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Narra Riker
Estávamos sentados no mesmo sítios á horas. Isa adormeceu em cima do meu peito. Sentia o corpo dela a tremer contra o meu. Estava cheia de frio. Tomara, o frio já estava a ocupar o seu devido lugar. Aconcheguei-a contra mim e pus os meus braços envolta dela para a tentar aquecer. Ela mexeu-se e chegou-se mais para cima de mim. Aí sim, deixou de tremer. O seu corpo já começara a aquecer. E o meu também. Até agora não havia sinal de ninguém. Devemos estar mesmo no meio do nada. Já não á nada a fazer. Não sei quanto tempo mais vamos aqui ficar. Espero que não muito mais. Não temos nada para comer. Nada para onde nos aquecermos, somente um ao outro.

Narra Rocky
Já eram quase 21:30h da noite. O dia estava a tornar-se cada vez mais escuro. Tornando assim mais difícil a nossa visão. Fazendo com que encontrá-los seja quase uma missão impossível. A única luz que nos guiava era a luz dos telemóveis e da lua.

Kayla: e se ligássemos aos outros? Pode ser que tenham notícias.
Rocky: tens razão. Eu ligo-lhes. Vou ligar primeiro á Rydel.

#ChamadaOn

Rocky: sim.
Rydel: olá Rocky! Já os encontraram?
Rocky: não. Por acaso ligamos para saber se vocês os tinham encontrado. Mas parece me que não.
Rydel: não. Ainda não apareceram aqui. Até o Thomas já está a dormir. O Ross e a Ana ainda não deram notícias?
Rocky: não. Eu vou lhes ligar a seguir.
Rydel: faz isso. Depois liga de volta a dar notícias.
Rocky: claro.

#ChamadaOff

Kayla: e então?
Rocky: não sabem nada deles.
Kayla: então o que é que fazemos?
Rocky: continuamos a procurar. Enquanto isso vou ligar ao Ross.

#ChamadaOn

Ross: sim.
Rocky: oi.
Ross: encontraram-nos!?
Rocky: não, e parece que vocês também não os encontraram.
Ross: não, não os encontramos. Não estão com a Rydel e com o Ellington?
Rocky: não.
Ross: tens a certeza?
Rocky: absoluta. Antes de ligar para vocês liguei para eles.
Ross: não sei onde procurar.
Rocky: nem nós.
Ross: avisem se souberem de algo.
Rocky: vocês também.

#ChamadaOff

Narra Ross
Desisto. Já não sei por onde ir. Não sei que caminho percorrer. Sentei-me no meio do chão para pensar um pouco. Ana continuou a andar, mas quando reparou que eu me houvera sentado, voltou para trás e ficou em pé a minha frente...

Ana: que se passa?
Ross: nada. Acho que estou cansado.
Ana: não podemos desistir agora.
Ross: e porque não? Eu já não sei onde vou. Não sei onde eles estão.
Ana: achas que eu sei? Ross.... - senta-se á minha frente - eu também não sei por onde ir. Mas tenho esperança que ao virar naquela esquina eles possam lá estar. Mas se não estiverem, talvez estejam na próxima. Não pudemos desistir agora.
Ross: mas...e se eles não estiverem em nenhuma esquina por onde tu fores?
Ana: nesse caso.....viro o mundo do avesso para os encontrar.
Ross: falas como se fosse fácil.
Ana: não Ross. Não falo. Estou a dizer-te a verdade.
Ross: não estou a dizer que não é verdade. - levanto-me - Apenas acho que.....vai ser difícil.
Ana: nesse caso sim, - levanta-se com a minha ajuda - vai ser difícil. Mas se não fosse difícil não tinha piada nenhuma.
Ross: prontos. Já não digo mais nada senão vais arranjar sempre argumentos para me convencer ou até para me contrariares.
Ana: nisso eu ganho.
Ross: prontos. Eu vou te deixar ganhar, mas só desta vez.

Narra Riker
Acho que o sítio onde nos havíamos sentados já começara a ganhar a forma do nosso rabo. Isa encontrava-se a mexer. Parecia que estava a acordar. Já estava a dormir á quase duas horas. Não a censuro. Depois desta caminhada que fizemos para tentar encontrar o caminho de volta, até eu estou cansado.

Isa: bom dia! - beija-me
Riker: já é boa noite.
Isa: mas....que horas são?
Riker: 22:15h
Isa: e ainda aqui estamos?
Riker: parece que sim. Ninguém nos encontrou para já.
Isa: pelo menos já conhecemos um sítio para nos escondermos para quando quisermos estar juntos.
Riker: parece que aqui ninguém nos encontra de certeza.
Isa: pelo menos até agora.
Riker: sim. - faço uma pausa - Queres fazer uma coisa romântica, lamechas e clichê?
Isa: porque não!? Vamos a isso. O que é ?
Riker: procura uma pedra.  - digo fazendo-o
Isa: aqui tens. - entrega-me.
Riker: estás pronta?
Isa: sim. Acho.
Riker: então vamos a isto.

Virei me de frente para uma árvore, e com a pedra que Isa houvera encontrado comecei a fazer um coração na casca da árvore. Escrevi as nossas iniciais no seu interior e no final atiramos juntos aquela pedra para o rio.

Isa: era isto a coisa romântica, lamechas e clichê que querias fazer?
Riker: sim porque?
Isa: porque eu adorei! - beija-me
Riker: ainda bem. Agora ninguém o pode destruir.
Isa: é que nem pensem em tentar.
Riker: é melhor não.
Isa: olha. - diz mexendo me no pulso - Ainda andas com aquela pulseira que te dei.
Riker: eu nunca a tirei. Da me sorte.
Isa: ahahah espero que sim.
Riker: com exceção de hoje. Afinal, perdi-me no meio da floresta e ela não ajudou.
Isa: pelo menos não te perdeste sozinho.
Riker: já tive um bocadinho de sorte.
Isa: correção. Tiveste muita. Afinal, perdeste-te comigo. Ahahahah
Riker: pois tive. - beijo-a
Isa: achas que eles nos vão encontrar?
Riker: tenho a certeza.
Isa: espero que sim. Não queria passar aqui a noite.
Riker: eles vão nos encontrar. Prometo.
Isa: estou a ficar com fome.
Riker: pois. Eu também. Mas não temos nada que comer.
Isa: por acaso por aqui não á framboesas? Mirtilos?
Riker: nunca me dei ao trabalho de procurar. Mas podemos fazê-lo.

Afinal, não foi uma simples viagemOnde histórias criam vida. Descubra agora