Parte III - Capítulo 37 - Começo do Fim

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Quatro anos depois....

O inverno rigoroso daquele ano, fazia todos se esconderem em suas casas. O Japão era um dos poucos países que ainda continuavam com seus costumes populares. Por se tratar de um povo milenar, o Governo Geral (GG) não interferiu tanto, como fizeram nos Estados Unidos, por exemplo, sede deste governo. Ainda assim, as políticas de imigração em todo o mundo eram a mesmas: viagens exclusivas para membros do Governo Geral. Quando foi anunciado, o objetivo era aproximar as nações, mas inacreditavelmente, estavam fazendo o contrário. O sucesso era cuspido nas propagandas com dizeres: Alcançamos a Paz. Sim, vemos o que queremos ver. Se queriam ver paz, finalmente, abraçaram o governo geral como uma mãe.

Existiam três tipos de pessoas nos países controlados pelo Governo Geral: os membros: pessoas aliadas tanto ao governo geral quanto ao comum. Eles trabalhavam diretamente para ambos, em diversos cargos, por exemplo: O Ministro da Saúde, no Brasil. Obedecia às "regras" do governo brasileiro e este, do governo geral.

Os apoiadores: eram as pessoas comuns que aceitavam o governo. Dividiam-se em dois: Ativos e Passivos. Os ativos, além de seus trabalhos (as vezes ligados ao governo e ao país), participavam de campanhas, passeatas, para dissolver cada vez mais o Governo Geral no país. A maior parte era fanática e morreriam pela doutrina. Já os passivos, faziam as mesmas coisas, mas não participavam de movimentos ligado ao governo e não eram fanáticos. Aceitavam tudo, de boca calada.

E por fim, desertores: aqueles que recusaram aceitar a doutrina do Governo Geral. Minoria, considerados inimigos do Estado e do GG, eram caçados como animais. Era comum um passivo se tornar um desertor, pois a maioria deles não gostavam do GG. Mas a maior parte pensavam que o ato de não contribuir com o governo era a única coisa que poderiam fazer.

O sistema de ligas foi uma das poucas promessas que realmente aconteceu. Todas tinham um propósito e seus membros, vivam perseguindo-o. Uma liga chamada: Hunters (Caçadores), era a responsável por apontar inimigos e possíveis desertores. Quando alguém era apontado como possível desertor, era executado ou sumia. Pessoas próximas também tinha destinos parecidos. Eles queriam cortar mal pela raiz. Por isso, era tão difícil virar desertor. Por isso tantas pessoas fingiam ser a favor do totalitarismo.

Os que arriscavam ser desertor, os perigos eram diários. Normalmente, eles se juntavam em grupos e moravam juntos. Em moradias afastadas do centro. A liga Hunters era a que tinha mais membros, estavam acima dos policiais, apesar de trabalharem como eles, rondando a cidade a procura de suas caças. Em todos os países integrantes do GG, a situação era a mesma, alguns menos outros, mais. Dependia muito do governo comum destes. Como sede, os EUA, eram os mais rigorosos e, mesmo em pouco tempo, conseguiram instalar esse sistema em todo o país.

Todos os dias, os Hunters liberavam uma lista nova com os inimigos mais procurados. Era uma caçada voraz atrás destes. Quem soubesse algo,deveria denunciar, do contrário, era considerado desertor. O nome sempre visto, que nunca saia da posição número um, era aquele que possuía sua própria liga: Alice Popper ou Miss Popper.

O inverno era seu maior inimigo naquele dia. A californiana não estava acostumada ao clima tão rigoroso da Terra do Sol Nascente. Como dominou a fase verde, era fácil (e rápido), chegar ao seu destino. A única coisa difícil era confrontar Ichiro novamente... as lembranças eram claras:

Três anos antes...

— Mas que saco, Alice. Você não entende nada. — disse Ichiro, irritado. Estava parado na saída do dormitório, segurando seu passaporte.

— Você que não entende. Não vê que se for, não conseguirá voltar? Eles estão fechando portos e aeroportos. Só os membros poderão transitar entre os países... — Ichiro a interrompe.

— Você fala de um jeito como se eu não soubesse o que está acontecendo na porra do mundo — ele grita e leva a mão na cabeça. — deixa de ser egoísta, você não me quer aqui para ajudar, — ele faz um movimento de aspas — Los Angeles...você me quer aqui para você! — a menina fecha a cara no mesmo momento. Abaixa os olhos e os levanta, novamente.

— Se você for, não vai mais voltar enquanto tudo isso acabar. Eu não vou te ajudar. Você sabe que eu poderei entrar e sair de qualquer merda de país que eu quiser, mas o Japão será o único que não irei.

— Que seja, não preciso de você... — ele segura a mala, mas é impedido de sair, por uma mão que o agarra pelo braço.

— Por favor...Não vai de novo. — seus olhos enchem de lágrimas. — Me desculpe...

— Mas você vai precisar de mim! — ele diz, arrancando o braço das mãos da garota e sai, caminhando em direção a saída da Sede.

E lá estava ela, precisando dele. O arrependimento era maior de que orgulho. Com três batidas, ela pede mentalmente que ele não esteja em casa, mas ele estava. Abriu a porta e seu sorriso desapareceu.

— O que você faz aqui?


//Nota da Autora\\

 Pera aí, DOIS capítulos? disse um leitor, assustado e ao mesmo tempo, com um sorriso largo.

Isso aí, não aguentei de ansiedade e resolvi postar dois esta semana kkk Também achei sacanagem postar apenas aquele pequetitito divisor de partes. Vocês merecem maaais, pô kkk Então, pessoas. Não esqueçam de votar e comentar quais são as suas expectativas para esse fim. E teorias também, sei lá u.u

Ah,  já ia esquecendo. Obrigada pelos 3k Uhuuuulll Valeu mesmo, sem vocês eu já teria desistido. Fico muito feliz pelo reconhecimento, principalmente quando vocês comentam e tal. Então agora é: RUMO AO 4k kkk Vou nessa galera, fuiz.

Miss PopperOnde histórias criam vida. Descubra agora