Capítulo 47: Dia X

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O relógio marcava 7h da manhã. A luz do sol iluminava a sala. Atônitos, os agentes não sabiam o que fazer, falar ou pensar. Apenas observavam seu presidente, de costa para todos. Se o presidente está paralisado, seu governo também está. O governo nacional do EUA, não tinha mais voz ativa e servia apenas como um braço do Governo Geral, entretanto, quando este falha, todos sentem os efeitos.

Eleonor James que o diga. Presidente da ex-maior potencial do mundo, sujeita a aguardar o pronunciamento de um líder fadado ao fracasso — era o que pensava.

— Estado de emergência nível um — falou Vaz. Os agentes saíram correndo, atropelando-se pelo corredor. Eleonor nunca esteve tão certa.

A mulher apenas olhou para seu assistente e balançou a cabeça para os lados quando o sinal soou.

***

Os soldados tentavam recordar os exercícios e treinamentos. Um rígido plano fora-os ensinado para conter a população e organizá-la em momentos de crise, mas dessa vez não era simulação. Era real. Uma ameaça potencial aproximava-se pelo mar e pela terra.

Semanas antes um soldado de baixa patente foi pego depois do expediente na sala de correspondências da liga Harmonia. Desde o anúncio da Rússia sobre o ataque à sede do Governo Geral, nunca houve tal mobilização. Entretanto, quem eles menos esperavam, foi a fagulha para o início de uma revolta. O fato de haver grupos dentro das próprias ligas contra o GG e Vaz era sabido, mas ninguém nunca se manifestava contra diretamente, o assunto era interno. Por isso a surpresa quando o Comandante da Liga Marinha foi fuzilado em frente a sua sede. O Soldado de baixo escalão citado anteriormente, não resistiu uma traição desde porte e assassinou-o. O que ele não imaginava era uma reação em cadeia que este ato resultaria. Revoltados, os marinheiros e seus aliado, as forças armadas, responderam com um massacre a beira do porto () contra a liga Harmonia. Esta, por sua vez, não ficou calada e incendiou a sede das forças armadas, lá também houve confrontos.

Em meio a uma eminente invasão, Vaz viu-se entre uma Guerra Civil. Liga contra liga. Resistentes contra ligas. População contra População. E próximo das 10h daquele mesmo dia, o presidente Geral ordenou o Estado de Emergência nível dois.

***

Dois alarmes longos tocaram seguidos de dois curtos. Os três entreolharam-se. Apenas Russel sabia o que significava.

— Vocês estão fodidos — debochou Russel, rindo

— Que merda essa agora? — perguntou Popper, segurando Dominus pelo colarinho.

— Estado de Emergência nível dois. — Popper e Ichiro fizeram cara de desentendidos. — Só os internos conhecem, todos acham que só tem um, mas existem três. Três estados de emergência.

— E o que acontece? — perguntou o Japonês.

— Eu não vou responder.

— Eu não estou com brincadeira, porra! Responde! — gritou Alice, enfatizando a palavra.

— O primeiro é um alerta para avisar que tem algo errado. O segundo começa a por em ação as medidas. Ninguém pode sair de casa. Quem for pego fora, morre. Independentemente de quem seja. Ninguém pode falar sobre o assunto, se for pego, morre. Os soldados de qualquer liga, não tem permissão para entrar em casas e estabelecimentos públicos ou privados, mas, se virem algo suspeito, podem entrar. Qualquer pessoa suspeita de estar relacionada ao inimigo, seja quem for, morre.

— E quanto tempo dura isso? — indagou a garota.

— Quanto tempo for necessário. — respondeu. Alice jogou-o no sofá novamente e suspirou.

— Só você pode nos esclarecer tudo isso. O que está acontecendo? Como grandes líderes mundiais concordaram com essa barbárie? — perguntou Popper, aflita

— Eles não concordaram...

— O quê?!

— Quer dizer, não conscientemente.

— Explica isso logo! — gritou Ichiro.

— Foram manipulados, enganados e persuadidos. Estão sendo controlados. Nunca que os EUA concordariam com um governo acima de todos.

— Quem está controlando-os? — Ichiro perguntou

— Ele controla tudo...Até mesmo o Vaz. — O casal permanecia ansioso. — Vaz é apenas fachada. Precisava de alguém para comandar tudo.

— QUEM?! — grita Alice.

— Apesar de tudo, nunca soube o porquê de tudo isso... Controlar o mundo? Controlar os EUA? Acabar com a raça humana? Acabar com você? Acho muito pretensioso. Isso não faz o estilo dele. O motivo é muito simples. Muito egoísta.

— Meu Deus, o que você tá falando? Diz quem é essa pessoa AGORA! — Alice disfere um soco no rosto de Russel. O homem leva um tempo até se recuperar e olha para a heroína.

— Eu gostaria de nunca ter entrado nisso. Gostaria de ter sido um redator a vida toda. Ter te apoiado e não tentado te matar. Se eu não ouvido a eu mesmo, eu não teria perdido meu melhor amigo. Não teria desviado uma brilhante cientista de seu caminho e nem destruído a vida de centenas de milhares de pessoas que hoje lutam pela liberdade. Tudo começou comigo, Popper, literalmente, quando eu, no futuro, voltei para o passado e plantei a sementinha do mal em minha mente.

— Você foi usado, Russel. Por Octavian, por esse cara e por você mesmo. Tudo começou comigo. E vai terminar comigo... — respondeu Alice, andando em direção a grande janela.

— Ele está na sede do GG. Vigésimo quinto andar, sala vinte. Ele te espera!

Alice olhou para Ichiro e estou acenou com a cabeça em afirmação. O japonês sabia que era sua hora e que não poderia interferir. Saiu correndo corredor a fora, enquanto Alice preparava-se, ativando a fase laranja. Quebrou o vidro com chute e transformou-se na amarela, voando pelo céu azulado da manhã.

Não importa onde olhava, uma confusão generalizada era o pano de fundo. Tiros, fogo, bombas, água, soldados, resistentes e povo. Todos lutando por seus ideais, todos lutando por si próprios.

No mar, uma frota de navio aproximava-se. Juntamente com uma levada de resistentes vindos de as partes do país. Estavam apostos para lutar. E Popper também.

A garota conjurou uma bomba e jogou na janela do arranha-céu. Pousou no parapeito do prédio e entrou na sala. Ninguém. Merda!

Saiu correndo da sala e verificou que estava na dezoito. Já no corredor, pousou seu olhara para a vinte. Com a maior porta de madeira escura, ostentava o nome:

Tarso Vaz

Presidente Geral.

Como se estivesse em câmera lenta, seus passos eram rasos. A porta estava a quilômetros e sua cabeça rodava. Popper colocou a mão na maçaneta e abriu.

Como o presidente do Governo Geral, o homem estava de costas, contemplando o inferno em Los Angeles. Popper foi até o meio da enorme sala, parecida com a de Sunchan e deixou escapar um gritinho quando o viu. Suas pernas bambearam e, por um momento, pensou que iria cair. Fechou o punho. O homem virou-se para a garota.

— Enfim, Alice. Mais louca do que nunca! — debochou Peter.


//Nota da Autora\\

Ai gente, nem vou falar nada desse capítulo :x 

Ah, podem me bater por causa da demora da postagem... :c Tá muito corrido mesmo, mas eu prometo que esta semana vou postar no dia correto. 

E... Se vocês não aguentam mais de ansiedade para saber o que diabos está acontecendo nessa história, deixem um votinho e comentários, blz? kkk :p Bjs!

Miss PopperOnde histórias criam vida. Descubra agora