Capítulo 44: Politicaos

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As paredes ouviam as queixas do descontrolado Vaz.

Em pleno dia da conquista, não conseguiu comemorar como queria. Sentado, reunido com chefes de ligas como: Sunchan, Inteligência, Hunters e Forças Armadas, discutiam possibilidades de captura de Popper. Sua afronta ao Governo Geral passara dos limites.

— Como é possível, com três anos de existência não terem pego essa vadia?

— Bom, senhor presidente...— Começou Sunchan.

— Bom merda nenhuma. Não existe desculpas! — grita, batendo na mesa.

— A incompetência de vocês me dão náuseas. Náuseas! Porra, qual a dificuldade e pegar essa puta?

— Ela está escondida. Muito bem escondida. E seus poderes... é impossível matá-la... — disse Joseph, dos Hunters.

— Não quero ela morta, merda. Quero ela do nosso lado.

— Desculpe, senhor presidente, mas...

— Mas nada, com essa vadia do nosso lado, mesmo a força, qual país conseguirá nos derrotar? Temos guerras internas: Resistentes vs. Hunters. Fora, com os países de merda sem o GG. Com a garota, solucionaríamos todas essas coisas. E de quebra eliminaríamos uma liga inútil...— Ele olha para Sunchan.

— Faz todo sentido isso, senhor presidente. A questão é: como capturá-la? — diz, pela primeira vez, o líder da Inteligência.

— Oras, como eu vou saber? Vocês são contratados exatamente para isso. Façam seus trabalhos. — Um silêncio instalou-se na reunião. Vaz levantou e foi observar os arranha-céus pela janela. — A única coisa que sei é que devemos cansá-la. — Continuou ele. — Fisicamente e psicologicamente.

— Torná-la inimiga número um é uma saída — disse Sunchan.

— Isso ela já é. — retrucou Joseph.

— Não, não é. Popper é a mais procurada. Quando eu digo número um, é no sentido de todo o mundo odiá-la. Cassá-la.

— Como fazer isso? — disse o Comandante das forças armadas.

— Estimulando a população...talvez um prêmio por sua captura. Eu sei.. — Interrompeu Joseph que já ia se manifestar. —, sei que ninguém irá captura-la, nós que somos profissionais, não conseguimos, mas isso pode destruir sua imagem ainda mais e também, sobrecarregar sua mente. Todo mundo. Todo mundo mesmo, em seu encalço. Nós, os Hunters, Inteligência, Forças Armadas e o povo. Uma mobilização total.

— Faz sentido... Um prêmio muito vantajoso, quem sabe até a própria Resistência adere ao movimento...

— O que seria? — indagou Joseph.

— Uma trégua. — Todos olharam imediatamente para o líder da Inteligência. — Pensem, uma trégua no sentido de, até pegarem ela, ou nós, poupamos alguns direitos. Não é para sempre, mas precisa parecer.

— Senhor presidente, é a melhor ideia que já tivemos. — Afirmou Sunchan. — Assim, realmente, a resistência poderia colaborar. Pegamos Popper e a usamos para exterminar os desertores e os países fora do Governo Geral. — Vaz continuava em silêncio. Em passos lentos, voltou a mesa e respondeu:

— É uma grande chance, se der certo. Se erramos, será uma grande queda.

— Nosso trabalho é fazer com que dê certo! — Encorajou o Comandante.

— Exato, vamos implantar e... — Vaz foi interrompido por alguém a porta. —, Já disse que ninguém entra ou sai desta sala até término desta reunião. — grita ele, a sala até balança pelo seu tom de voz.

— Desculpe-me, senhor presidente. Mas é um assunto de extrema urgência. — disse, uma voz esganiçada e feminina, pela fresta da porta.

— Nada é tão urgente que po...

— É a Rússia, senhor. Declarou-se contra, oficialmente, ao Governo Geral. Estão fazendo um pronunciamento agora mesmo, canal nove. — Terminou a moça e desapareceu atrás da porta. O silêncio que se segue é mortal, ninguém ousa comentar absolutamente nada. Os únicos barulhos que escutam são o de Vaz pegando o controle remoto e ligando a Tv.

O presidente da Rússia discursava.

" ....Nós não nos renderemos a tirania de um Governo ilegítimo. Que tem uma única função: limitar os direitos dos cidadãos. Não nos renderemos quando a guerra parecer perdida, pois não descansaremos até a última nação for libertada das garras dessa facção que se auto intitula: 'Salvadora do mundo'. A Rússia, juntamente com outros países e a resistência de todas as nações com o Governo Geral implantado, se juntarão. Vamos acabar com essa farsa, tornar conhecida as tramoias que se passam nos bastidores. A Federação Rússia, declara, oficialmente, estar contra o Governo Geral e todos países com este implantado. As providências serão tomadas".

Mesmo com a janela fechada, todos na sala sentiram um frio na espinha. Vaz desligou a TV e olhou para eles.

— Façam o que for preciso. Preciso de Miss Popper!

***

Uma mobilização tomou conta do Governo Geral. O país tomou conhecimento das medidas tomadas por Vaz, pela mídia, e pôs-se a movimentar. A Resistência fora dividida entre os que acreditavam que seus direitos pudessem ser restabelecidos e aqueles que sabiam que era apenas mais uma manobra política. Todos os artifícios possíveis foram usados. Começando pelos mais simples como: cartazes, propagandas, vigias noturnas. Até os mais complexos: toques de recolher, recrutações – mais homens para as corporações oficiais de captura, até curtas metragens e filmes, começaram a ser produzidos contra Miss Popper. O objetivo era tornar sua imagem impura. Apagar o bem que esta fez ao povo anteriormente. Pregar Popper como a verdadeira vilã do povo. Em Los Angeles, sede do GG, não se via uma esquina sem uma equipe. Policias, ligas, corporações e a maior parte do povo. Todos a caça da anti-heroína.

//Nota da Autora\\

OLAAAA!!

Espero que tenham respondido u.u Não tenho muito o que falar hoje, apenas que este livro está bem próximo do fim :(  Não deixem de votar e, especialmente, comentar. Estou muito chateada pela baixa dos comentários. Vamo aí, galera. Quero saber o que vocês estão achando. Essa é a recompensa de um autor (: Estamos no fim e você não deu nem um "Oi"para mim? Deus tá vendo hem! :p Bom, é isso. Fiquem na paz!

Miss PopperOnde histórias criam vida. Descubra agora