Capítulo 17

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Sophia se rendeu ao beijo no instante em que os lábios de Micael tocaram os seus. Era sempre assim, era sempre como se nada tivesse acontecido com eles. 

Era Micael se aproximar dela pra esquecer tudo o que havia dito a Gabriela sobre ser melhor ficar longe. Seria dele se assim quisesse e era nisso que o estava pensando quando soltou um gemido manhoso ao ter seus lábios deslizando pelo pescoço em direção ao colo. 

Ele era apaixonante, viciante. Não tinha como dizer não ou fingir desisteresse. Pelo menos não sabia como fazer isso. 

— Você me enlouquece tanto. — Disse inebriado com a testa colada na sua e os olhos em chamas. — Eu não sou forte o bastante pra resistir a você.

— Então não resista. — Sophia tinha as mãos em seus cabelos e se jogou para frente iniciando outro beijo quente. — Eu preciso de você. — Ela praticamente implorou, com os lábios esmagados aos seus. 

— Você tem certeza que quer isso? — Micael a ergueu do chão e segurou pela cintura, ela enlaçou as pernas em volta dele e assentiu muitas vezes, já sentindo seu membro duro por dentro da roupa. — Sophia... 

— Para de pensar tanto. — Foi a última coisa que resmungou antes dele assentir e começar a seguir rumo ao seu quarto com a garota no colo. 

Uma vez lá,  Micael a colocou na cama e tirou sua roupa, analisando deliciosamente lento o seu corpo perfeito. Sorriu para o sutiã rosa bebê antes de tirá-lo e enfim poder levar a boca aos seus seios. 

Desejava tanto aquilo desde aquele dia, precisava senti-la novamente. 

Debaixo dele, Sophia estava inflamada, sedenta por tê-lo dentro dela. Agarrava-se aos lençóis e gemia baixo a cada pedaço do seu corpo que recebia os lábios de Micael. E então quando ele finalmente chegou entre suas pernas, ela sorriu antes de arregalar os olhos e então deixar escapar seu gemido mais alto, agarrando com mais força os lençóis e arqueando as costas. 

Micael era maravilhoso com a língua, mas ela já sabia disso. Se lembrava de como era e com certeza era por isso que o queria com todas as suas forças. Suas células chamavam por ele. Elas imploravam por qualquer segundo de contato. 

O  moreno quase a enlouqueceu quando enfiou um e depois outro dedo dentro dela. A combinação com a língua foi tão avassaladora que Sophia não conseguiu conter seu corpo de chegar ao ápice ali, na boca de Micael. 

Ele sorriu ao ver o corpo da mulher relaxar e as mãos o afastarem de sua intimidade sensível. Encarou Sophia um instante, ela tinha os olhos fechados e um sorriso satisfeito. 

Abriu os olhos ao ouvir o barulho do zíper sendo aberto. Micael saltou pra vida e foi até a gaveta pegar uma camisinha. Sophia achou o observou enquanto se vestia e depois caía em cima dela. 

— Eu até poderia te dar mais tempo pra se recuperar disso, mas acontece que eu não consigo. — Se explicou com um sorriso antes de entrar em sua amada, bem devagar, se aproveitando de cada centímetro enquanto deslizava. — Não consigo porque adoro ver seu rosto com tesão. 

Sophia soltou um gemido, não disse nada e nem poderia dizer. Fechou os olhos e virou o rosto, curtindo aquele sexo, mas Micael usou suas mãos para segurar seu rosto de maneira que não conseguisse fugir ao seu olhar. 

— Abre os olhos. — Ela obedeceu. — Quero ver você me sentir. — Sorriu de canto e acabou com o ritmo lento. De supetão ele enfiou o que restava e Sophia quase deu um grito, mas ao invés disso, mordeu o lábio inferior e sorriu, convidativa. 

Eles trocaram de posição algumas vezes, até atingir o ápice e no fim, ficaram deitados na cama, um ao lado do outro, ofegantes. 

Micael foi o primeiro a se levantar, ainda sem dizer nada, e assim como da outra vez, ele foi tomar banho primeiro. Quando voltou, catando suas roupas do chão, Sophia correu para o banheiro e foi sua vez de tomar banho. Toda aquela aventura sexual não durou nem uma hora e os dois sabiam que Gabriela ainda não tinha chegado. 

Já de volta ao quarto, enrolada na toalha de Gabriela, Sophia pegou suas roupas que estavam em cima da cama, pois Micael já as tinha catado, e então se vestiu. 

— Vamos ficar em silêncio? — Ela perguntou ao vestir-se. — Não tem coragem de me dizer nada. 

— Na realidade, eu não sei o que te dizer. — Revelou, sentado na cama e com os ombros arriados. — Nada além de "a gente não devia ter feito isso" vem a minha mente. 

— Então é melhor mesmo ficar calado. — Ela saiu do quarto com a toalha da amiga e foi colocar no lugar, não passou de volta no quarto, desceu para a sala e se sentou no chão, pegando o caderno, o lápis e voltando para seu resumo crítico. 

Micael demorou alguns minutos até perceber que ela não voltaria pra lá e então saiu do quarto a sua procura. Soltou um suspiro da escada quando a viu sentada no tapete com o caderno na mão e então foi até lá. 

— Fiquei esperando que voltasse para o quarto. — Sentou-se no sofá, olhando o rosto da menina com interesse. 

— E pra quê? Pra ouvir você se lamentar de arrependimento? Não, obrigada. 

— Eu não lamento nada. — Bufou e sorriu em seguida. — Não quer dizer que foi certo. 

— Não começa com essa chatice de discurso outra vez, estou cansada de ouvir e já sei tudo o que você vai falar. 

— Você pode não tornar as coisas mais difíceis do que já são?

— Não estou fazendo isso. — Largou novamente aquele rascunho. — Estou simplificando pra você não ter que repetir o quão errado é, o que está em jogo e como você não pode fazer isso com uma aluna. 

— Soph, eu gosto de você. — Disse em um segundo de sinceridade. — Gosto de verdade, gosto muito mais do que eu gostaria de gostar e nem sei como é possível uma coisa dessa sendo que a gente se conhece tão pouco. 

— Então fica comigo. — Pediu baixo, com os ombros arriados, ali naquele instante, ela realmente parecia só uma menina e isso o fez suspirar.

— Você sabe que eu não posso fazer uma coisa dessa, você só tem dezessete anos. — Disse com dor. 

Ele ergueu a mão e fez carinho no rosto de Sophia assim que saiu do sofá e se ajoelhou ao seu lado. Seus olhos eram tristes, ficaram em silêncio por um tempo apenas se olhando. 

Último Ano do ColegialOnde histórias criam vida. Descubra agora