Capítulo 22: Just a Girl

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A 24°delegacia de Los Angeles, era um lugar bem frequentado por Popper. Todos os bandidos eram levados para lá, julgados e mandados para a Penitenciária Estadual de San Quentin. Por sorte, o delegado que cuidou do caso de Dominus, Sr. Norton, estava de plantão. Popper entrou, e foi direito para sua sala.

— Como pôde soltar ele? - disse Alice, na fase preta, entrando na sala. O delegado estava sentado em sua mesa e respondeu:

— Miss Popper, que surpresa agradável, eu estava querendo mesmo falar com você, sabe que...

—Responde! — interrompeu

— ...que eu sou um oficial de justiça, e posso muito bem prendê-la por desacato?

— Me prender? Você deveria ter preso aquele cara e não soltá-lo tão cedo.

— Ele foi liberado para aguardar o julgamento em casa.

—Eu vi que ele foi soltou por falta de provas...

— Também, o caso foi reaberto.

—Vocês ficaram malucos? Pra quê reabrir o caso Dominus, já estava mais que encerrado.

—Mais um xingamento, Popper, não vai ter choro nem vela. E respondendo, não. Não estava encerrado, pelo simples fato que não foram encontrados provas suficientes para incriminá-lo e... — Alice ia interromper, o delegado fez sinal de silêncio, - e não descartamos a possibilidade de ele ser doente e controlado por outra pessoa.

—Ele não é o único.

— Popper, eu peço que se retire.

—Quer saber...

— POPPER!

—Eu vou falar, tá legal? Eu vou pegar esse cara e dar o meio jeito, ok? Isso é ridículo, palhaçada. Doente? Por favor...Não fizeram o exame?

— Ainda não.

—Demoraram demais, entendeu. Ele é louco, estava com outra pessoa sim, mas não sendo manipulado. Ele é esperto, conseguiram recriar os meus poderes. Só um idiota não reconhece isso. E quer saber, foi bom mesmo ele ter saído, agora vou ter o gostinho de bater nele mais uma vez...

—Ele está sob custódia e protegido. —Popper rio alto.

—Vocês são hilários, admiro o trabalho de vocês pra caramba. Protegido? Só os rosquinhas mesmo.

****

—Ah, qual é...Vocês não podem me deixar aqui.

—Ordens do delegado. E se tentar fugir, terá um mandato expedido. — disse o policial.

—Mas que merda. — disse Alice, sentando no chão gelado da cela provisória. Boca do inferno.

—Boa noite, Popper.

— Não vem com essa não, eu vou sair daqui rapidinho.

—Fica quieta! Garota irritante...

—Eu ouvi isso, tá. Droga...

****

Alice foi liberada ao amanhecer. Dormir na prisão não é brincadeira e a garota aprendeu da pior maneira possível. Acordou toda torta e gelada. Tivera que manter a fase preta até aquele momento, então seu mau humor podia ser sentido a quilômetros. A única coisa que o delegado disse foi:

— Não me apareça mais com essa história aqui, Popper. Senão, ficará mais que uma noite. Entendido? Deixa de que de Dominus cuidamos nós.

Alice só piscou uma vez, lentamente, durante a fala inteira. Virou as costas e foi embora. Ainda era 6h da manhã então tinha tempo de ir para casa, comer algo e depois ir para o trabalho. Quando chegou, foi direto para o sofá e se jogou.

Miss PopperOnde histórias criam vida. Descubra agora