Narra Isa
Acordamos ás 8 da manhã, Riker encontrava se a resmungar desde que se pusera a pé. Parece que acordar cedo não é para ele. Estávamos a fazer uma última revisão ás malas para nos certificarmos de que não faltava nada para a viagem. Com a ajuda de Riker, peguei nas minhas e nas malas dele e desci até ao andar de baixo onde a coloquei ao lado das outras que já lá estavam. Eram 9:15h da manhã, tínhamos combinado sair de casa por volta desta hora, por isso estavam todos a chegar á sala para irmos em direção ao aeroporto. Cada um pegou nas suas malas e de seguida começamos a nossa viagem. Primeiro fomos levar Thomas á avó e depois seguimos até ao aeroporto. A viagem tinha passado num ápice, num instante ainda estávamos em casa como noutro já nos encontrávamos na fila para fazer o check-in.
Isa: quantas horas é que são de avião daqui até Portugal?
Ana: tens a certeza de que queres saber?
Isa: estas me a assustar! Mas sim quero saber.
Ana: cerca de doze horas.
Isa: estas a brincar! Certo?
Ana: infelizmente não, mas até passa depressa.
Rydel: nós já fizemos viagens maiores.
Isa: com o que é que me vou entreter lá dentro? Ainda por cima não tenho net.
Riker: eu vou lá estar, não te esqueças disso.
Isa: quase que aposto que vais adormecer.
Riker: não não vou.
Isa: logo se vê.
No final de realizarmos o check-in, esperamos cerca de 15 minutos para que aquela vozinha, que se faz ouvir no aeroporto inteiro dissesse " pedimos ao passageiros cujo destino seja Portugal que se dirijam até á porta de embarque, obrigado pela vossa atenção, boa viagem " esta mesma voz, repetiu a esta frase cerca de 3 vezes mas em idiomas completamente diferentes. Embarcamos no avião e sentamo-nos nos respetivos lugares e esperamos que o avião descola-se para nos pudermos movimentar dentro do mesmo. Riker ia a meu lado com os fones postos nos ouvidos a ouvir uma música que não me era conhecida, sabia-o pois a música encontrava se demasiado alta, de forma a fazer se ouvir por quem se encontrava á sua beira. Chamei-o algumas vezes, até que acabou por me ouvir.....
Riker: diz.
Isa: é melhor pores a música mais baixa.
Riker: porque? Ouve-se?
Isa: sim, e bastante.
Riker: ups, não sabia. - diz colocando a música baixa
Isa: agora já sabes. - Riker coloca os fones e Isa fica a observa lo
Riker: porque é que estás a olhar para mim assim? - diz tirando os fones de novo
Isa: não tenho nada para fazer, por isso decidi ficar a olhar para ti. Gosto de o fazer, assim posso pensar naquilo que pudemos vir a ser, o nosso futuro.
Riker: ok, eu também gosto de o fazer.
Riker encostou a cabeça ao banco, colocou um fone no meu ouvido e virou se para mim. Ficamos a olhar-nos por algum tempo.
Narra Ana
Desde que a viagem iniciara Ross encontrava se a ouvir música, tinha um caderno, preto, aberto sobre os joelhos, onde tinha escrito algumas coisas. Não conseguia ler o que era. Parecia estar concentrado naquilo que estava a fazer. Puxei pelo caderno que tinha e comecei a ler....
Ross: ei! Dá cá! - diz roubando me o caderno da mão
Ana: deixa me ler. - diz enquanto tentava chegar ao caderno que Ross tinha na mão oposta a Ana, mas que ela não chegará, mesmo já se encontrando em cima de Ross
Ross: para que é que queres ler?
Ana: quero saber o que é que vais a escrever desde que a viagem começou.
Ross: não podes esperar?
Ana: não. - diz roubando o caderno a Ross
Ross: já não falta muito, deixa me acabar.
Ana: quanto tempo demoras?
Ross: quinze minutos.
Ana: esta bem. -diz entregando lhe o caderno
Ross: obrigado.
Esperei os quinze minutos que ele me pedira para acabar o que se encontrava a escrever, não mais. Voltei a tirar lhe o caderno da mão, mas desta vez ela não dissera nada de o ter feito. Pensava que ia reclamar, mas nem isso fizera, limitara-se a olhar para mim......
Ana: não vais dizer nada de te ter tirado o caderno?
Ross: não, já a acabei á cinco minutos.
Ana: e não disseste nada porque?
Ross: porque te queria fazer esperar.
Ana: agora vou eu fazer-te esperar. Vou demorar uma eternidade para ler isto.
Ross: já não vou precisar mais do caderno, por isso, não me faz diferença aquilo que demores.
Comecei a ler aquilo que ele andara a escrever até agora. Era uma música, talvez uma das futuras músicas que eles irão lançar. Sobre isso, já não sei. Falava sobre o amor, sobre aquilo que somos capazes de fazer quando amamos alguém e não o queremos deixar por muito má que seja a situação. Gostei realmente da música. Lia cerca de 5 vezes e não me cansava, nunca de o fazer. Acabei por lhe entregar o caderno de novo, dei lhe um beijo suave na face e voltei para o que estava a fazer.
Narra Isa
Já se passara mais de metade da viagem, deveriam de faltar cerca de duas horas para chegarmos. Nada, comparando as horas que já aqui estamos. Fiquei a conversar com Riker durante essas mesmas horas, até que, por fim o avião aterrou. Levantamo-nos todos dos bancos e pegamos nas nossas coisas. Desembarcamos e depois apanhámos um táxi que nos levou diretamente para o hotel. Esperavam-nos mais uma hora de viagem. A música que passava na rádio, era bastante conhecida, mas não sei o nome. Dei por mim a bater o pé ao ritmo da mesma. A mim juntavam se todos os outros, a fazer o ritmo. Seguimos o ritmo e depois a Rydel começou a cantar, a ela juntou-se o Riker e o Ross. Parecia que estávamos a dar uma festa dentro do taxi. Até o motorista estava a gostar. A viagem passou-se depressa. Estávamos dentro dos nossos quartos de hotel, estava cada casal num quarto a arrumar as nossas coisas. No final, fomos até casa dos pais de Ana, ela necessitava de falar com eles, devido ao que se sucedera....
Ana: mãe! - diz abraçando-a
Mãe: é bom poder voltar a ver te. - diz limpando uma das muitas lágrimas que lhe desciam pelo rosto.
Ana: é pena que a causa do nosso reencontro seja esta. - uma lágrima desce pelo seu rosto
Mãe: vieste bem acompanhada. Quem são eles?
Ana: sim. Esta é a Rydel e o namorado o Ellington, o Rocky e a namorada Kayla, o Riker e a namorada a Isa, e este é o Ross, o meu namorado. - diz apontando para cada um deles
Mãe: espera aí. Isa, namoras com o......como é que é?
Isa: Riker, sim namoro.
Ross: acho que falta apresentar uma pessoa.
Mãe: e th com o Ross? - diz apontando para Ana
Ana: sim.
Mãe: tu é que sabes já és maior de idade. Eles também vão ao funeral?
Ana: eu disse-lhes para eles não virem mas eles insistiram.
Mãe: pelo menos assim tens companhia.
Ana: e o avô? Como é que ele está?
