Capítulo 26: Liga Sunchan

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Russel acostumou-se fácil com aquela mordomia, a calmaria de uma casa no interior, os cantos de pássaros e claro, a abundância na cozinha. Ainda estava confuso com o significado de sua estadia ali. Duas semanas e meia já. E ninguém dizia nada, só mandaram soltá-lo e levaram para lá. Mesmo desconfiado, não dava bola. Melhor que ficar naquela pocilga de presídio, as coisas só tendem a melhorar. Seus extintos nunca o deixaram na mão.

A campainha toca pela primeira vez. Russel se precipita, o coração acelera de ansiedade e ele levanta do belíssimo sofá bege, para atender a porta. As coisas só tendem a melhorar, mesmo!

— Martin Bellary— saúda o amigo, ao abrir a porta.

— Russel Carter, até que enfim meu amigo. — responde Martin, abraçando-o. O sorriso de Russel se esvaía, quando vê quem está atrás do companheiro.

— Não vai me cumprimentar não? — pergunta Yvonne Adams, sorrindo.

— O que ela faz aqui? — diz, nervoso.

— Você saberá logo, apenas saiba que ela é a responsável por sua liberdade. — o queixo de Russel caiu. — Antes, quero apresentar alguém. — Martin vira, e espera o homem se aproximar. Todos olham apressados, enquanto ele se aproxima tranquilamente. — Russel, este é Octavian Sunchan. — Dominus olha-o de cima a baixo, de roupas pretas e visivelmente careca. Os dois dão as mãos.

— Bom, então vamos entrando, temos muito a conversar. — disse Yvonne.

— Top essa sua casa, hem. — disse Martin impressionado. — Yvonne caprichou.

— Foi ela? — cochichou espantado, enquanto se dirigiam para a sala. O amigo confirmou. — Isso tá ficando cada vez mais estranho.

Os quatro sentaram no sofá bege, antes Russel percebeu que Octavian não era totalmente careca, ele tinha uma espécie de dragão atrás da cabeça, feito com cabelo. Yvonne abriu a conversa.

— Bem, agora que estamos todos acomodados, podemos começar. — ela olhou para Russel. — As últimas semanas foram confusas para você, porque queríamos discrição e, principalmente, conversar com calma. Você foi tirado da cadeia, porque é necessário a sua ajuda...

— Em quê? — interrompeu Russel

— Deixa eu terminar? Depois você comenta, ok? — Russel bufou. — Voltando, eu disse que é necessária sua ajuda, pois você tem a única boa experiência com Miss Popper. Eu, você e Martin a conhecemos, mas foi Dom Dominus que lutou. Enfim, fomos designados para trabalhar no grupo cabeça de chave contra Popper, nos fatos que acontecerão daí alguns meses. Elaboraremos, junto com o chefe, planos para tirar Popper do caminho, para que ela não atrapalhe o plano principal, que já está sendo desenvolvido. O chefe, possui habilidades essenciais e exclusivas. Ele também tem um poder a mais, que Popper desconhece, e que será decisivo para sua derrota.

— Quem é o chefe? — indagou Russel

— Você o conhecerá em breve, apenas deixe nossa querida terminar. — falou Octavian pela primeira vez, carregando no sotaque francês.

— Obrigada. Então, tudo começou quando encontrei o chefe. Ele revelou suas habilidades e explicou o tal poder a mais, dizendo que queria montar um grupo contra Popper, para que seus planos dessem certo, ele não podia deixá-la atrapalhar. Perguntei o porquê ele mesmo não acabava com ela, e ele me deu a resposta que sempre procuramos: ela é imortal e seu único ponto fraco é o amor, ela não pode amar e ficar perto de seu amado, pois perde seus poderes. É claro que vi uma oportunidade incrível, juntamos os dois e pronto, só matá-la, mas ele disso que Popper não deveria morrer ainda, ele precisava que desenvolvesse seus poderes, precisávamos ativá-los o mais rápido possível. Após isso, conheci o líder do grupo, Octavian, e mandamos convocar Martin. Só faltava você. Octavian ficou com o trabalho, mandou o Delegado Norton soltá-lo, e logo depois, conseguimos que você viesse para cá. Agora com o grupo completo, o chefe poderá nos contar todos os detalhes do plano, entretanto já temos uma tarefa.

Miss PopperOnde histórias criam vida. Descubra agora