Narra Rocky
Não sei se lhe devo dizer o que se tem passado ultimamente na minha vida. Por um lado preciso de alguém com quem falar. Mas por outro, sei que se o fizer o mais provável é ela me pedir para contar a toda a gente.
Exitei por algum tempo. Ela estava em frente a mim, á espera que eu lhe desse uma resposta. Não sabia que opção escolher. Mas acabei por arriscar.Rocky: entra.
Ana: obrigada. - diz entrando no quartoNarra Ana
Notei que Rocky não sabia bem o que fazer. Acabou por me deixar entrar, mas notava-se na cara dele que não estava muito confortável. Mal entrei no quarto, deparei-me com três molduras partidas no chão. Daí o barulho que eu houvera ouvido no corredor. A cama estava completamente desfeita. Havia alguns vidros espalhados pelo chão das molduras quebradas. Voltei a encarar Rocky, este estava com uma cara de desilusão.Ana: já me vais dizer o que se passou para estares assim?
Rocky: digamos que eu não acerto numa.
Ana: o que é que queres dizer com isso?
Rocky: eu e a Kayla demos um tempo á nossa relação.
Ana: o que!? Mas porque?
Rocky: porque sempre que pudemos estar juntos ela não quer. Parece que já não gosta de mim. Já não quer estar comigo.
Ana: isso é um disparate. Ela adorava-te.
Rocky: parece que já não adora mais.
Ana: quando é que isso aconteceu?
Rocky: no acampamento. Eu tinha pedido privacidade para estar com ela e depois de todos saírem começamos a discutir o facto de eu os ter mandado embora.
Ana: foi por causa disso que ela não jantou cá. Nem cá está a dormir.
Rocky: sim. Eu já não falo para ela desde que isso aconteceu.
Ana: e ela? Não fala para ti?
Rocky: fala. Esta sempre a pedir-me desculpas. Ainda á pouco mandou uma mensagem.
Ana: quer dizer que ela está arrependida. Ou seja, ainda gosta de ti.
Rocky: então porque é que ela não quis estar comigo?
Ana: não sei. Mas não devia ser caso para isto ter acontecido.
Rocky: mas aconteceu.
Ana: não precisavas de ter partido todas estas molduras, nem ignorado todos os seus pedidos de desculpas.
Rocky: mas irrita-me o facto de pensar que quando pudemos estar juntos, ela não quis.
Ana: e se limpássemos estes vidros todos e puséssemos fotos novas nas molduras?
Rocky: pode ser.
Ana: e mais uma coisa. Depois vamos falar com ela. Nem que eu te empurre.
Rocky: isso já não posso garantir.
Ana: mas eu posso. Vou deixar pensar nisso por uns dias, mas depois vamos.Comecei a retirar as fotos que estavam nas molduras partidas, enquanto que Rocky as deitava ao lixo e ia buscar umas novas. Peguei num saco plástico e comecei a limpar os vidros do chão, pouco tempo depois, Rocky veio ter comigo e começou a ajudar-me com os vidro que restavam. Faltavam poucos para acabarmos, quando espetei um no dedo...
Ana: Au! - digo olhando para o dedo
Rocky: estas bem?
Ana: espetei um vidro no dedo.
Rocky: vamos tratar disso. Não é nada de grave.
Ana: pois não.Acompanhei Rocky á casa de banho, e este retirou de dentro do armário da mesma uma caixa de primeiros socorros, de onde tirou um penso. Com a ajuda de uma pinça Rocky retirou o vidro que se encontrava espetado, desinfetou a ferida e colocou um penso por cima....
Ana: obrigada.
Rocky: de nada. Se quiseres podes ir indo para o teu quarto. Eu limpo o resto.
Ana: acho melhor. Não te esqueças de por fotos novas.
Rocky: claro que não. Obrigado pela a ajuda.
Ana: não tens que agradecer.
Rocky: e por me teres aturado.
Ana: não custou nada. Bem, vou indo. - digo dirigindo-me para a porta
Rocky: até amanhã.
Ana: até amanhã. - saioRetomei o meu caminho até ao quarto, onde entrei e me dirigi de imediato para a casa de banho para vestir o pijama. Despi a roupa que tinha vestida, e vesti o pijama, lavei os dentes e amarrei o cabelo. Fui até á cama e desfiz o meu lado, deixando o de Ross ainda feito. Deitei-me debaixo dos lençóis que logo me aqueceram e acabei por adormecer.
Narra Isa
Haviam subido todos até aos seus quartos, mas tanto eu como Riker decidimos ficar por mais um pouco deitados no sofá um ao lado do outro a ver um filme. Ou pelo menos a tentar. Estávamos a ter o nosso momento. Riker ia deixando um trilho de beijos sobre o meu pescoço. Ele fazia me sentir tão especial, como nunca me senti. As únicas pessoas que eu preciso de ter na minha vida são aquelas que provam, sob qualquer circunstâncias, que precisam de mim na vida delas também. Riker fá-lo todos os dias.Isa: sabes, eu quero-te a meu lado. Para sempre. Fazes me sentir diferente. Especial. Única.
Riker: eu também quero que fiques a meu lado. Quero puder ver o nosso futuro. Juntos. Para sempre.
Isa: para sempre.
Riker: sim.
Isa: por vezes dou por mim a pensar como seria a minha vida se tu não tivesses aparecido. Se esta viagem não tivesse sido planeada. Se nós não fossemos á praia, ou até se a bola tivesse acertado noutra pessoa. Será que eu te teria conhecido se nada disto se tivesse passado?
Riker: é uma boa pergunta. Não sei te responder. Mas provavelmente sim. Como eu sou muito chato, eu ia provavelmente correr meio mundo á procura da pessoa certa. E tu ias lá estar.
Isa: mas, e se eu não estivesse lá? Como é que seria a minha vida sem ti?
Riker: ia ser igual, eu iria te encontrar de qualquer forma. Mas agora não penses mais nisso.
Isa: prontos, está bem.
Riker: que horas são?
Isa: 1:53h da manhã.
Riker: perfeito.Riker pegou pelo meu pulso e puxou para que eu me levanta-se, pegou nas chaves de casa, abriu a porta e saiu a correr puxando-me pela mão. Bateu a porta com alguma força, espero que ninguém haja acordado. Saímos a correr de casa eu, sem saber onde íamos.
Isa: para onde é que nós vamos!?
Riker: vamos para a praia.
Isa: está um gelo para irmos para lá. E porque é que vamos!?
Riker: porque te quero tirar esses pensamentos da cabeca.
Isa: e como é que pensas fazê-lo!?
Riker: já vais ver.
Isa: espera, deixa-me parar, estou a fixar exausta.
Riker: não podemos. - Diz pegando em mim ao colo e seguindo o caminho a pé
Isa: Riker. Não era preciso.
Riker: eu nem sequer me importo.
Isa: eu também não.Agarrei o pescoço de Riker e juntei o meu nariz ao seu sorrindo para ele. Não sei como é que ele pensa que me vai tirar estes pensamentos, visto que eles já não existem, foram passageiros, só daquele momento. Agora só me interessava pensar em nós daqui para a frente.
Riker pousou-me de novo no chão e quando dei conta já estávamos na praia. Os meus pés já pisavam a areia macia e o cheiro da maresia já me havia conquistado. Riker puxou-me para o interior da praia, no exato local onde toda esta história havia começado.Riker: eu lembro-me exatamente de como tudo se passou. Tu estavas deitada neste preciso sitio. - diz puxando-me para o exato local - Eu estava aqui, a jogar volei com os meus irmãos. Mandei a bola com um pouco mais de forca e ela veio parar na tua cabeça.
Isa: eu sei aquilo que se passou.
Riker: vim ate perto de ti pedir-te mil e uma desculpas, insisti em cuidar de ti e tu acabaste por seder.
Isa: ahahah pois foi.
Riker: apaixonei-me pela tua forma de ser, pela maneira como encaravas o dia a dia. Pelo sorriso.
Isa: eu apaixonei-me por ti porque quando te olhei nos olhos vi uma pessoa espetacular a quem eu adoraria fazer feliz. És giro. Engracado. Especial.
Riker: anda. - diz puxando-me por um braçoAgarrou-me no braço e caminhou comigo a seu lado até á beira mar. Riker sentou-se sobre a areia humida e eu sentei-me no meio das suas pernas. Riker colocou os seus bracos á minha volta e colocou o seu queixo sobre o meu ombro, sussurrando-me ao ouvido....
Riker: não precisas de pensar naquilo. Afinal, tudo aconteceu, estamos juntos e felizes. Eu amo-te e não te vou deixar por nada deste mundo.
Isa: eu tambem não te vou deixar por muito más que as coisas aparentem ser........