Capítulo 38: O Chamado

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Ichiro a fitava. Tão linda... Com o mesmo rosto que vi pela primeira vez há sete anos. Os cabelos, curtos agora, davam um ar mais maduro a Alice. Por que teve que fazer aquilo?

— Precisamos conversar — disse Popper

— Não tenho nada para conversar com você. — respondeu Ichiro, depois de um longo silêncio.

— Vamos esquecer os assuntos pessoais e nos concentrar nas pessoas...

— Isso é trabalho do herói. Eu já faço minha parte aqui. Agora vai embora. — ele disse, fechando a porta. Alice coloca o pé entre a porta e a parede.

— Espera... me ouve, caramba. Já fazem três anos, você está tão...

— Velho... o tempo passa para mim. — diz ele, abrindo a porta novamente.

— Diferente. Eu ia dizer diferente. Ichiro, esses assuntos não são tão importantes quanto as pessoas.

— Eu já disse que já faço a droga da minha parte!

— Isso não é o suficiente. Preciso de você comigo no epicentro dessa merda, trabalhando com desertores. Na verdade, preciso de você mais do que nunca agora. Temos um plano infalível.

— Mais um? Todos eram infalíveis. Você é a pior de todas. Nem parece que tem sangue de herói...

— Você é um infantil que não consegue separar as coisas. Tem a oportunidade de fazer algo diferente de fingir que é um apoiador, mas prefere viver no passado... — Alice grita. Ichiro larga a porta e avança em Popper, segurando seu pescoço e batendo seu corpo contra a parede.

— Você acha que é especial, não é? — ele aperta mais — Mas não passa de uma traidora. — Alice não tinha coragem de revidar. — Some daqui. — ele a solta.

— Você tá de cabeça quente. Eu... — Ichiro entra e deixa Alice falando sozinha. — Eu estou hospedada no Hotel Chang Tang, quarto 64, a duas quadras. — ela empurra o endereço, por baixo da porta. — Vou te esperar até amanhã. — O silêncio é a sua resposta.

****

O quarto mofado e abafado não é pior do que não ter Ichiro ao seu lado. Ela sabia que ele viria, mas já era de manhã. E se não vier? Ele me ama... Não sabia mais. O controle mental era sua maior arma para poder circular sem problemas. No mundo todo, Popper era procurada. Estava entre as mais "perigosas". As batidas na porta a despertaram de seu devaneio. Ela correu em direção a esta e abriu.

— Eu sabia que você viria. — disse Alice, sorrindo.

— Que plano é esse? — ele pergunta, entrando no quarto e deixando Alice na porta. Ela a fecha e se vira para rapaz, que esta sentado na cama.

— Vamos invadir a sede da Liga Sunchan

— Bom. E?

— Descobrir informações, principalmente de quem está por trás do PG [Presidente Geral].

— De novo isso...

— Temos provas concretas de que o PG é controlado. Por que você não acredita?

— Por que é impossível...

— Ichiro dizendo que algo é impossível? Esses anos te mudaram mesmo.

— Tá, que seja, mas onde eu entro nisso?

— Precisamos dos melhores homens. Perdemos muitos no último tumulto. — Ichiro estava pensativo.

— E como você me pretende me tirar daqui?

— Já está tudo preparado. É só você dizer que sim.

— Eles darão minha falta, serei procurado....

— Os Hunters nunca saberão que você foi para os Estados Unidos...Confie em mim.

— Não confio em você há muito tempo. — ele disse, levantando. Alice suspirou.

— Sim ou não? Não temos muito tempo.

— Vamos logo!

****

Alice contratara um avião particular, que tinha passagem exclusiva, por ser propriedade de um membro. A garota controlou a mente do piloto, fazendo com que ele levasse Ichiro até Los Angeles. Quando chegou, de madrugada, ele foi pego por desertores e levado para a sua sede. Alice, que chegou antes, fez todo o controle de pessoas que poderiam desconfiar e Ichiro pode juntar-se, sem perigo algum, a resistência de Los Angeles.


//Nota da Autora\\

E ae, pessoal. Mais um capítulo nesse feriadão u.u O que será que aconteceu entre esse dois, hem? Deixem suas opiniões aí nos comentários e não se esqueçam  daquele votinho lindoooo kkk Feliz Páscoa e muito chocolate pá nois! :p

Miss PopperOnde histórias criam vida. Descubra agora