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Dulce Maria Saviñon

Ao chegar no hotel, eu liguei para o meu primo e expliquei toda a situação.

Posso apostar que suas suspeitas estão corretas, mas Underwood não vai muito com a minha cara. Seria mais fácil pedir favores para oposição do que para ele — declarou e eu desanimei.

— Sem chances da sua influência política me ajudar nesse problema? — tentei mais uma vez.

— Será difícil, mas vou ver o que posso fazer, se tiver alguma novidade eu te ligo.— Finalizei a chamada e movida por pura raiva, saí do meu quarto, passei pelo segurança que cuidava do corredor e marchei até o quarto de Sanders.

— Descubra onde Christopher trabalha ou mora, quero falar com esse filho da puta ainda hoje — ordenei quando ele abriu a porta.

— Vou providenciar tudo — declarou e eu voltei para meu quarto.

Mais ou menos uma meia hora depois, Sanders informou que Christopher tinha casa em vários lugares, mas que ultimamente estava passando uma temporada em seu rancho, que ficava a alguns quilômetros do hotel, então decidi que estava na hora de fazer uma visita.

Sanders dirigiu por uns vinte minutos até que estacionou a SUV em frente aos portões do Rancho Uckermann.

Havia uma guarita com dois seguranças armados, guardando a entrada, e ao lado deles uma RAM preta com a logo Rancho escrita em dourado.

— É da parte de quem? — um dos seguranças questionou.

— Sou Dulce Maria  Saviñon, soube que seu patrão está aqui no rancho e gostaria de falar com ele. —  O rapaz me encarou por longos segundos e pediu que eu esperasse.

Mais ou menos uns cinco minutos depois, ele apareceu novamente no meu campo de visão.

— A senhora pode passar, mas os brutamontes não. Uma funcionária da casa principal vai levá-la até onde o patrão está — explicou e eu assenti.

— Eu vou sozinha, pode me esperar aqui — avisei para Sanders.

— Tem certeza? — ele questionou.

— Christopher não seria louco de me fazer mal dentro de suas terras — argumentei.

— Qualquer coisa, me liga — Sanders disse e caminhou até o carro do outro segurança. Entrei na SUV, dei a partida e passei pelos portões.

O rancho dele era incrivelmente luxuoso e arborizado. A cada metro que eu andava, ficava mais impressionada com as instalações daquele lugar.

Em frente à casa principal, que era toda feita com toras de madeira e vidro, havia um gramado gigantesco com um helicóptero negro estampando a logo da Uckermann Oil pousado.

Senti um frio na barriga ao saber que em poucos minutos estaria de frente com ele. Não era uma expectativa do tipo frio na barriga e sim de raiva por saber que ele estava usando de sua influência para ferrar com o meu negócio.

Estacionei o carro em frente à casa, desci e caminhei até a entrada.

Apertei a campainha e segundos depois uma senhora de uniforme preto atendeu a porta.

— Boa tarde, o senhor Uckermann está esperando pela senhorita, me acompanhe, por favor — a funcionária disse e eu assenti.

Caminhamos por dentro da casa, enquanto meus olhos capturavam o bom gosto da decoração que misturava elementos contemporâneos e rústicos, trazendo um ar de aconchego e sofisticação. A única coisa de que não gostei foi da cabeça de um cervo empalhado que estava pendurada em uma das paredes.

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