capítulo 59

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— como você está se sentindo? Posso ficar aqui com você? - fico entre a porta do quarto esperando algum sinal do Richard.


Após a saída do Gabriel e da Olivia, ele simplesmente se trancou no quarto e não quis mais sair e isso já faz horas, nem almoçar ele queria e olha que o que ele mais faz é comer.


— pode sim. - sorri meio amarelo.


Entro e fecho a porta antes de ir até sua cama sentando ao seu lado.


— porque quis se isolar do restante do mundo? - mexo em alguns fios loiros do seu cabelo, tendo sua atenção no meu rosto. — tem algo te preocupando? - encaro seus olhos castanhos.


— nós. - é direto e não consigo entender o que quis dizer com "nós".


— como assim, o que tem a gente? - franzo a testa.


— isso que aconteceu, foi para prejudicar nós dois. Pensa bem, porque o Matheus decidiu me colocar em um encontro com uma mulher exatamente como eu gosto? - fito seu rosto começando a entender sua explicação. — eles estão querendo brincar com a gente.


— usaram a Olivia como isca para ver se você pegava. - sugiro.


— eles só não imaginam que eu iria escolher você mesmo assim. - concluí. — o Matheus e a Rebecca estão começando a fazer joguinhos e temos que ficar espertos com isso. - retruca.


De alguma forma, concordo com ele, querendo ou não, esses dois já mostraram que são capazes de tudo para ter o que querem.


— pode ficar tranquilo, vou ficar atenta. - aviso.


— da última vez que você disse isso, um dia depois estava sendo "expulsa" do programa. - me relembra sobre a conversa que tivemos.


— mas agora é diferente, confia em mim. - beijo seu ombro passando meu braço direito por volta das suas costas. — não vou mais usar o coração nesses momentos, apenas a cabeça.


— tem certeza? - seu olhar é de desconfiança e eu afirmo.


— só tem um porém, se a Olivia foi embora, não tem mais sentido esse joguinho deles, a não ser que tem outra carta na manga.


— Gustavo, com certeza vai usar ele. - reviro os olhos suspirando. — o que foi? É uma grande probabilidade.


— lá vem você com esse ciúmes de novo. - tiro meu braço em volta das suas costas.


— não é ciúmes. - o encaro com tédio. — ok, tem um pouco sim, mas é por precaução.


— humm, sei. - não dou muita importância para isso. — faça como preferir, a questão agora é saber contornar essa situação.


— como assim? - Richard se questiona.


— uai, devemos revidar, vai querer deixar esses dois sentarem na janela facilmente assim? Mas é lógico que não. - retruco. — sem chance alguma disso acontecer.


— o que está sugerindo então?


— vou pensar, se eles estão pegando as oportunidades do reality, faremos da mesma forma. - sugiro com um leve sorriso. — agora dá para você sair dessa deprê toda. - beijo sua bochecha.


— eu não estou depressivo, só pensativo. - retruca.


— tá parecendo aqueles cachorros sem dono, isso sim. - reviro os olhos me levantando.


𝐀𝐦𝐨𝐫 𝐈𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨 | 𝚁𝚒𝚌𝚑𝚊𝚛𝚍 𝚁𝚒𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora