em querer que eu fique longe de você, se fosse o contrário, eu já teria matado o sujeito. — Sophia gargalhou ao observar a careta de seu amado professor. — Pior que nem é piada.
— Se você o entende e sabe como funciona essa cabeça estranha de irmão mais velho, chama ele para conversar e faz ele entender que você não é um tarado. Eu não vou conseguir convencê-lo, tem que ser você.
— Tá bom, eu vou chamar ele para tomar um suco. — Suspirou. — Espero que dê certo.
— Vai dar e assim depois que esses dois problemas emergentes estiverem solucionados, restará apenas o maior de todos. — Micael ergueu uma sobrancelha e logo deu risada junto com Sophia. Os dois sabiam bem qual seria o maior problema que enfrentariam juntos.
— Dr. Renato Abrahão. — Os dois disseram em uníssono e caíram na gargalhada.
— Sério, parece que nossa vida só tem problema para resolver. — Sophia disse abraçada ao seu amor. — Será que vamos ficar em paz algum momento?
— Claro que vamos, assim que a gente conseguir se livrar de todo o pessoal que atrapalha a gente.
— Bom, eu já fico feliz de você ter se livrado o pior de todos que tinha do seu lado. — Micael ergueu uma sobrancelha sem entender de quem ela estava falando.
— Do meu lado tem meu pai e meu irmão, do seu lado tem a Sueli e você mesmo. — Então ele sorriu. — Você era o maior vilão dessa história quando de dia me queria e de noite não.
— Eu amo você e tenho certeza que daqui para frente ninguém mais vai atrapalhar a gente.
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Último Ano do Colegial
RomanceSophia Abrahão é uma jovem problemática que vive em guerra com seu pai por ele viver trabalhando. Geniosa e atrevida, ama sair e beber com as amigas. Se vê completamente apaixonada no instante em que conhece o galante senhor Borges, de uma forma nã...