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Narra Isa
Fiquei sentada entre as pernas de Riker, estávamos alí sentados já fazia horas, estávamos a conversar sobre nós. Já haviamos dado um passeio pela praia e regressado ao mesmo sítio do princípio. Já haviamos molhado os pés na água fria e cristalina do mar. Estávamos agora a caminho de casa, já não faltava muito até lá chegarmos. Riker tirou as chaves de casa do bolso, abriu a porta e fechou-a de novo depois de termos entrado. Seguimos em direção ao nosso quarto que já nos esperava á algum tempo visto que o cansaço já comecara a tomar conta de mim. Deitei-me debaixo dos lençóis frios, que logo começaram a aquecer e adormeci.

3 dias depois....

Narra Ross
Acordei, olhei para o relógio e este marcava 8:46 da manhã. Não customo acordar tão cedo, não sei o que se passa comigo agora. Como não havia nada para fazer e Ana ainda se encontrava a dormir, levantei-me da cama, vesti umas calcas de ganga e uma camisola azul marinho. Desci até ao andar de baixo e preparei o meu pequeno almoco, que tomei sentado no sofá a ver um pouco de televisão. Fui passando os canais ao acaso e parei quando algo me interessou.

Narra Ana
Acordei devido ao frio que se comecara a sentir. Reparei que Ross ja não estava a meu lado, daí a razão de eu ter frio. Levantei-me da cama e vesti a primeira roupa que me apareceu, umas calcas de ganga e uma camisa com borboletas. Desci as escadas a passo apressado e encontrei Ross deitado no sofá da sala a ver um pouco de tv. Fui por trás dele e tapei-lhe os olhos com as mãos.

Ana: acho que é escusado perguntar quem é.
Ross: também acho que sim. - diz agarrando-me az mãos e puxando-me para cima dele
Ana: Bom dia! - digo dando-lhe um beijo calmo
Ross: Bom dia.
Ana: acordaste cedo não achas?
Ross: sim, mas não conseguia dormir mais. Ultimamente tem sido sempre assim.
Ana: mas, passa-se alguma coisa contigo?
Ross: não. Penso que não.
Ana: depois temos de resolver isso.
Ross: sim.
Ana: bem, vou tomar o pequeno almoço. Já tomaste o teu, não já?
Ross: sim. Já lá está a Rydel e o Thomas, e a Isa e o Riker.
Ana: então vou indo, quero pegar um bocadinho no Thomas.
Ross: vai lá.

Dei um beijo na face de Ross, que de seguida sorriu para mim. Fui até á cozinha e retirei do frigorífico um iogurte e o fiambre para fazer um pão. Rydel encontrava-se sentada com Thomas ao seu colo enquanto lhe dava o leite e umas bolachas. Riker e Isa encontravam se igualmente sentados, pareciam estar muito felizes, porém um pouco cansados. Sentei-me do lado direito de Rydel...

Ana: Bom dia! - digo
Isa: bom dia.
Ana: olá Thomas!
Thomas: Olá! - diz sorridente
Ana: posso pegar um bocadinho nele Rydel?
Rydel: claro que sim. - diz pondo Thomas no meu colo
Ana: quem é a coisinha mais fofinha do mundo! - digo com uma voz de bebê para Thomas
Rydel: é o meu pequenino, não é?
Ana: pois é.

Fiquei com Thomas no meu colo por mais um pouquinho, acabando assim por entregar-lo a Rydel que já se encontrava á espera para o levar para o quarto para o vestir. Riker e Isa haviam saído de casa já á um bocado, apenas nos disseram que iam dar um passeio por aí. Levantei-me da cadeira da cozinha, deitei o iogurte fora e dirigi-me para a sala onde Ross se encontrava e sentei-me a seu lado passando o meu braço envolta do seu pescoço enquanto que lhe mexia no cabelo.

Ana: o que vais querer fazer hoje?
Ross: não sei. Talvez pudéssemos ir dar uma volta por aí.
Ana: mas onde?
Ross: não me faças perguntas difíceis.
Ana: humm......lembrei-me agora que não posso ir. Desculpa.
Ross: mas foste tu que perguntas-te.
Ana: eu sei. Mas já tenho uma coisa planeada para hoje. Talvez mais logo.
Ross: jantamos juntos?
Ana: claro que sim.
Ross: ótimo.

Lembrei-me que havia dito a Rocky que hoje iria com ele a casa de Kayla para eles resolverem as coisas. Não quero ver o Rocky a sofrer. Levantei-me do sofá e dirigi-me ao quarto de Rocky, onde bati á porta. Ninguém me respondia do lado de dentro, por isso, decidi entrar.

Ana: Rocky!?
Rocky: estou na casa de banho, espera um pouco. - diz de dentro da mesma
Ana: não te preocupes. Demora o tempo que precisares.
Rocky: prometo não demorar muito.
Ana: ok.

Dirigi-me até á cômoda, onde Rocky põe as molduras para ver as novas fotos que ele houvera colocado nas mesmas. Haviam três molduras, depositadas de forma indiferente, em duas delas haviam fotos dele com a Kayla, e por fim, peguei naquela última moldura dourada, onde Rocky havia colocado uma foto que havíamos tirado todos juntos, eu, Rocky, Kayla, Ross, Riker e Isa. Tiramos esta foto quando a Rydel e o Ellington se haviam mudado. Fiquei a olhar para essa foto enquanto me lembrava dessa altura.

Rocky: também gosto muito dessa foto. - diz interrompendo-me os pensamentos
Ana: só é pena não estarem aqui a Rydel, o Ellington e o Thomas.
Rocky: quando tiver uma foto de nós todos, incluindo o novo membro da família, altero essa foto.
Ana: já estás pronto?
Rocky: para que?
Ana: vamos sair hoje.
Rocky: nós os dois? - diz surpreso
Ana: sim. Temos alguns assuntos ainda a tratar.
Rocky: mas eu ainda não tomei o pequeno almoço.
Ana: tomas pelo caminho, agora anda.
Rocky: vamos lá então.
Ana: primeiro vou ao meu quatro buscar um casaco. Depois vou ter contigo lá baixo.
Rocky: ok.

Saímos os dois do quarto e Rocky seguiu em direção ao piso inferior, enquanto que eu me dirigi ao quarto para pegar no tal casaco que iria necessitar pois já se fazia frio. Abri as portas do armário e retirei de lá um casaco preto, que vesti de imediato. Saí de novo do mesmo e fui ao encontro de Rocky que se encontrava sentado no sofá ao lado de Ross.

Ana: vamos?
Rocky: sim.
Ross: vais sair com ele? - diz apontando para Rocky
Ana: sim, porque?
Ross: porque me tinhas dito que não podias sair hoje á tarde.
Ana: porque ia com ele.
Rocky: eu não quero arranjar problemas.
Ana: não arranjas. Xau Rossy, até logo.
Ross: até logo.

Puxei pela mão de Rocky e saímos porta fora. Rocky não sabia onde nós íamos agora de manhã, mas talvez seja melhor que este não saiba, pois pode se recusar a ir e querer voltar para trás e eu contra isso não posso fazer nada. Fomos o caminho todo a conversar, e quando passamos por um café, entramos para que Rocky pudesse tomar o pequeno almoço. Sentamo-nos numa mesa e logo fomos atendidos por uma funcionária muito simpática que não demorou nada a trazer o pedido.

Rocky: onde é que tu me estás a levar ?
Ana: não posso dizer.
Rocky: porque?
Ana: nada nem ninguém me garante que se eu te disser tu não foges.
Rocky: eu garanto-te que não fujo.
Ana: ok. ( faço uma pausa ) Vamos a casa da Kayla.
Rocky: o que!? O que é que nós vamos lá fazer?
Ana: vais lhe pedir desculpa.
Rocky: é que nem penses.
Ana: vá lá. Vocês estão chateados por uma coisinha de nada.
Rocky: uma coisinha de nada para ti, porque para mim significou muito.
Ana: não achas mais importante teres-lá de volta?
Rocky: não. - diz levantando se da cadeira.
Ana: Rocky. Tu prometes-te. - digo levantando-me
Rocky: eu sei.
Ana: então vamos.
Rocky: pronto, mas não garanto que funcione.
Ana: não te preocupes.

Retoma-mos o caminho em direção a casa de Kayla. Rocky ia a meu lado, mas não parecia estar muito contente com o que iria fazer. Depois de andarmos cerca de meia hora chegamos a casa de Kayla. Olhei Rocky nos olhos para ver se ele tinha alguma reação, mas nada. Não dizia nada, não se mexia.

Ana: está na hora. Toca na campainha.
Rocky: vamos embora. Eu não o vou fazer.
Ana: não comeces com isso, toca. Não custa nada.
Rocky: vamos embora.
Ana: não.
Rocky: vamos embora. - grita
Ana: não é por gritares que vais fazer com que nos vamos embora.

Narra Rocky
Lá no fundo eu até queria tocar na campainha, mas se o fizesse o que é que eu lhe diria? As palavras não me iriam sair. Iam ficar presas, não ia conseguir dizer-lhe nada. Tal como aconteceu quando ela se foi embora. Talvez esse fosse o motivo de ela ter vindo para aqui. Eu não lhe ter dito nada. Preferi vir me embora, mas Ana insistia para que eu ficasse, gritei-lhe, mas ainda assim ela não me deu ouvidos. Não lhe devia ter gritado, o facto de eu estar aqui e poder resolver tudo o que aconteceu devesse a ela que não desistiu mesmo eu tendo lhe gritado.

Rocky: desculpa. Não devia ter falado assim contigo.
Ana: não tens de pedir desculpa.
Rocky: és uma boa amiga ao querer me ajudar com este problema.
Ana: sabes que sempre que precisares eu estarei cá. Basta falares comigo.
Rocky: sim. E o que vou fazer a partir de agora.
Ana: ótimo. Agora toca.

Afinal, não foi uma simples viagemOnde histórias criam vida. Descubra agora