Christopher Uckermann
DIAS DEPOIS...
— Eu não te entendo, Christopher, por que continua saindo com a Dulce? Isso tem a ver com o sobrenome dela? — Beatrice questionou.
Eu havia levado Dulce ao cinema no dia anterior e isso tinha deixado Bea inconformada.
Ela queria que eu terminasse tudo antes que ela se apaixonasse por mim.
O que a Beatrice não sabia era que existia muita coisa por trás daquilo. Se eu quisesse colocar aqueles estupradores atrás das grades, precisaria da influência do pai de Pablo com o juiz do caso, e eu não iria descansar até ver todos eles presos, nem que para isso eu precisasse quebrar o coração de uma garota que não merecia.
Sim, eu estava ciente de todos os riscos, entre eles, o de Dulce nunca mais querer olhar na minha cara e, mesmo assim, não pretendia parar. Beatrice era a pessoa mais importante da minha vida e para vingá-la eu faria qualquer coisa.
— Claro que não! Ela É só mais uma garota, Bea, não entendo essa sua preocupação — respondi e peguei as chaves do carro.
— Não se faça de tonto, Christopher! Você sabe que se não fosse ela, nunca teria conseguido impedir aqueles caras. — Ela estremeceu visivelmente. — Nem quero pensar no que teria acontecido — disse de cabeça baixa, encarando a xícara de café.
Droga! Eu já me sentia culpado por estar fazendo aquele jogo sujo com Dulce e Bea ainda vinha piorar a dor que eu estava sentindo na consciência.
Minha irmã poderia não saber o que estava acontecendo, mas um dia ela entenderia que tudo o que eu estava fazendo foi necessário para que eu pudesse fazer justiça, não apenas por ela, mas por outras garotas, pois eu não acreditava nem por um segundo que o que ocorreu com Beatrice foi algo isolado. Tinha certeza de que eles já tinham feito antes e fariam ainda mais, se não fossem detidos.
— Ela é diferente. As riquinhas da universidade nunca olham pra mim, a não ser quando querem se aproximar de você, já a Dulce me ajudou mesmo depois de eu ter sido uma vaca com ela na biblioteca.
Eu seria eternamente agradecido por tudo que ela tinha feito, mas isso não mudava o fato de que eu precisava ver aqueles monstros na cadeia.
Além disso, não era como se eu fosse machucá-la fisicamente, a única coisa que sairia machucado seria seu ego, e por tudo que já tinha visto de Dulce, ela não ficaria arrasada por muito tempo, logo superaria e se esqueceria de que eu existia.
Passei a mão no peito quando senti meu coração acelerar, isso vinha acontecendo bastante e eu já estava começando a ficar preocupado.
Respirei fundo e, sem querer continuar com aquele assunto, anunciei:
— Eu tenho que ir.
— Aonde está indo? — questionou.
Eu precisava ir até a firma deixar a papelada de uma negociação que seria fechada na semana seguinte, depois iria para a casa de Dulce, mas isso Beatrice não precisava saber.
— Vou pra empresa — disse apenas e ela assentiu.
Saí de casa pensando nas coisas que precisava fazer, mas a todo momento lembranças de Dulce gozando atrapalhavam minha linha de raciocínio e eu ficava imaginando de que forma eu a faria gozar naquela tarde.
Nós ainda não tínhamos transado, efetivamente, mas a cada encontro isso estava mais perto de acontecer. Suas visitas ao meu apartamento tinham ficado mais frequentes e ela já tinha gozado incontáveis vezes nos meus dedos e principalmente na minha boca.
O que não era nenhum sacrifício para mim.
Dulce tinha um corpo incrível, cheio de curvas suaves e deliciosas, sem contar que eu amava a forma como ela se rendia, sempre tão quente e receptiva às minhas carícias.
Mesmo ciente de que aquilo era um jogo, eu estava gostando de ficar com ela. Além de linda e gostosa, Dulce Maria Saviñon tinha uma conversa interessante, muito diferente das garotas entediantes com quem eu costumava ficar e todas essas coisas tornavam meu trabalho bem mais prazeroso, mas também muito mais difícil de ser finalizado.
[...]
— E aí, nada? — Pablo questionou enquanto fumava um cigarro.
Não estava nos meus planos ver o infeliz, mas ele ligou e mandou tantas mensagens que eu achei melhor falar com ele antes de ir me encontrar com Dulce.
— Ainda não, ali é jogo duro — menti.
Se eu realmente quisesse, Dulce já teria se entregado, mas por algum motivo desconhecido eu estava gostando daquela espera.
— A primeira audiência será em breve, espero que termine o serviço até lá.
— Eles serão condenados? — questionei pela milésima vez.
— Se você fizer a sua parte, a minha estará feita — declarou.
— Estamos combinados — falei e comecei a me afastar, mas ele voltou a falar:
— Ah, e nem pense em pedir ajuda a ela. Pelo que o meu pai falou, os são amigos da realeza, me parece até que conhecem os pais de alguns dos caras que tentaram abusar da Beatrice, então não conte com a influência da vadia para isso.
Eu já sabia daquilo; Devon comentou comigo que o pai de Dulce e de dois dos garotos não eram melhores amigos, mas se conheciam de um clube de cavalheiros. Sem contar que ricos protegiam outros ricos, pois tinham interesses em comum, então eu precisava me virar sozinho.
— Ok, agora eu tenho que ir — ele assentiu e eu fui em direção ao meu carro.
Enquanto dirigia pelas ruas de Oxford em direção a casa de Dulce, voltei a analisar tudo que eu vinha fazendo e me senti um canalha.
Nunca me importei em seduzir uma garota com intuito de levá-la para a cama, o problema era que as palavras de Beatrice estavam martelando na minha cabeça.
Só que sentir arrependimento não adiantava de nada. Se eu não continuasse com aquele maldito plano para satisfazer o ego daquele imbecil inseguro, os caras que quase se aproveitaram da Bea ficariam impunes e isso tinha um peso muito maior dentro da minha consciência.
Um dia eu teria dinheiro e poder suficientes para fazer justiça sem precisar me submeter a nada nem ninguém, mas, naquele momento, eu não tinha outra saída a não ser usar Dulce para conseguir minha vingança.
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Dinastia
Любовные романыDulce Maria Saviñon e Christopher Uckermann se conheceram na universidade, um encontro improvável entre mundos opostos. Ela, herdeira de uma das dinastias mais influentes e poderosas do planeta, sempre viveu cercada de poder e luxo. Ele, um jovem ne...