Uma semana depois.....
Narra Rydel
Eram cerca de 10:00h da manhã, estávamos todos sentados á mesa da cozinha ainda a tomar o pequeno almoço. A conversa estava animada, como sempre, mas infelizmente hoje não era um bom dia para sairmos de casa. O tempo estava muito estranho, as nuvens estavam escuras impediam que o sol tomasse o seu lugar, corria um vento morno, mas ainda haviam indícios de chuva. Levantei me da mesa e arrumei a minha louça, sendo seguida pelos outros que não tardaram a fazer o mesmo.Ana: vou vestir qualquer coisa, mas já venho.
Ross: eu também vou me vestir.
Isa: eu só vou lavar os dentes.
Riker: e eu, bem, eu...vou...só vou mesmo fazer companhia á Isa! Não vale a pena arranjar desculpas parvas.
Kayla: nós vamos para a cave.
Rocky: pois, temos de rever umas datas de uns concertos que vamos ter, nada demais.
Isa: nós já vamos ter convosco lá baixo.
Rydel: tudo bem.Narra Ana
Subimos todos juntos as escadas, e depois cada um de nós seguiu o seu caminho. Entrei no quarto e fui direta para o armário, sendo seguida por Ross, que também se queria vestir. Tirei a primeira roupa que saiu de dentro do mesmo dando espaço para que agora Ross pudesse tirar a sua. Pousei a mesma em cima dos lençóis da cama, já feita, e começo a ouvir o meu telemóvel a tocar. Aproximei-me da mesinha da cabeceira, de modo a ver quem me estava a ligar. Surpresa foi a minha ao reparar no nome que passava no visor.Ana: quem é que me está a ligar? - digo pegando no telemóvel
Ross: quem é?
Ana: a minha mãe!? Que estranho.
Ross: é melhor atenderes.
Ana: é o que vou fazer fazer. - digo atendendo o telemóvel#ChamadaOn
Ana: olá mãe!
Mãe: olá Ana. - diz com um tom de voz triste
Ana: passasse alguma coisa?
Mãe: infelizmente sim.
Ana: o que? - diz ficando desanimada
Mãe: eu tenho uma notícia para te dar, mas não sei bem como.
Ana: diz.
Mãe: sabes a tua avó?
Ana: sim, o que tem?
Mãe: ela faleceu esta manhã.
Ana:..
#ChamadaOffNão consegui dizer mais nada depois daquela notícia. O telemóvel escorregou me por entre as mãos e caiu ao chão, tal como eu. As minhas pernas pareciam ter pedido a força, não me conseguia segurar, caindo assim no chão do quarto de joelhos. Nesse momento levei as mãos á cara e comecei a sentir as lágrimas que me escoriam pela minha face abaixo. As palavras da minha mãe soavam pela minha cabeça, como se de um eco se tratasse. Os passos de Ross, apresados, fizeram-se se ouvir na minha direção. Não conseguia falar, parecia que algo, ou melhor, aquela dor, me tinham cortado o fôlego, impedindo-me de prenunciar o que quer que fosse.
Ross: o que é que se passa? - diz vindo a correr ter com Ana
Ana: a minha avó, ela...
Ross: não precisas de dizer mais nada, eu já percebi. - diz abraçando-me
Ana: não sei mais o que fazer.Levantei-me do chão, peguei no telemóvel e saí a correr dali, não me importei com a força com que bati a porta, desci pelas escadas e sai de casa. Fui diretamente para o parque que havia ao lado de casa, lá sentei me num banco, com os joelhos encostados ao peito e as mãos na cara, precisava de ficar sozinha. Posso não ter passado os meus dias sempre a seu lado, mas ela é como se fosse uma peça imprescindível no meu puzzle, algo que me completava.
Narra Ross
Sei por o que ela está a passar. Eu próprio já passei por isto também. Abracei-a com todas as minhas forças. Ela precisava de mim neste momento. Sentia-a a desenlaçar-se dos meus braços. Levantou-se pegou no telemóvel e sai do quarto a correr. Tentei ver por onde ela ia através da janela do meu quarto. Mas não consegui. Desci até á cave e fui falar com os outros.Ellington: finalmente chegaram!
Rydel: onde está a Ana?
Ross: eu.....não sei.
Isa: como assim não sabes?
Ross: a mãe dela ligou lhe a dizer que a sua avó tinha falecido e depois disso ela saiu do quarto a correr e foi se embora, mas eu não sei para onde porque não consegui ver.
Isa: já a foste procurar?
Ross: ainda não, vim vos dar a notícia primeiro.
Isa: agora vamos procurá-la todos.Fomos todos juntos á procura dela, fomos por imensos caminhos para tentarmos ver se a encontrávamos em qualquer lado, mas para já nada, nem sinal dela. Estava a ficar preocupado faziam já quase três horas que estávamos á procura dela, e ela ainda não aparecera, nenhuma mensagem, nenhuma chamada por parte dela, já eu lhe tinha ligado umas dez vezes, e nunca obtivera resposta. Decidimos dividirmo-nos, cada um de nós ia sozinho por um caminho, e não poderia perder o contato com ninguém, ou seja, por exemplo, o Riker ia por um caminho e Isa por outro, no entanto eles tinham de falar um com o outro através de mensagens, para o caso de necessitarem de ajuda, ou até por a terem encontrado.
Narra Ana
Comecei a sentir umas gotas a cair, parecia que ia chover. Só me preocupei em guardar o telemóvel no bolso para que este não se molha se, mas de resto, não me movi, parecia que uma parte do meu coração tinha sido partida e mil bocadinhos cuja a sua reconstrução era impossível. Já tinha ligado de novo á minha mãe, falei com ela e avisei a que iria comparecer no funeral da minha avó. Ela própria me tentava reconfortar, mas de que serve se ela própria, se encontrava no mesmo estado.Narra Rocky
Cansei me de ir sempre pelo mesmo caminho, por isso decidi mudar um pouco o meu percurso. O meu telemóvel morreu, ficou sem bateria.
Ia a passar pelo parque e dei de caras com Ana sentada num banco a chorar enquanto que a chuva lhe descia pelo rosto acompanhada pelas suas lágrimas. Parece que mudar de caminho não foi assim tão má ideia.....Rocky: estás bem? - Ana ergue a cabeça já completamente molhada
Ana: Rocky!? Como é que me encontraste? - diz limpando as lágrimas
Rocky: foi sorte. Então, estás bem ou não?
Ana: já estive melhor.
Rocky: eu também já passei pelo mesmo. Durante o meu percurso já perdi pessoas que me eram muito queridas, mas sabes, elas continuam a meu lado, não em carne e osso, mas continuam.
Ana: o que mais me dói é que nem me pude despedir dela, nem lhe pude dizer o quanto eu a amava.
Rocky: não fiques assim. Queres um abraço?
Ana: quero. - diz abraçando-o
Rocky: sabes que vou ter de avisar os outros que te encontrei.
Ana: eu sei.
Rocky: e preciso do teu telemóvel para isso. O meu ficou sem bateria.
Ana: claro. - diz dando lhe o telemóvel#ChamadaOn
Ross: Ana!? Onde estas?
Rocky: sou eu Ross.
Ross: como é que tens o telemóvel dela? Encontraste-a?
Rocky: sim, ela está no parque.
Ross: já vou para ai
#ChamadaOffNarra Ana
Ross chegou passado nem cinco minutos. Vinha a correr, com as mãos dentro dos bolsos do casaco, enquanto a chuva lhe descia pelo rosto definindo cada traço. O seu cabelo loiro, molhado, caí-lhe já sobre os olhos, cobrindo-os. Ao contrário dele, todos os outros dirigiram-se para casa, mal a chuva começara a cair. Apressadamente, chegou ao local onde me encontrava, envolvendo-me por entre os seus braços. O único local que agora me contentava.
Ross: Ana! Estas bem? - diz abraçando a
Ana: estou, tem calma.
Ross: estas toda molhada!
Ana: tu também.
Ross: pois. Vamos para casa?
Ana: vamos. Obrigada Rocky.
Rocky: Não tens que me agradecer.Seguimos até casa a pé, Rocky ia na nossa frente, com o capucho sobre os seus cabelos castanhos, as mãos escondidas nos bolsos das calças, e num passo acelerado. Já Ross ia do meu lado, com o braço sobre os meus ombros onde agarrava na minha mão, com aquela força tão sua característica.
...
Pensei em mudar o título desta fic para " Please, Stay With Me", mas primeiro queria a vossa opinião. Já ando com esta ideia á algum tempo, mas ainda não a pus em prática. Se não se importarem deixem a vossa opinião, vale muito para mim.
Espero que tenham gostado do capítulo!
Bjs
Ana