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Christopher Uckermann

O CASAMENTO...

Em meio à exuberante beleza da Catedral de St. Patrick, em Nova York, analisei calmamente a cerimônia que Dulce preparou para os nossos quase 500 convidados. A princípio, a decoração seria toda branca, mas no dia da escolha das flores, Leo estava conosco e ficou encantado com um arranjo azul que a cerimonialista mostrou para Dulce, foi o suficiente para ela mudar o projeto que tinha idealizado, simplesmente para deixar Leo acolhido e encantado durante a festa.

Esse tipo de gesto me deixava cada dia mais apaixonado por ela, que fazia de tudo para incentivá-lo a se desenvolver mais e mais todos os dias.

Os arranjos de flores e tom de branco e azul estavam posicionados em lugares estratégicos que deixavam o interior da igreja um espetáculo para os olhos.

Os convidados já estavam acomodados a minha frente, o clã Saviñon em peso esperando por ela, enquanto exibiam um carrossel de rostos felizes e sorridentes.

Desde o dia em que coloquei os olhos em Dulce Maria Saviñon, sempre tive aquela ideia de que ela seria uma mulher inalcançável, no entanto, aquele plano sórdido do Pablo me ajudou a conhecê-la e principalmente a me apaixonar por ela.

Nossa convivência na universidade me mostrou que todo aquele dinheiro não foi capaz de ofuscar a alma maravilhosa que morava dentro dela. Dulce era simplesmente o conjunto da obra, além de linda, sempre foi uma pessoa generosa; pena que as circunstâncias e minhas ações nos afastaram.

Quando a suave melodia de um violino soou, eu me emocionei ao ver Leo entrando junto com a pequena Olívia, cada um segurando uma cesta e jogando pétalas brancas e azuis pelo caminho pelo qual Dulce iria passar.

Dulce tinha feito vários ensaios com Leo, mas a coisa só funcionou quando ela trocou a pétala branca pela azul. Ela estava sendo maravilhosa com ele, sempre tão atenciosa e tomando cuidado a detalhes aos quais eu dificilmente prestava atenção, sabia que esse olhar minucioso que ela tinha com ele, seria muito importante para sua criação.

Assim que as crianças terminaram de jogar as pétalas de rosas, uma outra música começou a tocar e nossos padrinhos entraram. Os homens de smoking e as madrinhas usando vestidos em tom de azul claro, para a felicidade de Leo que parecia encantado.

Quando a terceira música tocou, eu soube que era para anunciar a entrada dela e meu coração ficou agitado no peito.

Dulce Maria  surgiu de braço dado com o pai dela, só então eu tive certeza de que aquilo era real e que ela finalmente se tornaria minha esposa.

Ela era a noiva mais linda que já tinha visto, estava radiante dentro de um vestido branco de seda, elegante e sofisticado como ela. Dulce parecia uma princesa saída de um conto de fadas. Seus olhos brilhavam de alegria e antecipação enquanto caminhava em minha direção.

Ela e Fernando pararam a minha frente e então meu futuro sogro se aproximou.

— Estou te entregando uma joia valiosa, por favor, cuide bem dela — ele disse visivelmente emocionado.

— Prometo que vou cuidar — respondi e nos cumprimentamos, depois eles trocaram um abraço apertado.

— Você está perfeita — elogiei e ela me lançou um sorriso.

— Você também, meu amor — respondeu e nos viramos de frente para o padre.

Eu já tinha me casado antes, mas daquela vez era diferente, pois seria com a mulher que eu amava, com quem sempre sonhei em passar o resto da vida. Escutei toda a cerimônia com calma, absorvendo todos os conselhos e quando o padre anunciou que Dulce poderia declarar seus votos, ela me encarou com os olhos brilhantes e um sorriso delicado no rosto.

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